quarta-feira, 22 de março de 2006

Rússia e China fazem parceria energética

A Rússia se comprometeu a construir dois gasodutos de US$ 10 bilhões para a China e a se tornar o maior fornecedor de gás natural para os chineses dentro de uma década, selando uma parceria estratégica. O acordo foi assinado durante uma visita do presidente russo, Vladimir Putin, a Beijim. Provoca receio de que falta gás para a Europa, hoje a maior consumidora do gás russo.

Pelo acordo, a Rússia, que tem as maiores reservas de gás natural do mundo, fornecerá 60 a 80 bilhões de metros cúbicos de gás por aos chineses e outros povos ásiaticos, duas vezes mais do que o atual consumo da China, cada vez mais sedenta de energia para alimentar seu crescimento econômico de 9,5% ao ano.

Hoje a Rússia não fornece gás à China. As duas antigas potências comunistas romperam em 1964 e estiveram à beira de uma guerra, com vários choques de fronteira em 1969, o que impediu uma aliança energética, com construção de gasodutos e oleodutos.

Só depois do fim da União Soviética houve uma reaproximação entre os dois paises movida por interesses econômicos e estratégicos, como contrabalançar o poderio americanps. Mas ambos têm fortes relações econômicas e comerciais com os EUA. Fecham uma aliança como os EUA fizeram há pouco com a Índia, aumentando seu arco de alianças sem necessariamente hostilizar os americanos.

A China e a Rússia têm poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas e no momento se opõem à adoção de sanções contra o programa nuclear iraquiano, suspeito de desenvolver bombas atômicas, entre outras razões por temer problemas no mercado de petróleo.

A Agência Internacional de Energia calcula que a Rússia precisa investir US$ 11 bilhões por ano para atender à demanda crescente por gás.

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