A empresa de telecomunicações AT&T sacudiu a Bolsa de Valores de Nova Iorque na segunda-feira, 6 de março. Ao oferecer US$ 67 bilhões pela Bell South, cria uma megaempresa reunindo quatro das seis Baby Bells criadas em 1984 para acabar com o monopólio no setor.
O negócio ainda precisa ser aprovado pela Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos, que prometeu “pesar cuidadosamente” a proposta. A nova empresa terá 300 mil empregados e um valor de mercado de US$ 170 bilhões, o que a torna a maior companhia de telefônica do mundo.
Para os analistas, é o começo de um processo de consolidação. Deve haver uma série de fusões e aquisições sem prazo para acabar até que restem poucas empresas adaptadas ao ambiente de mudança permanente do setor de telecomunicações. Organizações de defesa do consumidor criticaram a operação alegando que reduz a concorrência e que provocará aumento de preços.
Um dos aspectos mais dramáticos é o corte de 10 mil empregos, característica destes processo de consolidação que são a marca registrada da globalização econômica. Poucas megaempresas dominam vastos setores do mercado, compram empresas menores e extinguem postos de trabalho em nome da eficiência econômica.
Com a revolução tecnológica, produz-se cada vez mais com cada vez menos gente. Este é o paradoxo da globalização. Nunca a civilização humana foi tão rica mas há bilhões de perdedores neste jogo. O aspecto mais cruel do capitalismo, observa o economista americano Paul Krugman, professor da Universidade de Princeton, é tratar o trabalho e em conseqüência o ser humano como mercadoria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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