O governo dos Estados Unidos está examinando o crescimento rápido de instrumentos financeiros sofisticados como derivativos e fundos de hedge para ver que riscos acarretam para o mercado e as instituições financeiras.
“Nós, do Tesouro, dada a explosão nos tipos e usos de derivativos, e nas instituições que os usam, queremos garantir que a magnitude do risco e a exposição sejam medidas apropriadamente”, declarou o subsecretário Randal Quarles em texto preparado para uma palestra no Instituto de Banqueiros Internacionais. Uma preocupação é descobrir se os investidores e participantes do mercado tem informações adequadas sobre estes instrumentos financeiros.
Em plena crise da Ásia e da Rússia, em 23 de setembro de 1998, o fundo de hedge Long Term Capital Management quebrou. O Federal Reserve Board, banco central americano, organizou um grupo de instituições financeiras que deram US$ 3,5 bilhão para segurar o LTCM, que estava alavancado 250 vezes. Com um capital de US$ 4,8 bilhões, tinha uma carteira de investimentos de US$ 200 bilhões e derivativos no valor de US$ 1,25 trilhão.
Agora, em 2006, o Tesouro dos EUA vai se concentrar na implementação do 2º Acordo da Basiléia sobre regulamentação das operações bancárias internacionais e no fortalecimento da supervisão das empresas que financiam a casa própria. Há o temor de que haja uma bolha especulativa prestes a explodir nas grandes cidades americanas. Mas é uma crise que não chega ao interior.
“Nossas agências reguladoras estão comprometidas com o processo da Basiléia e estão procendendo tão rapidamente quanto possível na implementação do segundo acordo mas, mais importante, é ter certeza de que esteja sendo implementado corretamente”, observou o subsecretário do Tesouro. A regulamentação tenta evitar que um tipo de banco tenha vantagem sobre outro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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