A migração da estrangeiros e o êxodo contínuo de brancos não-latinos está mudando o perfil da população de Nova Iorque rapidamente. Dentro de alguns anos os brancos serão minoria na grande metrópole dos Estados Unidos, uma espécie de capital do mundo por sediar a Organização das Nações Unidas. A conclusão é de um estudo do censo de 2004 feito pela Brookings Institution.
Nova Iorque será a primeira região metropolitana dos EUA fora das regiões Sul e Oeste a ter minoria branca.
Mas pela primeira vez desde o século 19, a população negra está diminuindo. Desde 2000, há menos 30 mil negros na região metropolitana. A migração de negros americanos para o Sul ou para cidades-dormitório supera a imigração da África e da região do mar do Caribe. Mesmo assim, Nova Iorque ainda é a maior cidade negra dos EUA, acima de Chicago, que deve ser superada em breve por Atlanta, na Geórgia.
Entre 2000 e 2004, a Grande Nova Iorque perdeu 162 mil moradores brancos não-latinos e recebeu 288 mil hispânicos e 201 mil asiáticos, mais asiáticos do que qualquer outra metrópole americana. Das 88 cidades com mais de 500 mil habitantes, só em Nova Iorque, Houston, no Texas, e Honolulu, a capital do Havaí, a proporção de negros, latinos e asiáticos supera a média nacional.
O que está acontecendo em Nova Iorque não é um fenômeno desconhecido. Já ocorreu em Los Angeles, Miami, Houston e São Francisco. Em São Diego, Washington, Dallas e Las Vegas, a população branca é uma maioria escassa.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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