terça-feira, 7 de março de 2006

Cai a popularidade do prefeito de Paris

Os institutos de pesquisa sempre ficaram surpresos com a popularidade do prefeito socialista da capital da França, Bertrand Delanoë. Há três anos, tinha o apoio de 78% do eleitorado parisiense. Mas uma pesquisa realizada no mês passado indicou uma queda de popularidade para 60%. Este índice seria um orgulho para a imensa maioria dos políticos; para Delanoë, é uma queda acentuada.

Uma pesquisa do Instituto CSA para o jornal Le Parisien e a revista Le Nouvel Observateur, revela que os parisienses estão insatisfeitos com as mudanças no trânsito introduzidas pelo prefeito: 69% reclamaram do trânsito e 66% dos problemas para estacionar.

A União por uma Maioria Popular, partido do presidente Jacques Chirac e do primeiro-ministro Dominique de Villepin, acredita que pode vencer Delanoë. Mas ele tem o apoio de 68% da população em questões ambientais.

Eleito em 2001 depois de liderar durante seis anos a oposição municipal, Delanoë tomou medidas para reduzir o tráfego e a poluição em Paris, e tornou gratuito o acesso a museus municipais, como o Petit-Palais, o Museu de Arte Moderna da Cidade e o Museu Carnavalet. Organizou festas como a Noite Branca e atividades recreativas como a Praia de Paris (chuveiros, espreguiçadeiras, quiosques e uma piscina à margem direita do Rio Sena).

Em vez de aumentar impostos, optou por lançar títulos da Prefeitura de Paris, que receberam cotação AAA da agência de classificação de risco Standard&Poor’s. Ele propôs no orçamento construir 4,5 mil casas populares por ano mas, na prática, foram construídas menos de mil por ano. A questão da insalubridade das habitações gerou uma crise entre ecologistas e socialistas no governo Delanoë. Estima-se que o déficit habitacional da Île-de-France, a região onde fica Paris, aumente de 20 a 30 mil residências por ano.

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