Depois de sofrer uma derrota numa comissão do Congresso dos Estados Unidos, a empresa Dubai Ports World decidiu vender suas licenças para operar seis portos americanos (Nova Iorque, Nova Orleans, Baltimore, Filadélfia, Miami e Newark) a fim de “preservar as boas relações entre os EUA e os Emirados Árabes Unidos”. Nesta quinta-feira, deputados e senadores do Partido Republicano alertaram o presidente George Walker Bush que o negócio seria bloqueado mesmo que o presidente usasse seu poder de veto.
Os portos eram operados por uma companhia britânica vendida para a Dubai Ports World. Como os EUA estão em guerra contra o terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos ou jihadismo, os congressistas consideram inadequado que portos tão importantes estejam nas mãos de uma empresa árabe.
A Casa Branca alegou que os Emirados Árabes Unidos são um aliado fiel na luta contra o terrorismo. Mas os deputados e senadores lembraram que dois dos 19 terroristas que atacaram os EUA em 11 de setembro de 2001 eram cidadãos dos Emirados e que outros saíram deste país para chegar aos EUA.
À tarde, o presidente da Comissão das Forças Armadas do Senado, John Warner, anunciou que “a DPW decidiu transferir totalmente as operações da P&O North American Ports a uma entidade americana”. A DPW tinha comprado a P&O por US$ 6 milhões.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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