O partido Kadima (Avante), criado pelo ex-primeiro-ministro Ariel Sharon, que agoniza desde que sofreu um acidente vascular cerebral em janeiro, caiu nas pesquisas mas deve vencer as eleições realizadas hoje em Israel.
Pela última pesquisa, divulgada na véspera do pleito, o Kadima, agora sob a liderança do primeiro-ministro interino Ehud Olmert, deve eleger 34 dos 120 deputados da Knesset, o parlamento de Israel. O Partido Trabalhista, de esquerda, tende a manter suas atuais 21 cadeiras. E o bloco direitista Likud, chefiado pelo ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, deve fazer de 13 a 15 deputados.
Outros 30 partidos disputam as eleições israelenses.Como o país adota o sistema de voto proporcional, jamais um partido obteve maioria absoluta, o que obriga a formar coalizões.
Olmert prometeu levar adiante o plano de paz do ex-primeiro-ministro Sharon. Se não houver um interlocutor confiável do lado palestino, e os líderes israelenses não confiam no Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas, Olmert promete comandar uma retirada unilateral de parte da Cisjordânia. Ele só não continuará sendo primeiro-ministro se os partidos da linha dura elegerem metade do novo parlamento.
O novo primeir-ministro palestino, Ismail Haniya, cujo governo foi aprovado pelo parlamento, anunciou a intenção de procurar a comunidade internacional para tentar relançar o protesto de paz, já que Israel se recusa a negociar com seu partido, se o Hamas não abandonar a luta armada e não reconhecer o direito à existência de Israel.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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