Os medicamentos contra a depressão funcionam para 50% dos pacientes. A outra metade continua sentindo sintomas como tristeza, falta de energia e desesperança mesmo quando recebe o melhor tratamento possível. A conclusão é da maior pesquisa sobre depressão já realizada pelo governo dos Estados Unidos, com um custo de US$ 35 milhões.
Pelo menos 15 milhões de americanos sofrem de depressão. Eles recebem 189 milhões de receitas e gastam US$ 83 bilhões por ano no tratamento da doença, considerada responsável pela maioria dos 30 mil suicídios registrados anualmente nos EUA.
As conclusões são “ilustrativas e desconcertantes”, comentou David Rubinow, chefe do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill. Indicam que os mecanismos cerebrais que levam à depressão são mais complexos do que um simples desequilíbrio bioquímico.
Mas o psiquiatra Augustus John Rush, do Centro Médico da Universidade do Texas em Dallas, um dos organizadores do estudo, considera “o sucesso de 50% um resultado extraordinariamente bom, dada a natureza destas desordens”. Destaca que “essas pessoas tinham em média 16 anos de depressão. Dois terços tinham outra condição psiquiátrica e dois terços tinham outro problema de saúde”.
Cerca de um terço dos pacientes curam-se da depressão no primeiro tratamento. Com uma segunda tentativa, metade obtém sucesso, geralmente usando outra medicação.
Além de saber se os pacientes estavam sendo bem tratados, o estudo perguntou se acreditam que podem vencer a depressão. Tentou ainda examinar complicações e problemas crônicos que não costumam merecer a atenção das pesquisas patrocinadas pela indústria farmacêutica.
Nos últimos dois anos, houve um debate sobre abuso de medicamentos e de um possível risco de comportamento suicida associado a antidepressivos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
Remédios não curam depressão. Anti-depressivos atacam os sintomas, mas não resolvem a causa.
Só o divã pode ajudar. É demorado, dificil, doloroso e caro mas é o que temos.
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