Ao tomar Mossul, a segunda maior cidade iraquiana, a milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) matou 13 clérigos sunitas moderados, inclusive o da mesquita onde prega seu líder, o califa Abu Bakr al-Baghdadi, denuncia o relator especial das Nações Unidas sobre liberdade religiosa, Heiner Bielefeldt.
"Temos um movimento sunita executando líderes religiosos sunitas. Isto nos obriga a refletir", declarou o relator da ONU à companhia jornalística americana McClatchy Newspapers. "É importante prestar atenção nessas mortes porque não estamos falando de sunitas contra xiitas. Claramente, é um caso de atrocidades cometidas contra seu próprio povo, contra líderes sunitas que têm uma visão menos simplista do Islã."
Na sexta-feira, Al-Baghdadi liderou a oração na Grande Mesquita Nurridin. O imã dessa mesquisa, Muhamad al-Mansuri, foi um dos primeiros clérigos mortos pelos jihadistas, supostamente por ter se negado a jurar lealdade ao Estado Islâmico.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Olhando para toda essa região, do norte da Africa até o oeste da China, só consigo ver um enorme barril de pólvora! e esses movimentos jihadistas como uns palitos de fosforo! fico pensando, onde estará o pavio do detonador?
Simeon.
A revista The Economist da semana traz na capa a tragédia do mundo árabe, mas o arco de instabilidade vai muito além, até o Oeste da China, com certeza.
Postar um comentário