Três anos depois de uma fome em massa com mais de 250 mil mortes na Somália, só uma ajuda de alimentos urgente pode impedir uma nova tragédia causada pela seca, advertem 19 organizações não governamentais locais e internacionais, entre elas a Ação contra a Fome, Acted, Oxfam e World Vision.
"Os sinais da seca reaparecem na Somália", alertam as ONGs, "e não devem ser ignoradas para evitar a repetição da catástrofe de 2011."
Situada no chamado Chifre da África, a Somália perdeu a importância estratégica com o fim da Guerra Fria. Desde a queda, em 1991, do ditador Mohamed Siad Barre, que mudou da União Soviética para os Estados Unidos durante a Guerra Fria, o país vive em estado de anarquia.
No Norte, há um governo autônomo na Somalilândia, a parte do país que pertencia ao Império Britânico no período colonial. O resto da Somália é dominado por clãs e senhores da guerra, com um governo provisório formado nos últimos anos que não consegue impor sua autoridade nem na capital, Mogadíscio.
Para enfrentar o maior desafio, a milícia extremista muçulmana Al Chababe (Os Jovens), alinhada ideologicamente à rede terrorista Al Caeda, o governo provisório somaliano depende da missão de paz da União Africana, aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em fevereiro de 2007. Desde agosto de 2011, o governo retomou Mogadíscio, mas é alvo de ataques frequentes dos jihadistas.
Em reação à participação de soldados quenianos na força da UA, Al Chababe têm atacado o Quênia. Já aterrorizou um centro comercial de Nairóbi e ataca cidades turísticas do litoral do Oceano Índico. A Etiópia, que como o Quênia é majoritariamente cristã, também contribui para a missão internacional.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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