Um grande reservatório de petróleo pegou fogo hoje durante um conflito armado de milícias pelo controle do aeroporto de Trípoli, a capital da Líbia, que os bombeiros não estão conseguindo controlar.
A Batalha do Aeroporto já dura 20 dias. Opõe a milícia islamita da cidade de Missurata à milícia anti-islamita da cidade de Zintan, no Leste. As embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido foram totalmente esvaziadas.
O que começou há três semanas como um conflito entre forças irregulares pelo controle do aeroporto se transformou numa batalha pelo controle da capital líbia. Já se espalhou pelo país, chegou a Bengázi, a segunda maior cidade do país, que no momento enfrenta o pior da violência, e ameaça se transformar numa guerra civil total entre islamitas e anti-islamitas.
Com a ampliação do conflito, os jihadistas estão convocando milicianos testados na guerra civil na Síria, enquanto o principal comandante militar das forças secularistas, Khalifa Haftar, arregimenta quem pode para enfrentar os fundamentalistas muçulmanos.
Três anos depois da queda do ditador Muamar Kadafi, os revolucionários lutam entre si. A Líbia está à beira da anarquia, adverte o enviado especial da União Europeia, o espanhol Bernardino León. O Exército da Líbia inexiste na prática, e o primeiro-ministro Abdullah al-Thinni limitou-se a pedir às Nações Unidas que enviem uma missão de paz. Isso enfureceu as milícias. Os jihadistas bloquearam três tentativa do chefe de governo de fugir de Trípoli.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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