A alta comissária das Nações Unidas para direitos humanos, Navi Pillay acusou hoje as Forças de Defesa de Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) de "violar o direito internacional humanitário e, portanto, de cometer crimes de guerras" no atual conflito armado, informa o jornal The World Post, a versão internacional do jornal digital americano The Huffington Post.
Em 23 dias de guerra, Israel atacou 4 mil alvos na Faixa de Gaza, e o Hamas disparou 2,5 mil foguetes e morteiros contra o território israelense. Mais de 1.340 palestinos, sendo 75% civis e 20% crianças, foram mortos, assim como 56 soldados e três civis israelenses. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou hoje que a ofensiva continua enquanto todos os túneis usados pelo Hamas para invadir Israel.
Durante entrevista no Palácio das Nações, a sede da ONU em Genebra, na Suíça, Pillay comparou a guerra de hoje com a de de 2008-9, quando Israel também atingiu escolas onde os civis procuravam abrigo e também houve mais de mil mortes de civis inocentes.
Os bombardeios israeleses destruíram a única usina de energia elétrica de Gaza, com impacto direto sobre a população, hospitais e serviços de saúde. Haviam feito o mesmo em 2006, em retaliação pela captura do soldado Gilad Shalit.
O Hamas, por sua vez, além de atacar civis israelenses, coloca lançadores de foguetes e outras armas em locais densamente povoados, usando civis como escudos humanos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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