Altos comandantes militares dos Estados Unidos não acreditam mais na possibilidade de negociar um acordo de paz com a ala supostamente moderada da milícia fundamentalista dos Talebã, que governou o Afeganistão de 1996 até a invasão americana de outubro de 2001 para vingar os atentados de 11 de setembro de 2001.
A negociação era um aspecto importante da estratégia do governo Barack Obama para a retirada americana e o fim da guerra mais longa da História dos EUA. O objetivo agora é criar condições para um acordo entre o governo afegão e os jihadistas depois da retirada, prevista para o fim de 2014.
Ao não conseguir atrair os Talebã para a mesa de negociação, fica evidente a debilidade dos ganhos obtidos pelo reforço do contingente americano com mais 30 mil soldados, ordenado por Obama em 2009 para aumentar para 100 mil o total de americanos no Afeganistão. Os 30 mil voltaram para casa sem que o inimigo tenha cedido, observa o jornal The New York Times.
Outro problema sério é o aumento dos ataques de policiais e soldados das forças de segurança do Afeganistão aos membros da aliança liderada pelos EUA, frutos da revolta contra a intervenção internacional no país. O 38º ataque desta natureza, descrito como "verde contra azul", elevou para 52 o número de mortos nessas ações e para 2 mil o total de americanos mortos na guerra, informa o jornal USA Today.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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