O Equador anuncia nesta quinta-feira se aceita o pedido de asilo do australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, que teve sua extradição para a Suécia, onde é acusado de agressão sexual, aprovada pela Justiça do Reino Unido.
Assange se considera vítima de uma conspiração para ser levado para os Estados Unidos, onde é procurado por revelar mais de 250 mil documentos sigilosos do Departamento de Estado. Em 19 de junho de 2012, esgotados todos os recursos contra a extradição, ele se refugiou na Embaixada do Equador em Londres.
Por força de um mandado de prisão europeu, o Reino Unido tem a obrigação de entregar Assange à Justiça da Suécia, na presunção de que ele terá direito a um julgamento justo em qualquer país da União Europeia.
Mesmo que obtenha asilo no Equador, Assange vai precisar de um salvo-conduto do governo britânico para chegar até o aeroporto. Ele não tem nem como sair da embaixada, que fica num primeiro andar, direto no estacionamento, onde um carro oficial da representação equatoriana teria direito a imunidade diplomática.
Assim, Assange pode ser preso mesmo que seu pedido de asilo político seja aceito.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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