Na primeira entrevista depois da morte de seus principais assessores de segurança, o ditador Bachar Assad tentou mostrar calma diante da escalada da guerra civil na Síria. Ele afirmou que suas forças estão "progredindo", mas disse que precisa de mais tempo até a vitória final.
Com cerca de 400 mortes, o último fim de semana foi o mais sangrento. Em 17 meses e meio de rebelião, as Nações Unidas estimam o total de mortos em 18,5 mil, enquanto os rebeldes calculam em 25 mil.
Assad alegou que está enfrentando uma conspiração internacional liderada pelos Estados Unidos. O objetivo seria vencer a resistência síria ao projeto americano e israelense para dominar o Oriente Médio. Isso justificaria a repressão brutal de sua ditadura sanguinária.
Em entrevista ao jornal inglês The Independent, o ministro do Exterior sírio, Walid Muallem, insistiu: "Acreditamos que os EUA são o maior agente contra a Síria e os outros são seus instrumentos".
Os rebeldes criticaram os EUA porque Washington considerou prematura a formação de um governo provisório da oposição, um dia depois que o presidente da França, François Hollande, disse estar pronto a reconhecer um governo da oposição como legítimo representante do povo sírio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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