Na sua guerra contra as drogas, morreram mais de 50 mil pessoas, mas o presidente Felipe Calderón não prendeu nenhum político ligado ao tráfico, acusa o ex-ministro do Exterior do México Jorge Castañeda, defensor de uma liberalização do uso de drogas, e de usar a polícia e não o Exército para combater o problema.
"A três meses de terminar o mandato de seis anos do presidente Calderón, nenhum político - nem governador, senador, nem deputado, nem prefeito, nem secretário - foi preso por cumplicidade com o narcotráfico", observa o ex-chanceler. "Então, ou não há nenhum ou o presidente Calderón, como seus predecessores, preferiu priorizar a política em vez do castigo nos casos que conhece."
Um dos maiores intelectuais e cientistas políticos da América Latina, Castañeda se define como esquerdista, mas, em entrevista à imprensa da República Dominicana, ressalva: "Se ser de esquerda é apoiar incondicionalmente a ditadura castrista, não sou".
O ex-chanceler mexicano critica Andrés Manuel López Obrador, o candidato de esquerda que não aceitou o resultado da eleição presidencial de 1º de julho, vencida por Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), apesar da confirmação do resultado pela Suprema Corte.
"Essa é uma luta perdida", analisa Castañeda. "A esquerda não conseguiu prova nenhuma de suas alegações de fraude". López Obrador continua se negando a reconhecer a vitória de Peña Nieto.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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