A Comissão da Verdade começa a vasculhar os porões da ditadura militar brasileira, e a tortura da então guerrilheira e hoje presidente Dilma Rousseff atrai a atenção internacional sobre o que aconteceu no Brasil no fim dos anos 60 e início dos anos 70, ressuscitando os fantasmas do período mais duro da repressão política.
Durante dois anos, o país terá de repassar a memória de um dos períodos tristes e trágicos de sua história.
Na primeira de uma série de reportagens sobre o assunto, o jornal The New York Times lembra que Dilma não é única presidente torturada no passado de luta armada na América Latina, citando os exemplos de Michele Bachelet, no Chile, e José Mujica, no Uruguai.
Ao contrário de outros países latino-americanos, o Brasil não revogou suas leis de anistia. A Justiça não aceita a abertura de processos contra torturadores, mesmo sendo o Brasil signatário de convenções internacionais que consideram a tortura um crime hediondo e imprescritível. Isso provocou críticas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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