Sob a alegação de que ele não teria direito a um julgamento justo, o governo do Equador concedeu hoje asilo político ao australiano Julian Assange, fundador do sítio WikiLeaks, que vazou na Internet mais de 250 mil documentos sigilosos do Departamento de Estado americano, de outros países e de empresas. Ele é acusado de crimes sexuais na Suécia e teve seu pedido de extradição aceito pela Justiça do Reino Unido.
Como acredita que tudo não passa de uma manobra para que a Suécia o entregue aos Estados Unidos, esgotados todos os recursos jurídicos no Reino Unido, em 19 de junho, Assange entrou na Embaixada do Equador em Londres.
Hoje de manhã, o ministro do Exterior equatoriano, Ricardo Patiño, justificou a concessão de asilo alegando que Assange é um defensor dos direitos humanos e da liberdade de expressão, e é vítima de perseguição política. Se for extraditado para os EUA, Assange não será submetido a um julgamento justo, pode ser levado a uma corte marcial e executado.
O problema para Assange é que agora ele precisa de um salvo-conduto para ir da embaixada até o aeroporto, e o governo britânico ameaça prendê-lo se ele deixar a representação diplomática. Ao pedir asilo, o australiano violou os termos de sua liberdade condicional.
Agora há pouco, o ministro do Exterior britânico, William Hague, deixou claro que ele não terá salvo-conduto para sair da embaixada e deixar o Reino Unido.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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