Ao contrário do que anunciou o presidente Barack Obama, Ossama ben Laden, o terrorista mais procurado não estava armado e não resistiu quando foi encurralado e morto pelo comando de elite da Marinha dos Estados Unidos Seals (Focas) em Abotabade, no Paquistão, em 1º de maio de 2011, pelo horário de Brasília. A revelação está num livro de um dos participantes da operação.
Um Dia que Não foi Fácil: um relato em primeira mão da missão que matou Ossama ben Laden, escrito e publicado sob o pseudônimo de Mark Owen, identificado pela TV de ultradireita Fox News como Matt Bissonnette, afirma que se passaram cerca de 15 minutos entra a invasão da casa onde o terrorista estava refugiado e sua morte. Seria tempo suficiente para o terrorista pegar uma arma para reagir.
Como Ben Laden não fez isso, foi executado sumariamente. Isso viola o direito internacional. O líder da rede terrorista Al Caeda deveria ter sido preso e processado, o que lhe daria uma tribuna para atacar os EUA, sua política externa, suas guerras em países muçulmanos.
Para o jornal The Washington Post, era inevitável que algum agente escrevesse um livro sobre a operação mais espetacular da chama "guerra contra o terror" lançada depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. Afinal, os EUA têm ampla liberdade de expressão, havia relatos contraditórios e oportunidade para ganhar dinheiro.
Antes do lançamento, antecipado de 11 para 4 de setembro, graças às encomendas das livrarias, o livro chegou rapidamente ao primeiro lugar entre os mais vendidos, superando 50 Tons de Cinza, já lançado no Brasil. Seu autor prometeu doar o lucro para instituições de caridade que ajudam as famílias de Seals mortos em combate.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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