A chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, rejeitou a possibilidade de ampliar o prazo para que a Grécia corte mais 11,5 bilhões de euros em gastos públicos durante um encontro que terá na sexta-feira com o primeiro-ministro Antonis Samaras.
Em entrevista ao jornal Bild desta quarta-feira, Samaras declarou que pretendia pedir hoje uma ampliação do prazo para evitar novos cortes drásticos nos gastos públicos, já que no fim de 2012 a Grécia terá completado o quinto ano seguido de recessão, com queda de 20% no produto interno bruto.
A meta do ajuste fiscal draconiano a que a troika (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo monetário internacional) exige da Grécia é reduzir a dívida pública de 180% para 120% do PIB até 2020.
Para Samaras, a saída da Grécia da união monetária europeia seria uma "catástrofe", trariam "pelo menos mais cinco anos de recessão e elevariam o desemprego acima de 40%. Seria um desastre econômico, agitação social e uma crise sem precedentes da democracia".
Nos últimos três anos, acrescentou o primeiro-ministro, "o nível de vida grego caiu 35%. Uma volta do dracma aprofundaria a queda para 70%. Que democracia consegue sobreviver a isso?"
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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