Um caminhão-bomba detonado por extremistas muçulmanos diante do Ministério da Educação da Somália matou pelo menos 70 pessoas hoje em Mogadíscio, a capital deste país do Nordeste da África, que não tem governo e vive em estado de anarquia há 20 anos.
A milícia fundamentalista muçulmana Al Chababe, um grupo aliado à rede terrorista Al Caeda que luta contra o governo provisório somaliano, reivindicou a responsabilidade pelo atentado, realizado quando estudantes e pais de alunos faziam fila diante do ministério para conseguir vagas em escolas.
Foi o pior ataque em cinco anos de atividade do grupo e o maior na capital somaliana desde agosto, quando a milícia retirou a maior parte de suas forças de Mogadíscio para escapar de uma ofensiva da missão de paz da União Africana que tenta estabilizar o país.
Os atentados suicidas na Somália eram raros até 2007, quando a milícia fundamentalista começou a usar os métodos d'al Caeda.
Além da guerra civil sem fim, a Somália enfrenta uma fome em massa, que ameaça 12 milhões de pessoas na região conhecida como Chifre da África, no Nordeste do continente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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