O primeiro-ministro interino da Líbia, Mahmoud Jibril, que está deixando o cargo, advertiu ontem para o risco de um perigoso vácuo de poder no país se não foram realizadas eleições logo para formação de um governo com legitimidade popular.
Pelos planos atuais, a Líbia teria de esperar até junho para escolher uma comissão encarregada de redigir uma nova constituição e só depois realizar eleições legislativas e presidencial.
"Não queremos uma espera de oito meses", alertou Jibril, citado pelo jornal The Washington Post. "A demora pode ser perigosa".
Seus comentários indicam uma falta de consenso dentro do Conselho Nacional de Transição, a organização política dos rebeldes que derrubaram a ditadura do coronel Muamar Kadafi.
Centenas de milícias revolucionárias estão impondo a ordem em todo o país. Grupos de defesa dos direitos humanos temem que esses grupos se fortaleçam, se o governo central não impuser rapidamente sua autoridade.
Há um risco de que o país caia num ciclo de violência marcado pela vingança e acertos de contas entre kadafistas e rebeldes, alertam a agência de notícias Reuters e a televisão pública britânica BBC.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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