segunda-feira, 31 de outubro de 2011

OTAN termina intervenção militar na Líbia

Durante visita a Trípoli, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o ex-primeiro-ministro dinamarquês Anders Fogh Rasmussen, encerrou oficialmente hoje a intervenção militar na Líbia, autorizada em 17 de março de 2011 pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para "proteger a população civil" dos ataques do coronel Muamar Kadafi.

"É ótimo estar na Líbia, numa Líbia livre", declarou Rasmussen. "Agimos para proteger vocês. Juntos, tivemos sucesso. A Líbia está finalmente livre, de Bengázi a Brega, de Missurata às montanhas do Oeste e a Trípoli", informa a agência Reuters.

Desde a morte de Kadafi, em 20 de outubro, a aliança militar da América do Norte e da Europa, fazia apenas patrulhamento aéreo.

O Brasil, a China e a Rússia criticaram a intervenção militar, acusando a OTAN de ir além do mandato para proteger civis e participar diretamente do ataque que matou o ditador, embora não haja notícias de massacres de civis por bombardeios da aliança militar ocidental.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, declarou que o Brasil vai propor a criação de um mecanismo de fiscalização das operações militares aprovadas pela ONU. Parece-me mais jogo de cena, porque a medida provavelmente será vetada pelas grandes potências do Conselho de Segurança.

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