Pelo menos 17 pessoas morreram, inclusive quatro soldados e oito civis americanos a serviço das Forças Armadas dos Estados Unidos, num atentado terrorista suicida com carro-bomba contra um comboio da Organização de Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Cabul, a capital do Afeganistão.
Com a exceção de quedas de helicóptero, foi o ataque mais mortífero em dez anos de guerra. O país foi invadido em 7 de outubro de 2001 por forças internacionais lideradas pelos EUA depois dos atentados terroristas de 11 de setembro porque lá ficavam as bases da rede terrorista Al Caeda.
O ataque foi reivindicado pela milícia fundamentalista muçulmana dos Talebã (Estudantes), derrubada pela invasão americana, mas os serviços secretos ocidentais culpam a rede Haqqani, formada por extremistas muçulmanos do Paquistão, que seria cada vez mais ativa no Afeganistão, em aliança com os Talebã.
Como a rede Haqqani tem o apoio do serviço secreto militar paquistanês, é mais um elemento de distúrbio nas relações EUA-Paquistão. O ex-capitão da seleção de críquete do Paquistão Imran Khan alega que a rede é um dos instrumentos paquistaneses para intervir no conturbado país vizinho, dentro da lógica de que um dia os americanos vão embora e mais uma vez o Afeganistão será entregue à sua própria sorte, voltando a ser um campo de batalha para vizinhos mais poderosos.
A Guerra do Afeganistão já é a mais longa da História dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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