Em um duro ataque ao Banco Mundial, o presidente Rafael Correa acusou a instituição de chantagear o Equador, quando era ministro da Fazenda. Ele se retirou do plenário da Conferência de Cúpula Ibero-Americana realizada no último fim de semana no Paraguai para não ouvir a vice-presidente do banco.
Quando o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, dirigia os trabalhos como anfitrião e passou a palavra à vice-presidente do banco, Pamela Cox, no sábado, Correa reagiu indignado: "E quando o Banco Mundial vai nos escutar? Temos de receber o Banco Mundial?"
O presidente equatoriano expôs suas razões: "Quando eu era ministro da Economia, nos negou um crédito porque mudamos a política econômica. Foi defensor do grande capital, dos interesses hegemônicos extrarregionais. Por que temos de escutar o Banco Mundial neste fórum?"
Lugo argumentou que a reunião de cúpula era "um fórum amplo e aberto", e acrescentou: "Sei que muitas pessoas e governos têm questionamentos em relação ao Banco Mundial, mas qual a melhor oportunidade do que lhes escutar aqui e digerir e repensar criticamente?"
Correa insistiu: "E quando o Banco Mundial vai nos ouvir? Este é um fórum ibero-americano e me nego a escutar uma instituição que chantageou abertamente meu país. Vou me retirar durante sua intervenção e voltarei depois", noticia a revista América Economia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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