Diante das imagens caóticas do coronel Muamar Kadafi preso, ensanguentado e em seguida morto, a alta comissária das Nações Unidas, Navi Pillay, pediu hoje uma investigação sobre as circunstâncias da morte do ditador da Líbia.
A grande maioria dos líbios está aliaviada pela morte do ditador que infernizou o país durante 42 anos, mas muitos gostariam de vê-lo num tribunal respondendo por seus crimes.
Kadafi estaria fugindo de sua terra natal, Sirte, tomada ontem pelos rebeldes, quando o comboio onde viajava foi bombardeado pela Força Aérea da França. Ele tentou escapar, escondeu-se num cano de esgotos debaixo de uma ponte, mas foi descoberto, capturado e morto.
Ontem, o primeiro-ministro Mahmoud Jibril afirmou que o ditador morreu no fogo cruzado, quando o jipe onde era levado para o hospital foi atacado por kadafistas que tentavam libertar seu líder. Pelas imagens, pode-se deduzir que houve uma execução sumária.
As imagens dramáticas também levantaram dúvidas sobre a capacidade do Conselho Nacional de Transição, o governo provisório dos rebeldes, de controlar seus próprios militantes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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