Às vésperas da reunião anual do Banco Mundial, o presidente desta instituição internacional, Paul Wolfowitz, sofre intensas pressões para renunciar. Ontem, ele admitiu ter favorecido sua namorada com um aumento de salário: "Cometi um erro e lamento".
O conselho de administração do banco alega não ter sido informado de que a namorada do presidente recebeu um aumento de mais de US$ 5 mil mensais, o que elevou seu salário para cerca de US$ 16,7 mil por mês.
A associação dos empregados do banco e o jornal econômico-financeiro inglês Financial Times exigiram ontem sua demissão.
Um dos principais articuladores da guerra do Iraque como subsecretário da Defesa dos Estados Unidos, Wolfowitz perdeu prestígio com o fracasso da invasão americana. Ele deixou o Pentágono no final do primeiro governo George W. Bush. Em janeiro de 2005, foi nomeado presidente do Banco Mundial, prometendo fazer do combate à corrupção seu maior objetivo. Agora, desmoralizado, terá de deixar o cargo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário