Enquanto George W. Bush se escondia, em 11 de setembro de 2001, ele posou como o verdadeiro presidente dos Estados Unidos, comandando as operações de socorro. Mas agora que o ex-prefeito de Nova Iorque Rudolph Giuliani é o favorito para ser o próximo candidato do Partido Republicano à Casa Branca, os fantasmas do pior ataque terrorista da História voltam para assombrá-lo.
"Se Rudolph Giuliani estivesse concorrendo como o homem que limpou a Times Square e reduziu a criminalidade, e não pelo 11/9, eu não abriria a boca", afirmou Sally Regenhard. Seu filho foi um dos 343 bombeiros nova-iorquinos mortos no atentado terrorista contra o World Trade Center. "Quando ele faz campanha em cima do 11/9, o povo americano precisa saber que ele fez parte do problema."
Durante uma audiência em Nova Iorque em 2004, Sally gritou: "Meu filho foi assassinado por causa de sua incompetência!"
Giuliani, que tem 55% das preferências no eleitorado republicano, sofre duas acusações:
• Seu governo não dotou os bombeiros de Nova Iorque de equipamentos modernos de rádio-comunicação, como reclamam os parentes dos bombeiros soterrados no desabamento das torres gêmeas. Eles usavam o mesmo equipamento de seus colegas chamados no primeiro atentado terrorista contra o World Trade Center, em 1993.
• Em novembro de 2001, Giuliani decidiu acelerar a remoção dos escombros do chamado Ponto Zero. Os bombeiros ficaram furiosos com a redução do número dos que procuravam restos mortais de seus colegas. O prefeito voltou atrás dias depois.
"Queremos que os Estados Unidos saibam o que esse cara significa para os bombeiros da cidade de Nova Iorque", disse Peter Gorman, presidente da Associação dos Bombeiros. "Nas nossas experiências com este homem, ele nos desrespeitou da maneira mais horrível".
Mais de cinco anos e meio depois, restos humanos continuam aflorando no terreno onde ficava o WTC.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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