Como parte de um acordo de paz assinado em novembro para acabar com uma década de guerra civil em que 13 mil pessoas morreram, os antigos rebeldes comunistas aderiram ao governo do Nepal ontem prometendo garantir o desenvolvimento deste pobre país das montanhas do Himalaia e organizar eleições livres e democráticas.
Cinco ex-maoístas tomaram posse como ministros, enquanto um sexto ganhou um cargo de secretário-geral de ministério no governo do primeiro-ministro Girija Prasad Koirala, em cerimônia transmitida ao vivo pela televisão.
"Este é o começo de um novo capítulo na História do Nepal. Apelo a todos para deixarem para trás todas as pequenas diferenças e avançarem para atingir nossos objetivos", declarou Koirala, de 84 anos. "O governo vai se dedicar totalmente ao estabelecimento da paz e da segurança no país."
Para o líder maoísta Pushpa Kamal Dahal, conhecido como Prachanda, disse que seu objetivo é realizar eleições para uma Assembléia Constituinte que decidirá como será o Nepal do futuro, monarquia constitucional ou república. Durante 10 anos, a guerrilha maoísta lutou para derrubar a monarquia e instaurar a república.
"Este dia marca o começo de um novo Nepal. Nossa prioridade é realizar eleições livres e limpas", revelou o líder comunista. "Nossa próxima meta é dar alguma ajuda imediata ao povo e depois nos voltarmos para o desenvolvimento de longo prazo."
Os antigos rebeldes ganharam os Ministérios da Informação e Comunicação, que controla o rádio, a TV e os jornais, e do Desenvolvimento Local. Sahana Pradhan, do Partido Comunista Unificado Marxista-Leninista do Nepal, que não tem ligação com a guerrilha maoísta.
Ram Chandra Poudel, vice-líder do Partido do Congresso, foi nomeado ministro da Paz e da Reconciliação, cargo que equivale ao de vice-primeiro-ministro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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