domingo, 1 de abril de 2007

Israel convoca líderes árabes para negociar a paz

Ao receber em Jerusalém a chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, atual presidente da União Européia, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, convocou os líderes dos países árabes para uma conferência internacional de paz. Disse que gostaria de trocar idéias para resolver o conflito árabe-isralense, com cada parte apresentando suas exigência e nenhum tentando ditar os termos.

"Queria aproveitar esta oportunidade importante com a presença da presidente da UE para convidar todos os chefes de Estado árabes, inclusive o rei da Arábia Saudita, para um encontro para dialogar", declarou Olmert.

Na semana passada, uma reunião de cúpula da Liga Árabe relançou o plano de paz proposto em 2002 pelos sauditas, que oferece o reconhecimento pleno de Israel em troca da devolução dos territórios árabes ocupados e de uma solução justa para os refugiados palestinos.

Olmert saudou a decisão mas insistiu que Israel não pode aceitar o "direito de retorno" exigido pelos palestinos. Com 5 milhões de refugiados palestinos e seus descendentes voltando, os árabes passariam a ser maioria em Israel, o que seria totalmente inaceitável.

Também está no Oriente Médio a presidente da Câmara dos EUA, deputada Nancy Pelosi, que esteve hoje em Israel e deve visitar a Síria, na tentativa de abrir diálogo com um dos países mais hostis a seu país na região.

Em sua coluna no New York Times, Thomas Friedman, autor de O Mundo é Plano, defendeu o plano de paz proposto em 2000 pelo então presidente americano Bill Clinton, que previa a retirada israelenses de toda a Faixa de Gaza, do setor oriental de Jerusalém e de 95% da Cisjordânia, onde seria criado um Estado palestino.

Os refugiados teriam o direito de voltar, mas não para Israel. Seriam mantidas apenas as colônias judaicas mais populosas situadas perto de Jerusalém e Telavive. Em troca, Israel teria pleno reconhecimento. Os palestinos seriam compensados e receberiam outras terras em troca das que seriam anexadas definitivamente a Israel.

O primeiro-ministro israelense negou que haja planos para um ataque coordenado dos Estados Unidos contra o Irã e de Israel contra a Síria e a milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus), no Líbano.

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