Mais de 300 pessoas morreram e cerca de 340 mil fugiram da capital da Somália, no Nordeste da África, descrita pelas Nações Unidas como uma "cidade-fantasma", depois de oito dias de combates entre rebeldes muçulmanos e o Exército da Etiópia, que apóia o frágil governo privisório somaliano.
"Os civis estão fugindo em massa", admitiu um funcionário do Alto Comissariado da ONU para Refugiados. "Pelo menos metade da cidade está deserta, virou uma cidade-fantasma".
Desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991, a Somália não tem governo central. Vive numa situação de total anarquia, com clãs disputando poder à força.
Assim, o curto período de seis meses, de junho a dezembro do ano passado, quando a União dos Tribunais Islâmicos, uma milícia fundamentalista, dominou Mogadíscio, é lembrado pelos moradores da capital somaliana como uma época de relativa tranqüilidade.
No meio da atual batalha por Mogadíscio, um carro-bomba matou quatro civis no centro da cidade e um terrorista suicida atacou um acampamento do Exército da Etiópia, que tem o apoio dos Estados Unidos, temerosos do surgimento de um tentáculo da Al Caeda na região do Chifre da África.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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