O grande violoncelista russo Mstislav Rostropovitch, um dos mestres da música clássica do século 20, que lutou pelos dissidentes na União Soviética e depois interpretou Bach diante do Muro de Berlim, morreu hoje de câncer em Moscou aos 80 anos. Ele sofria de câncer no intestino e morava em Paris. Quando a doença se agravou, a família levou-o de volta para a Rússia.
"A morte de Rostropovitch é um duro golpe para nossa cultura", declarou o escritor e ex-dissidente soviético Alexander Soljenitsyn, autor de O Arquipélago Gulag, protegido por Rostropovitch quando criticava o regime comunista. "Ele deu prestígio universal à cultura russa. Adeus, querido amigo".
Rostropovitch foi hospitalizado em Paris no começo de fevereiro. Logo a família decidiu levá-lo para Moscou, onde ele recebeu a visita do presidente Vladimir Putin em 6 de fevereiro.
Ao completar 80 anos, em 27 de março, Slava Rostropovitch foi homenageado no Kremlin com a Ordem do Serviço à Pátria. Parecia debilitado. "Sinto-me o homem mais feliz do mundo", declarou.
Sua oposição ao comunismo começou quando seus mestres Serguei Prokofiev e Dimitri Shostakovitch foram denunciados na era stalinista (1927-53).
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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