O Irã confirmou hoje sua participação numa conferência internacional interministerial a ser realizada nos dias 3 e 4 de maio em Charm al-Cheik, no Egito, para pacificar o Iraque, com a participação de seus vizinhos, das grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas e dos países do Grupo dos Oito. Mas o rei Abdullah, da Arábia Saudita, rejeitou um convite para se encontrar com o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, por acreditar que o governo de maioria xiita do Iraque não protege adequadamente os sunitas.
Maliki ligou pessoalmente para o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na sexta-feira, insistindo na participação iraniana
Em entrevista ao programa This Week, da TV ABC, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, não descartou a possiblidade de se encontrar com o ministro do Exterior iraniano, Manouchehr Mottaki, mas deixou claro: "Esta não é uma conferência sobre Estados Unidos e Iraque. É uma reunião sobre o que os vizinhos do Iraque e países interessados podem fazer para estabilizar o Iraque".
"O que nós precisamos fazer?", acrescentou a secretária de Estado. "É óbvio. Parar o fluxo de armas para os combatentes estrangeiros. Parar o fluxo de combatentes estrangeiros através das fronteiras".
A expectativa é que a abertura de diálogo entre os EUA e o Irã leve a uma negociação sobre o programa nuclear iraniano, suspeito de desenvolver armas atômicas, o que pode provocar um ataque americano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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