Um bombardeio aéreo de Israel destruiu um prédio de quatro andares na cidade de Caná, no Líbano, onde havia refugiados da guerra contra o Hesbolá (Partido de Deus), uma milícia fundamentalista xiita. Mais de 50 pessoas morreram, informam os serviços de emergência libaneses.
O Hesbolá, por sua vez, lançou 47 foguetes Katiúcha contra Israel, ferindo pelo menos 10 pessoas.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, voltou à região ontem, encontrando-se com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert. Mas cancelou sua segunda visita ao Líbano durante esta crise porque foi informada de que não seria bem recebida se não houver um cessar-fogo.
Os EUA condicionam um cessar-fogo a um acordo que preveja o envio de uma força multinacional de paz que ajudaria o Exército do Líbano a assumir o controle do Sul do país, desarmando o Hesbolá.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
domingo, 30 de julho de 2006
sábado, 29 de julho de 2006
Israel rejeita trégua para evacuar idosos
O governo de Israel rejeitou um apelo do coordenador de ajuda de emergência das Nações Unidas, Jan Eegeland, pedindo três dias de trégua para retirar idosos, mulheres e crianças das regiões em guerra no Líbano.
No sábado, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, voltou à região e jantou com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert. Mas sua visita foi considerada pelo líder do Hesbolá (Partido de Deus), xeque Hassan Nasralah, como mais uma manobra dos Estados Unidos para favorecer Israel.
"Está claro que o inimigo sionista queria uma vitória militar para impor suas condições. Mas não está conseguindo. Não sou eu que estou dizendo isto. São eles. O mundo inteiro está dizendo isto", declarou Nasralah na TV al-Manar, do Hesbolá. "Rice volta à região mais uma vez tentando impor condições ao Líbano mas está servindo a Israel."
O xeque afirmou que um terço dos 421 libaneses oficialmente declarados mortos é de crianças. O total de israelenses mortos no conflito iniciado em 12 de julho está em 52.
No sábado, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, voltou à região e jantou com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert. Mas sua visita foi considerada pelo líder do Hesbolá (Partido de Deus), xeque Hassan Nasralah, como mais uma manobra dos Estados Unidos para favorecer Israel.
"Está claro que o inimigo sionista queria uma vitória militar para impor suas condições. Mas não está conseguindo. Não sou eu que estou dizendo isto. São eles. O mundo inteiro está dizendo isto", declarou Nasralah na TV al-Manar, do Hesbolá. "Rice volta à região mais uma vez tentando impor condições ao Líbano mas está servindo a Israel."
O xeque afirmou que um terço dos 421 libaneses oficialmente declarados mortos é de crianças. O total de israelenses mortos no conflito iniciado em 12 de julho está em 52.
Israel mata líder da Jihad Islâmica
Israel matou numa troca de tiros perto de Nablus, na Cisjordânia, dois militantes do grupo Jihad Islâmica para a Libertação da Palestina. A rede de televisão americana CNN informou, com base numa fonte palestina, que um deles seria o comandante militar da Jihad (Guerra Santa). O governo israelense não confirmou a notícia.
Espanha acerta contas com passado franquista
LONDRES - Setenta anos depois do início da trágica Guerra Civil Espanhola (1936-39), que levou ao poder a ditadura do generalíssimo Francisco Franco, a Espanha vai dar reparações às vítimas e eliminar os símbolos do franquismo.
A Lei de Memória Histórica não vai anular os conselhos de guerra, informa o jornal espanhol El País. Uma comissão de notáveis eleita pelo Congresso com maioria de 60% decidirá se as pessoas a terem sua honra reparada foram julgadas sem garantia de plena defesa e injustamente condenadas.
A Lei de Memória Histórica não vai anular os conselhos de guerra, informa o jornal espanhol El País. Uma comissão de notáveis eleita pelo Congresso com maioria de 60% decidirá se as pessoas a terem sua honra reparada foram julgadas sem garantia de plena defesa e injustamente condenadas.
Conselho de Segurança prepara ultimato para Irã abandonar programa nuclear
LONDRES - A França propôs ontem ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma resolução que dá um mês de prazo ao Irã para suspender seu programa nuclear, suspeito de fabricar armas atômicas.
A resolução, que pode ser votada já nesta segunda-feira se houver consenso entre as cinco potências com direito de veto na ONU (Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido)dá um prazo até 31 de agosto para o Irã congelar suas atividades nucleares.
É uma tentativa de pressionar o Irã, que só pretende responder em 22 de agosto às propostas apresentadas pela União Européia em 6 de junho, em nome da sociedade internacional, para convencer a república islâmica a suspender seu programa atômico. Elas incluem ajuda para o desenvolvimento nuclear para fins pacíficos e incentivos econômicos, além de ameaças de sanções e de isolamento internacional.
Caso o Irã não dê uma resposta positiva, pode ser alvo de sanções.
A resolução, que pode ser votada já nesta segunda-feira se houver consenso entre as cinco potências com direito de veto na ONU (Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido)dá um prazo até 31 de agosto para o Irã congelar suas atividades nucleares.
É uma tentativa de pressionar o Irã, que só pretende responder em 22 de agosto às propostas apresentadas pela União Européia em 6 de junho, em nome da sociedade internacional, para convencer a república islâmica a suspender seu programa atômico. Elas incluem ajuda para o desenvolvimento nuclear para fins pacíficos e incentivos econômicos, além de ameaças de sanções e de isolamento internacional.
Caso o Irã não dê uma resposta positiva, pode ser alvo de sanções.
ONU pede aos EUA fim de prisões secretas
O Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas pediu ontem aos Estados Unidos que fechem todas as prisões clandestinas e permitam o acesso da Cruz Vermelha a todos os presos na guerra contra o terrorismo ou qualquer outro conflito armado.
O governo George W. Bush considerou as conclusões do Comitê de Direitos Humanos "decepcionante" e lamentou que os EUA sejam mais criticados do que outros países que supostamente são maiores violadores dos direitos fundamentais do homem.
A ONU pede aos EUA que "realize investigações independentes e rápidas sobre todos os indícios de mortes suspeitas, assim como de tortura o castigos cruéis, desumanos ou degradantes cometidos por seus agentes e empregados nos centros de detenção de Guantânamo, no Iraque e no Afeganistão". Os responsáveis devem ser "julgados e castigados de acordo com a gravidade do delito cometido".
O governo George W. Bush considerou as conclusões do Comitê de Direitos Humanos "decepcionante" e lamentou que os EUA sejam mais criticados do que outros países que supostamente são maiores violadores dos direitos fundamentais do homem.
A ONU pede aos EUA que "realize investigações independentes e rápidas sobre todos os indícios de mortes suspeitas, assim como de tortura o castigos cruéis, desumanos ou degradantes cometidos por seus agentes e empregados nos centros de detenção de Guantânamo, no Iraque e no Afeganistão". Os responsáveis devem ser "julgados e castigados de acordo com a gravidade do delito cometido".
sexta-feira, 28 de julho de 2006
Hesbolá usa míssil com 100 quilos de explosivos
LONDRES - O Hesbolá (Partido de Deus), milícia fundamentalista xiita que trava uma guerra contra Israel no Líbano, lançou nesta sexta-feira sua arma mais poderosa: o foguete Khaybar-1 pode levar uma carga de até 100 quilos de explosivos, cinco vezes mais do que os Katiúcha. Atingiu a cidade de Alufa, que fica a 70 quilômetros de distância de Haifa, terceira maior cidade de Israel e principal alvo do Hesbolá até agora.
Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, George Bush, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, insistiram na estratégia de não exigir um cessar-fogo imediato para que se possa chegar a uma solução duradoura do conflito. Na prática, isto dá uma chance a Israel de continuar atacando o Hesbolá.
Bush apóia o envio de uma força multinacional de paz para vigiar a fronteira 'de modo a impedir novos ataques do Hesbolá. Resta saber se a milícia xiita concorda com isto.
A Resolução 1.559 do Conselho de Segurança das Nações Unidas prevê o desarmamento de todos os grupos irregulares no Líbano. Mas o Hesbolá não está disposto a entregar as armas.
Ao mesmo tempo, diante da violência da ofensiva israelense, dos mais de 600 libaneses mortos e outros 700 mil refugiados, das vilas e cidades arrasadas pelos bombardeios, a opinião pública árabe começou a virar a favor do Hesbolá.
No início, especialmente entre os sunitas, a captura de dois soldados israelenses era vista como uma provocação inútil e desnecessária. Com a inclemência de Israel, o Hesbolá ganha cada vez mais sipatizantes no mundo árabe, além do aspecto heróico de conseguir enfrentar Israel, o que nenhum exército regular árabe jamais conseguiu.
Em Washington, o presidente dos Estados Unidos, George Bush, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, insistiram na estratégia de não exigir um cessar-fogo imediato para que se possa chegar a uma solução duradoura do conflito. Na prática, isto dá uma chance a Israel de continuar atacando o Hesbolá.
Bush apóia o envio de uma força multinacional de paz para vigiar a fronteira 'de modo a impedir novos ataques do Hesbolá. Resta saber se a milícia xiita concorda com isto.
A Resolução 1.559 do Conselho de Segurança das Nações Unidas prevê o desarmamento de todos os grupos irregulares no Líbano. Mas o Hesbolá não está disposto a entregar as armas.
Ao mesmo tempo, diante da violência da ofensiva israelense, dos mais de 600 libaneses mortos e outros 700 mil refugiados, das vilas e cidades arrasadas pelos bombardeios, a opinião pública árabe começou a virar a favor do Hesbolá.
No início, especialmente entre os sunitas, a captura de dois soldados israelenses era vista como uma provocação inútil e desnecessária. Com a inclemência de Israel, o Hesbolá ganha cada vez mais sipatizantes no mundo árabe, além do aspecto heróico de conseguir enfrentar Israel, o que nenhum exército regular árabe jamais conseguiu.
Inflação sobe no Japão pelo oitavo mês seguido
LONDRES - O núcleo do índice de preços ao consumidor da segunda maior economia do mundo subiu 0,6% em junho em relação ao mesmo mês no ano passado. O desemprego teve um leve aumento mas acredita-se que isto seja apenas temporário porque a oferta de empregos está aumentando.
Foi o oitavo mês consecutivo de aumento da inflação japonesa. Isto indica que o país está saindo da deflação e da estagnação econômica depois de uma década.
Em 14 de julho, pela primeira vez em seis anos, o Banco do Japão aumentou a taxa básica de juros para 0,25% ao ano, acabando com a política de juro zero adotada para combater a deflação e a estagnação. A tendência é que os juros continuem subindo, no ritmo lento da inflação japonesa.
O Banco do Japão volta a se reunir para tratar da política de juros nos dias 10 e 11 de agosto.
O consumo cresceu 0,4% em junho em comparação com o ano passado. O desemprego teve leve alta, de 4% para 4,2%. Mas a oferta de emprego está aumentando. Em média, havia 108 vagas para cada 100 candidatos. Isto faz com que muitos trabalhadores deixem seu emprego na busca de outro, o que explicaria o aumento do índice.
Foi o oitavo mês consecutivo de aumento da inflação japonesa. Isto indica que o país está saindo da deflação e da estagnação econômica depois de uma década.
Em 14 de julho, pela primeira vez em seis anos, o Banco do Japão aumentou a taxa básica de juros para 0,25% ao ano, acabando com a política de juro zero adotada para combater a deflação e a estagnação. A tendência é que os juros continuem subindo, no ritmo lento da inflação japonesa.
O Banco do Japão volta a se reunir para tratar da política de juros nos dias 10 e 11 de agosto.
O consumo cresceu 0,4% em junho em comparação com o ano passado. O desemprego teve leve alta, de 4% para 4,2%. Mas a oferta de emprego está aumentando. Em média, havia 108 vagas para cada 100 candidatos. Isto faz com que muitos trabalhadores deixem seu emprego na busca de outro, o que explicaria o aumento do índice.
Crescimento dos EUA cai para 2,5% ao ano
LONDRES - A maior economia do mundo cresceu a uma taxa anual de 2,5% no segundo trimestre do ano, numa forte desaceleração em relação ao primeiro trimestre, quando o produto interno bruto dos Estados Unidos, hoje em US$ 13,19 trilhões, aumentou 5,6%.
É o ritmo de crescimento mais lento em mais de dois anos. A expectativa do mercado era de um aumento de 3,1%.
Se por um lado ajuda o Federal Reserve Board, o banco central americano, a dar uma pausa no aumento da taxa básica de juros, hoje em 5,2% ao ano, por outro pode indicar que as sucessivas altas nas últimas 17 reuniões do Comitê de Mercado Aberto do Fed travaram demais a economia.
A queda na taxa de crescimento foi atribuída ao aumento menor do consumo privado, do investimento em imóveis e das empresas. O investimento em equipamento de trabalho e software caiu pela primeira vez em três anos.
As vendas cresceram apenas 2,1% no segundo trimestre, em contraste com 5,6% no primeiro. O consumo doméstico aumentou apenas 1,6%.
Em compensação o núcleo da inflação aumentou a uma taxa anual de 2,9%, o ritmo mais acelerado em 12 anos, acima dos 2,3% dos últimos 12 meses, que já indicam a alta de preços mais forte desde 1995. Os preços de alimentos e energia subiram a uma taxa anual de 4,1%.
É o ritmo de crescimento mais lento em mais de dois anos. A expectativa do mercado era de um aumento de 3,1%.
Se por um lado ajuda o Federal Reserve Board, o banco central americano, a dar uma pausa no aumento da taxa básica de juros, hoje em 5,2% ao ano, por outro pode indicar que as sucessivas altas nas últimas 17 reuniões do Comitê de Mercado Aberto do Fed travaram demais a economia.
A queda na taxa de crescimento foi atribuída ao aumento menor do consumo privado, do investimento em imóveis e das empresas. O investimento em equipamento de trabalho e software caiu pela primeira vez em três anos.
As vendas cresceram apenas 2,1% no segundo trimestre, em contraste com 5,6% no primeiro. O consumo doméstico aumentou apenas 1,6%.
Em compensação o núcleo da inflação aumentou a uma taxa anual de 2,9%, o ritmo mais acelerado em 12 anos, acima dos 2,3% dos últimos 12 meses, que já indicam a alta de preços mais forte desde 1995. Os preços de alimentos e energia subiram a uma taxa anual de 4,1%.
Casa Branca teme processos por crimes de guerra
LONDRES - O governo dos Estados Unidos teme processos de soldados e oficiais americanos com base na Lei de Crimes de Guerra, de 1996. Esta lei criminaliza violações das Convenções de Genebra sobre prisioneiros de guerra. Prevê inclusive a pena de morte para os responsáveis pela morte de presos sob custódia dos EUA, observa o jornal The Washington Post.
"Depois da recente decisão da Suprema Corte declarando que as convenções internacionais se aplicam ao tratamento dos prisioneiros na guerra contra o terrorismo, o procurador-geral Alberto Gonzales conversou reservadamente com congressistas do Partido Republicano sobre a necessidade de proteger os militares americanos envolvidos na luta contra o terrorismo contra denúncias por violações do passado", confidenciou ao Post uma fonte não-identificada.
A Suprema Corte declarou ilegal um decreto presidencial de 2002 que criou o centro de detenção na base naval em Guantânamo, um enclave americano em Cuba.
Um parecer jurídico de Gonzales, na época apenas assessor jurídico do governo, definiu os presos suspeitos de terrorismo como "combatentes ilegais". Por não pertencerem a exércitos regulares ligados a Estados Nacionais, não obecederem a uma hierarquia e a uma cadeia de comando claramente definidas, e não usaram fardamento, lhes foi negada a proteção das Convenções de Genebra.
Agora, o procurador-geral e ministro da Justiça quer garantir uma cobertura legal por violações cometidas nas prisões de Guantânamo; Abu Ghraib, no Iraque; e Bagram, no Afeganistão; entre outras.
"Depois da recente decisão da Suprema Corte declarando que as convenções internacionais se aplicam ao tratamento dos prisioneiros na guerra contra o terrorismo, o procurador-geral Alberto Gonzales conversou reservadamente com congressistas do Partido Republicano sobre a necessidade de proteger os militares americanos envolvidos na luta contra o terrorismo contra denúncias por violações do passado", confidenciou ao Post uma fonte não-identificada.
A Suprema Corte declarou ilegal um decreto presidencial de 2002 que criou o centro de detenção na base naval em Guantânamo, um enclave americano em Cuba.
Um parecer jurídico de Gonzales, na época apenas assessor jurídico do governo, definiu os presos suspeitos de terrorismo como "combatentes ilegais". Por não pertencerem a exércitos regulares ligados a Estados Nacionais, não obecederem a uma hierarquia e a uma cadeia de comando claramente definidas, e não usaram fardamento, lhes foi negada a proteção das Convenções de Genebra.
Agora, o procurador-geral e ministro da Justiça quer garantir uma cobertura legal por violações cometidas nas prisões de Guantânamo; Abu Ghraib, no Iraque; e Bagram, no Afeganistão; entre outras.
quinta-feira, 27 de julho de 2006
Bush ataca Irã por apoiar Hesbolá
LONDRES - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, acusou hoje o Irã por apoiar o Hesbolá (Partido de Deus), a milícia fundamentalista xiita que está travando uma guerra contra Israel no Líbano desde 12 de julho.
"O Hesbolá atacou Israel. Sei que o Hesbolá é ligado ao Irã", declarou Bush na Casa Branca ao receber o presidente da Romênia, Traian Basescu. "É hora do mundo enfrentar esta ameaça."
Para o ministro da Justica de Israel, Haim Ramon, ao não chegar a um acordo sobre um cessar-fogo ontem na Conferência de Roma, a sociedade internacional deu luz verde para Israel continuar sua ofensiva contra o Hesbolá.
Bush disse esperar que a violência termine o mais rapidamente possivel mas a posição dos EUA é dar tempo a Israel para infligir pesadas perdas ao inimigo, se possível destruindo a infra-estrutura e reduzindo sensivelmente a capacidade militar da milícia.
"É hora de atacar o problema pela raiz, e a raiz do problema é o terrorismo de grupos que tentam parar o avanco da democracia. Nosso objetivo é garantir que o uso de táticas terroristas não seja recompensado", afirmou o presidente americano.
Bush fez referência à gravação divulgada ontem pelo subcomandante da Al Caeda, Ayman al-Zawahiri, dizendo "não estar surpreso que as pessoas que usam táticas terroristas estejam comecando a falar. Um cara que está numa região remota faz declarações basicamente encorajando o uso de terrorismo para matar inocentes e atingir seus objetivos políticos. Os EUA se opõem firmemente a Zawahiri e a gente como ele."
Mas neste conflito os EUA estão distantes da maioria de seus aliados, que exigem um cessar-fogo imediato para acabar com os combates.
"O que quer seja seja feito diplomaticamente precisa atacar a raiz do problema, e a raiz esta na atividade terrorista", concluiu Bush. "Vejo isto como um choque de formas de governar."
"O Hesbolá atacou Israel. Sei que o Hesbolá é ligado ao Irã", declarou Bush na Casa Branca ao receber o presidente da Romênia, Traian Basescu. "É hora do mundo enfrentar esta ameaça."
Para o ministro da Justica de Israel, Haim Ramon, ao não chegar a um acordo sobre um cessar-fogo ontem na Conferência de Roma, a sociedade internacional deu luz verde para Israel continuar sua ofensiva contra o Hesbolá.
Bush disse esperar que a violência termine o mais rapidamente possivel mas a posição dos EUA é dar tempo a Israel para infligir pesadas perdas ao inimigo, se possível destruindo a infra-estrutura e reduzindo sensivelmente a capacidade militar da milícia.
"É hora de atacar o problema pela raiz, e a raiz do problema é o terrorismo de grupos que tentam parar o avanco da democracia. Nosso objetivo é garantir que o uso de táticas terroristas não seja recompensado", afirmou o presidente americano.
Bush fez referência à gravação divulgada ontem pelo subcomandante da Al Caeda, Ayman al-Zawahiri, dizendo "não estar surpreso que as pessoas que usam táticas terroristas estejam comecando a falar. Um cara que está numa região remota faz declarações basicamente encorajando o uso de terrorismo para matar inocentes e atingir seus objetivos políticos. Os EUA se opõem firmemente a Zawahiri e a gente como ele."
Mas neste conflito os EUA estão distantes da maioria de seus aliados, que exigem um cessar-fogo imediato para acabar com os combates.
"O que quer seja seja feito diplomaticamente precisa atacar a raiz do problema, e a raiz esta na atividade terrorista", concluiu Bush. "Vejo isto como um choque de formas de governar."
Exxon lucra US$ 10 bilhões num trimestre
LONDRES - A empresa transnacional de petróleo americana Exxon teve no segundo trimestre deste ano um lucro de US$ 10,36 bilhões e um faturamento de US$ 99,03 bilhões, impulsionados pela alta nos preços do petróleo e o aumento consistente da demanda global, estimulada pelo extraordinário crescimento da China e da Índia.
Aqui no Reino Unido, os lucros bilionários da Shell e da British Petroleum, em meio às guerras no Oriente Médio e aumento do consumo mundial, provocaram uma certa revolta do consumidor, que está pagando quase uma libra (RS$ 4,35) por um litro de gasolina.
Aqui no Reino Unido, os lucros bilionários da Shell e da British Petroleum, em meio às guerras no Oriente Médio e aumento do consumo mundial, provocaram uma certa revolta do consumidor, que está pagando quase uma libra (RS$ 4,35) por um litro de gasolina.
Al Caeda convoca islamitas para guerra no Líbano
LONDRES - A rede terrorista Al Caeda conclama os muçulmanos a lutar contra as ofensivas de Israel no Líbano e na Faixa de Gaza.
O egípcio Ayman al-Zawahiri, subcomandante da rede liderada por Ossama ben Laden, divulgou uma gravação através da TV árabe especializada em notícia Al Jazira, convocando os fiéis para resistir ao que chama de "guerra dos sionistas e cruzados" no Oriente Médio. Ele disse que Al Caeda não pode ficar indiferente enquanto "as bombas queimam nossos irmãos".
"Muçulmanos de todas as partes, convoco vocês a lutarem e se tornaram mártires na guerra contra sionistas e cruzados", declarou o médico egípcio, que é considerado o principal estrategosta da rede. "A guerra contra Israel não de depende de cessar fogo. É uma guerra santa por Deus e vai continuar até que a religião prevaleça da Espanha ao Iraque. Vamos atacar em toda parte.
The Egyptian-born physician said attacks by Lebanese militants Hizbollah and Palestinians on Israel would not be ended with diplomacy.
Na sua advertência, num tom apocalíptico, atacou todos os aliados e fornecedores de armas de Israel: "As bombas e os foguetes que estão destroçando corpos muçulmanos em Gaza e no Líbano não são apenas de Israel. São fornecidas por todos os países da coalizão dos cruzados. Todo participante neste crime deve pagar seu preço."
O egípcio Ayman al-Zawahiri, subcomandante da rede liderada por Ossama ben Laden, divulgou uma gravação através da TV árabe especializada em notícia Al Jazira, convocando os fiéis para resistir ao que chama de "guerra dos sionistas e cruzados" no Oriente Médio. Ele disse que Al Caeda não pode ficar indiferente enquanto "as bombas queimam nossos irmãos".
"Muçulmanos de todas as partes, convoco vocês a lutarem e se tornaram mártires na guerra contra sionistas e cruzados", declarou o médico egípcio, que é considerado o principal estrategosta da rede. "A guerra contra Israel não de depende de cessar fogo. É uma guerra santa por Deus e vai continuar até que a religião prevaleça da Espanha ao Iraque. Vamos atacar em toda parte.
The Egyptian-born physician said attacks by Lebanese militants Hizbollah and Palestinians on Israel would not be ended with diplomacy.
Na sua advertência, num tom apocalíptico, atacou todos os aliados e fornecedores de armas de Israel: "As bombas e os foguetes que estão destroçando corpos muçulmanos em Gaza e no Líbano não são apenas de Israel. São fornecidas por todos os países da coalizão dos cruzados. Todo participante neste crime deve pagar seu preço."
quarta-feira, 26 de julho de 2006
Total de mortos no Líbano chega perto de mil
LONDRES - Depois de duas semanas de ataques de Israel ao Líbano, o número oficial de mortes está em torno de 400 mas os serviços de emergência, médicos e enfermeiros estimam que o total esteja chegando perto de mil.
"Só no porto de Tiro, há 125 mortos e 150 desaparecidos, que podem estar soterrados pelos escombros", declara Sami Yazbek, chefe de operações da Cruz Vermelha na cidade. "Tiro é uma área pouco atingida em comparação com o Sul do Líbano. Então pode-se presumir que o total de mortos esteja sendo subestimado".
Ao invadir a cidade de Bint Jbail na manhã desta quarta-feira, o Exército de Israel sofreu uma emboscada. Oito soldados israelenses morreram no ataque lançado por cerca de 100 milicianos do Hesbolá, que montaram uma feroz resistência. Outro morreu em Marun al-Ras, fazendo deste o pior dia de guerra para Israel até agora, com a morte de nove soldados.
Nos bastidores da Conferência de Roma, que fracassou ontem em obter um cessar-fogo imediato, comentava-se que o Hesbolá está ganhando a guerra politicamente.
"Estamos falando de uma milícia - um pequena exército guerrilheiro com alguns milhares de combatentes - que faz todo o tipo de jogo sujo que as guerrilhas geralmente fazem. Mistura-se com a população local. Atrai bombardeios e ataques contra inocentes", observa o editor de Oriente Médio da revista americana Newsweek, Christopher Dickey, citado por The Wall St. Journal Online. "Mas também estão lutando até o fim contra a máquina militar de Israel, supostamente uma das melhores do mundo. E apesar do ataque maciço das tão elogiadas Forças de Defesa de Israel, o Hesbolá continua a atormentar Israel com mais de 100 foguetes por dia."
Israel teve sua grande vitória militar na Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando derrotou o Egito, a Síria e a Jordânia. Eram Forças Armadas regulares, tinham Exército, Marinha e Aeronáutica.
Quando o então presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser, fechou o Canal de Suez e mandou a força de paz da ONU sair da Península do Sinai, Israel tomou estas atitudes por atos de guerra e partiu para o ataque, destruindo as forças aéreas inimigas terra, nos hangares.
Com total superioridade aérea, Israel cercou a aniquilou o Exército do Egito. O deserto é o paraíso dos tanques mas, sem cobertura aérea, os egípcios não tiveram a menor chance.
Hoje Israel enfrenta uma organização não-governamental. O Hesbolá é ao mesmo tempo uma milícia, um partido político e um movimento social e popular de base religiosa. Não vai desaparecer, mesmo que seus militantes sejam destroçados no campo de batalha.
A cada dia que passa, o Hesbolá dá sinais de resistência, a ponto de diplomatas árabes terem confessado em Roma ter "medo de que não apenas o Líbano seja destruído mas que o Hesbolá termine fincando sua bandeira no alto de um monte de destroços.
"Só no porto de Tiro, há 125 mortos e 150 desaparecidos, que podem estar soterrados pelos escombros", declara Sami Yazbek, chefe de operações da Cruz Vermelha na cidade. "Tiro é uma área pouco atingida em comparação com o Sul do Líbano. Então pode-se presumir que o total de mortos esteja sendo subestimado".
Ao invadir a cidade de Bint Jbail na manhã desta quarta-feira, o Exército de Israel sofreu uma emboscada. Oito soldados israelenses morreram no ataque lançado por cerca de 100 milicianos do Hesbolá, que montaram uma feroz resistência. Outro morreu em Marun al-Ras, fazendo deste o pior dia de guerra para Israel até agora, com a morte de nove soldados.
Nos bastidores da Conferência de Roma, que fracassou ontem em obter um cessar-fogo imediato, comentava-se que o Hesbolá está ganhando a guerra politicamente.
"Estamos falando de uma milícia - um pequena exército guerrilheiro com alguns milhares de combatentes - que faz todo o tipo de jogo sujo que as guerrilhas geralmente fazem. Mistura-se com a população local. Atrai bombardeios e ataques contra inocentes", observa o editor de Oriente Médio da revista americana Newsweek, Christopher Dickey, citado por The Wall St. Journal Online. "Mas também estão lutando até o fim contra a máquina militar de Israel, supostamente uma das melhores do mundo. E apesar do ataque maciço das tão elogiadas Forças de Defesa de Israel, o Hesbolá continua a atormentar Israel com mais de 100 foguetes por dia."
Israel teve sua grande vitória militar na Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando derrotou o Egito, a Síria e a Jordânia. Eram Forças Armadas regulares, tinham Exército, Marinha e Aeronáutica.
Quando o então presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser, fechou o Canal de Suez e mandou a força de paz da ONU sair da Península do Sinai, Israel tomou estas atitudes por atos de guerra e partiu para o ataque, destruindo as forças aéreas inimigas terra, nos hangares.
Com total superioridade aérea, Israel cercou a aniquilou o Exército do Egito. O deserto é o paraíso dos tanques mas, sem cobertura aérea, os egípcios não tiveram a menor chance.
Hoje Israel enfrenta uma organização não-governamental. O Hesbolá é ao mesmo tempo uma milícia, um partido político e um movimento social e popular de base religiosa. Não vai desaparecer, mesmo que seus militantes sejam destroçados no campo de batalha.
A cada dia que passa, o Hesbolá dá sinais de resistência, a ponto de diplomatas árabes terem confessado em Roma ter "medo de que não apenas o Líbano seja destruído mas que o Hesbolá termine fincando sua bandeira no alto de um monte de destroços.
Conferência de Roma sobre Líbano fracassa
LONDRES - Não houve acordo na conferência internacional realizada hoje em Roma para acabar com a guerra entre Israel e a milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus), e pacificar o Líbano.
Os Estados Unidos, representados pela secretária de Estado, Condoleezza Rice, negam-se a pressionar Israel para que declare um cessar-fogo imediatamente, como quer o resto da sociedade internacional. Alegam que não basta retornar à situação anterior a 12 de julho, com o Hesbolá agindo livremente no Sul do Líbano e atacando Israel.
A solução exigiria a presença de uma força de paz multinacional com mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O problema é que isto exigiria a concordância do Hesbolá, que não está disposto a entregar as armas, como exige a Resolução 1.559 do Conselho de Segurança da ONU.
Durante a invasão de Israel ao Líbano de 1982 a 1985, o Hesbolá atacou as forças estrangeiras com caminhões bomba, matando 241 fuzileiros navais americanos e 58 soldados franceses, em 1993, além de lançar operações suicidas contra as forças israelenses.
Nem a Síria nem o Irã, que apóiam o Hesbolá, participaram da fracassada Conferência de Roma. Como é impossível para Israel derrotar um movimento guerrilheiro com amplo apoio entre a população xiita do Sul do Líbano e da periferia de Beirute, a guerra continua mas os esforços diplomáticos pela paz também.
Os Estados Unidos, representados pela secretária de Estado, Condoleezza Rice, negam-se a pressionar Israel para que declare um cessar-fogo imediatamente, como quer o resto da sociedade internacional. Alegam que não basta retornar à situação anterior a 12 de julho, com o Hesbolá agindo livremente no Sul do Líbano e atacando Israel.
A solução exigiria a presença de uma força de paz multinacional com mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O problema é que isto exigiria a concordância do Hesbolá, que não está disposto a entregar as armas, como exige a Resolução 1.559 do Conselho de Segurança da ONU.
Durante a invasão de Israel ao Líbano de 1982 a 1985, o Hesbolá atacou as forças estrangeiras com caminhões bomba, matando 241 fuzileiros navais americanos e 58 soldados franceses, em 1993, além de lançar operações suicidas contra as forças israelenses.
Nem a Síria nem o Irã, que apóiam o Hesbolá, participaram da fracassada Conferência de Roma. Como é impossível para Israel derrotar um movimento guerrilheiro com amplo apoio entre a população xiita do Sul do Líbano e da periferia de Beirute, a guerra continua mas os esforços diplomáticos pela paz também.
Saddam quer ser fuzilado se pegar pena de morte
LONDRES - O ex-ditador do Iraque Saddam Hussein (1979-2003) prefere ser fuzilado, em vez de enforcado, se for condenado à morte por crimes contra a humanidade durante seu sangrento governo,informa o website da rede de TV americana CNN.
terça-feira, 25 de julho de 2006
China congela contas bancárias da Coréia do Norte
LONDRES - O Banco da China congelou as contas bancárias da Coréia do Norte, com depósitos de milhões de dólares, sob suspeita de falsificação de moedas e lavagem de dinheiro, seguindo o rumo dos Estados Unidos, que congelaram as contas norte-coreanas no final do ano passado.
Israel mata quatro observadores da ONU
LONDRES - Um bombardeio aéreo israelense contra um posto das Nações Unidas no Líbano matou quatro observadores. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que vem fazendo repetidos apelos por um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hesbolá (Partido de Deus), declarou estar "chocado" porque o posto teria "aparentemente sido alvejado de propósito". Israel "lamentou profundamente".
Já o líder do Hesbolá, xeque Hassan Nasrallah, prometeu continuar atacando Israel com foguetes que iriam além da cidade de Haifa, até agora o alvo preferencial da milícia fundamentalista xiita que dominava o Sul do Líbano.
Para evitar ataques com foguetes contra seu território, Israel pretende ocupar uma zona de segurança no Sul do Líbano até que seja enviada uma força multinacional de paz para controlar a região e ajudar o Exército do Líbano a tomar conta dela. Isto a rigor exigiria o desarmamento e a desmobilização do Hesbolá, o que parece altamente improvável.
A questão será discutida nesta quarta-feira numa conferência internacional em Roma para a qual não foram convidados os países que apóiam o Hesbolá, a Síria e o Irã.
Desde o início do conflito, em 12 de julho, quando o Hesbolá matou três soldados israelenses e capturou outros três num ataque na fronteira, mais de 380 libaneses e 42 israelenses foram mortos.
Já o líder do Hesbolá, xeque Hassan Nasrallah, prometeu continuar atacando Israel com foguetes que iriam além da cidade de Haifa, até agora o alvo preferencial da milícia fundamentalista xiita que dominava o Sul do Líbano.
Para evitar ataques com foguetes contra seu território, Israel pretende ocupar uma zona de segurança no Sul do Líbano até que seja enviada uma força multinacional de paz para controlar a região e ajudar o Exército do Líbano a tomar conta dela. Isto a rigor exigiria o desarmamento e a desmobilização do Hesbolá, o que parece altamente improvável.
A questão será discutida nesta quarta-feira numa conferência internacional em Roma para a qual não foram convidados os países que apóiam o Hesbolá, a Síria e o Irã.
Desde o início do conflito, em 12 de julho, quando o Hesbolá matou três soldados israelenses e capturou outros três num ataque na fronteira, mais de 380 libaneses e 42 israelenses foram mortos.
Ingleses querem menos subserviência aos EUA
LONDRES - A Grã-Bretanha deve adotar uma posição mais firme e independente em relação aos Estados Unidos, indica uma pesquisa divulgada hoje pelo jornal The Guardian. Para 63% dos entrevistados, o primeiro-ministro Tony Blair alinhou demais a política externa britânica com a americana; apenas 30% a aprovam.
A pesquisa foi realizada logo depois da conversa particular entre Blair e o presidente George W. Bush na reunião do Grupo dos Oito em São Petersburgo, na Rússia, captada por um microfone aberto. Blair se ofereceu para fazer uma missão exploratória no Oriente Médio antes da visita da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice.
Entre os eleitores do Partido Trabalhista, 54% criticam o excessivo alinhamento com Washington. Ns outros partidos, a rejeição é ainda maior, de 68% entre os conservadores, tradicionais aliados dos EUA, e de 83% no Partido Liberal-Democrata, que sempre se opôs à invasão do Iraque, principal razão da queda da popularidade de Blair.
A pesquisa foi realizada logo depois da conversa particular entre Blair e o presidente George W. Bush na reunião do Grupo dos Oito em São Petersburgo, na Rússia, captada por um microfone aberto. Blair se ofereceu para fazer uma missão exploratória no Oriente Médio antes da visita da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice.
Entre os eleitores do Partido Trabalhista, 54% criticam o excessivo alinhamento com Washington. Ns outros partidos, a rejeição é ainda maior, de 68% entre os conservadores, tradicionais aliados dos EUA, e de 83% no Partido Liberal-Democrata, que sempre se opôs à invasão do Iraque, principal razão da queda da popularidade de Blair.
Israel mantém ataques ao Líbano
LONDRES - Ao receber hoje a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, afirmou que seu país manterá a ofensiva militar contra o Hesbolá (Partido de Deus), milícia xiita que atua no Sul do Líbano, enquanto o grupo continuar disparando foguetes contra Israel.
Durante uma escala em Beirute, Rice pediu a libertação dos soldados israelenses capturados, o desarmamento do Hesbolá e a ocupação do Sul do Líbano pelo Exército libanês. O Hesbolá rejeitou a proposta.
Pelo menos 20 foguetes disparados pelos milicianos xiitas atingiram hoje Haifa, a terceira maior cidade de Israel, ferindo 15 pessoas.
Durante uma escala em Beirute, Rice pediu a libertação dos soldados israelenses capturados, o desarmamento do Hesbolá e a ocupação do Sul do Líbano pelo Exército libanês. O Hesbolá rejeitou a proposta.
Pelo menos 20 foguetes disparados pelos milicianos xiitas atingiram hoje Haifa, a terceira maior cidade de Israel, ferindo 15 pessoas.
segunda-feira, 24 de julho de 2006
Greenpeace lidera boicote à soja amazônica
LONDRES - Supermercados, distribuidores e redes de lanchonetes da Europa, inclusive o McDonald's, vão boicotar a soja cultivada na Amazônia. A campanha lançada pelo grupo ecológico Greenpeace culpa a expansão da lavoura de soja pela destruição da Floresta Amazônica.
No que está sendo chamado de uma vitória do poder do consumidor europeu, grandes empresas do setor de alimentação prometem não negociar com as quatro grandes companhias transnacionais que importam e distribuem soja brasileira, a não ser que provem que a leguminosa foi produzida sem derrubar a floresta.
Os pesquisadores da Greenpeace afirmam ter rastreado durante três anos o caminho da soja produzida ilegalmente na Amazônia até a mesa do consumidor da Europa, onde é usada principalmente para engordar animais como aves, bois e porcos.
A vice-presidente do grupo McDonald's na Europa, Karen van Bergen, comentou que "o McDonald's adota há muito uma política de não comprar carne de gado produzido na Amazônia, então é importante fazer o mesmo com a soja. Já pedimos a nossos fornecedores, inclusive à Cargill, para que nos consiga a partir da próxima safra alimento para aves não-alterado geneticamente e não-produzido na Amazônia."
No que está sendo chamado de uma vitória do poder do consumidor europeu, grandes empresas do setor de alimentação prometem não negociar com as quatro grandes companhias transnacionais que importam e distribuem soja brasileira, a não ser que provem que a leguminosa foi produzida sem derrubar a floresta.
Os pesquisadores da Greenpeace afirmam ter rastreado durante três anos o caminho da soja produzida ilegalmente na Amazônia até a mesa do consumidor da Europa, onde é usada principalmente para engordar animais como aves, bois e porcos.
A vice-presidente do grupo McDonald's na Europa, Karen van Bergen, comentou que "o McDonald's adota há muito uma política de não comprar carne de gado produzido na Amazônia, então é importante fazer o mesmo com a soja. Já pedimos a nossos fornecedores, inclusive à Cargill, para que nos consiga a partir da próxima safra alimento para aves não-alterado geneticamente e não-produzido na Amazônia."
Hesbolá rejeita o plano de paz dos EUA
LONDRES - O presidente do Parlamento do Líbano, o líder xiita Nabi Berri, que atua como intermediário, anunciou que o Hesbolá (Partido de Deus) rejeita a proposta de paz da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que inclui o desarmamento das milícias, para acabar o conflito com Israel.
Depois de mais de 500 mortes, com mais de 700 mil refugiados, a guerra continua. O Hesbolá resiste e ainda tem condições de lancer foguetes contra Israel.
Na manhã de terça-feira, 25 de julho, Israel concentrava forces para atacar Marun al-Ras, descrita como um reduto do Hesbolá. Mas o xeque Nasrallah ironizou a importância dada pelos estrategistas israelenses: “Estão tratando Marun al-Ras como a Batalha de Stalingrado”, numa referência à batalha decisiva da Segunda Guerra Mundial, que interrompeu a ofensiva nazista na União Soviética e iniciou a marcha do Exército Vermelho rumo a Berlim.
Mais uma vez o mundo prende a respiração por causa de uma guerra no Oriente Médio. As imagens da tragédia estão toda hora na televisão: corpos destroçados, feridos gemendo no hospital, mães que perderam seus filhos, centenas de milhares de refugiados sem saber para onde ir, bairros inteiros e a infra-estrutura de um país que acaba de sair de uma guerra civil novamente destroçada.
O preço do petróleo está em quase US$ 75 o barril. Há o risco de uma conflagração ainda maior. Os Estados Unidos e Israel acusam a Síria e o Irã de patrocinar o Hesbola (Partido de Deus), no Líbano, e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. A ampliação do conflito poderia elevar o preço do petróleo a US$ 100 o barril, com seriíssimas conseqüências para o resto do mundo, que assiste perplexo a mais uma carnificina no conflito secular entre árabes e judeus.
Esta guerra mostra ainda como é fácil incendiar o Oriente Médio. Tudo começou quando grupos militantes palestinos capturaram um cabo do Exército de Israel, que invadiu a Faixa de Gaza na tentative de resgatá-lo. Disto se aproveitou o Hesbolá para lancer um ataque na fronteira de Israel com o Líbano, matando três soldados israelenses e capturando outros dois.
Na sua última edição, a revista inglesa The Economist descreve o conflito entre Israel e o Hesbolá como “uma guerra acidental”, “sem sentido”, que talvez ninguém quisesse e que ninguém pode ganhar.
Para o Economist, é tudo muito parecido com a invasão israelense do Líbano de 1982 para “acabar com um Estado dentro do Estado”, no caso a Organização para a Libertação da Palestina, de Yasser Arafat, na época refugiado no Líbano. A ocupação durou três anos e lançou a semente do mal que Israel combate agora: o Hesbolá, uma milícia xiita financiada pelo Irã, que na época acabara de realizar sua revolução islâmica.
Agora, “o Estado dentro do Estado” é o Hesbolá, que não só participa da coligação de governo em Beirute como controlava o Sul do Líbano.
Criado sob o impacto do Holocausto, quando o povo judeu quase foi exterminado por não ter um Estado e um Exército que o defendesse, as Forças de Defesa de Israel logo adotaram a doutrina conhecida como ben-gurionismo, uma referência ao primeiro-ministro David ben Gurion, fundador de Israel: só a força garante a integridade do povo israelense e a sobrevivência do Estado judaico em meio a um ambiente hostil como o Oriente Médio.
A implicação lógica desta doutrina é que Israel não deixa de responder duramente a qualquer agressão para que isto não seja interpretado como um sinal de fraqueza. Fez isto uma única vez, durante a primeira Guerra do Golfo, quando foi alvo dos mísseis Scud de Saddam Hussein em nome de um objetivo maior, que era manter a coligação anti-Saddam, que incluía diversos países árabes e muçulmanos.
Leia mais em minha coluna em www.baguete.com.br
Depois de mais de 500 mortes, com mais de 700 mil refugiados, a guerra continua. O Hesbolá resiste e ainda tem condições de lancer foguetes contra Israel.
Na manhã de terça-feira, 25 de julho, Israel concentrava forces para atacar Marun al-Ras, descrita como um reduto do Hesbolá. Mas o xeque Nasrallah ironizou a importância dada pelos estrategistas israelenses: “Estão tratando Marun al-Ras como a Batalha de Stalingrado”, numa referência à batalha decisiva da Segunda Guerra Mundial, que interrompeu a ofensiva nazista na União Soviética e iniciou a marcha do Exército Vermelho rumo a Berlim.
Mais uma vez o mundo prende a respiração por causa de uma guerra no Oriente Médio. As imagens da tragédia estão toda hora na televisão: corpos destroçados, feridos gemendo no hospital, mães que perderam seus filhos, centenas de milhares de refugiados sem saber para onde ir, bairros inteiros e a infra-estrutura de um país que acaba de sair de uma guerra civil novamente destroçada.
O preço do petróleo está em quase US$ 75 o barril. Há o risco de uma conflagração ainda maior. Os Estados Unidos e Israel acusam a Síria e o Irã de patrocinar o Hesbola (Partido de Deus), no Líbano, e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. A ampliação do conflito poderia elevar o preço do petróleo a US$ 100 o barril, com seriíssimas conseqüências para o resto do mundo, que assiste perplexo a mais uma carnificina no conflito secular entre árabes e judeus.
Esta guerra mostra ainda como é fácil incendiar o Oriente Médio. Tudo começou quando grupos militantes palestinos capturaram um cabo do Exército de Israel, que invadiu a Faixa de Gaza na tentative de resgatá-lo. Disto se aproveitou o Hesbolá para lancer um ataque na fronteira de Israel com o Líbano, matando três soldados israelenses e capturando outros dois.
Na sua última edição, a revista inglesa The Economist descreve o conflito entre Israel e o Hesbolá como “uma guerra acidental”, “sem sentido”, que talvez ninguém quisesse e que ninguém pode ganhar.
Para o Economist, é tudo muito parecido com a invasão israelense do Líbano de 1982 para “acabar com um Estado dentro do Estado”, no caso a Organização para a Libertação da Palestina, de Yasser Arafat, na época refugiado no Líbano. A ocupação durou três anos e lançou a semente do mal que Israel combate agora: o Hesbolá, uma milícia xiita financiada pelo Irã, que na época acabara de realizar sua revolução islâmica.
Agora, “o Estado dentro do Estado” é o Hesbolá, que não só participa da coligação de governo em Beirute como controlava o Sul do Líbano.
Criado sob o impacto do Holocausto, quando o povo judeu quase foi exterminado por não ter um Estado e um Exército que o defendesse, as Forças de Defesa de Israel logo adotaram a doutrina conhecida como ben-gurionismo, uma referência ao primeiro-ministro David ben Gurion, fundador de Israel: só a força garante a integridade do povo israelense e a sobrevivência do Estado judaico em meio a um ambiente hostil como o Oriente Médio.
A implicação lógica desta doutrina é que Israel não deixa de responder duramente a qualquer agressão para que isto não seja interpretado como um sinal de fraqueza. Fez isto uma única vez, durante a primeira Guerra do Golfo, quando foi alvo dos mísseis Scud de Saddam Hussein em nome de um objetivo maior, que era manter a coligação anti-Saddam, que incluía diversos países árabes e muçulmanos.
Leia mais em minha coluna em www.baguete.com.br
Negociação da OMC fracassa
LONDRES - A tentativa de salvar as negociações de liberalização comercial da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) fracassou. Uma reunião ministerial dos Estados Unidos, União Européia, Japão, Brasil, Austrália e Índia não conseguiu romper o ipasse, provocado sobretudo pela relutância dos países ricos em abrir mão de seus subsídios à agricultura, de mais de US$ 1 bilhão por dia.
Os EUA vinham insistindo para que países ricos e pobres abram seus mercados agrícolas mas recusa-se a reduzir significativamente seu apoio doméstico, o que acaba distorcendo o comércio. A Índia rejeitou a posição americana.
Com o fracasso da reunião do último fim de semana, a Rodada Doha terá de ser amplamente rediscutida e deve se prolongar por mais alguns anos.
Começa agora a discussão para saber de quem é a culpa pelo fracasso. A maioria dos participantes desta última reunião extraordinária para tentar salvar a Rodada Doha responsabiliza os EUA, que exigiam uma queda nas tarifas de importação de produtos agrícolas mas não estavam dispostos a negociar o apoio interno recebido pelos agricultores americanos.
Como os EUA são a maior economia do mundo, o subsídio interno aos agricultores americanos, embora não aumente as exportações, reduz o mercado americano para produtos agrícolas importados.
O governo George W. Bush ganhou uma autorização para promoção comercial do Congresso dos EUA até julho de 2007. Por isto este prazo era importante. Era necessário um pré-acordo sobre as questões centrais da Rodada Doha até o fim deste mês para que o acordo final fosse concluído a tempo de ser ratificado pelo Congresso americano, que neste caso não poderia emendar o acordo comercial, apenas aprová-lo ou rejeitá-lo.
A Rodada Doha deve se estender por mais alguns anos. Se andar, o futuro presidente dos EUA precisará de autorização do Congresso para negociar um acordo de comércio internacional.
Os EUA vinham insistindo para que países ricos e pobres abram seus mercados agrícolas mas recusa-se a reduzir significativamente seu apoio doméstico, o que acaba distorcendo o comércio. A Índia rejeitou a posição americana.
Com o fracasso da reunião do último fim de semana, a Rodada Doha terá de ser amplamente rediscutida e deve se prolongar por mais alguns anos.
Começa agora a discussão para saber de quem é a culpa pelo fracasso. A maioria dos participantes desta última reunião extraordinária para tentar salvar a Rodada Doha responsabiliza os EUA, que exigiam uma queda nas tarifas de importação de produtos agrícolas mas não estavam dispostos a negociar o apoio interno recebido pelos agricultores americanos.
Como os EUA são a maior economia do mundo, o subsídio interno aos agricultores americanos, embora não aumente as exportações, reduz o mercado americano para produtos agrícolas importados.
O governo George W. Bush ganhou uma autorização para promoção comercial do Congresso dos EUA até julho de 2007. Por isto este prazo era importante. Era necessário um pré-acordo sobre as questões centrais da Rodada Doha até o fim deste mês para que o acordo final fosse concluído a tempo de ser ratificado pelo Congresso americano, que neste caso não poderia emendar o acordo comercial, apenas aprová-lo ou rejeitá-lo.
A Rodada Doha deve se estender por mais alguns anos. Se andar, o futuro presidente dos EUA precisará de autorização do Congresso para negociar um acordo de comércio internacional.
Jovens britânicos bebem demais
LONDRES - Você está bebendo demais?
Os jovens do Reino Unido estão. O número de mortes relacionadas com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas dobrou desde 1991, passando de 4 para 8 mil, e o aumento mais dramático foi entre homens de 30 a 50 anos.
"As doenças do fígado causadas pelo álcool levam muito tempo para se desenvolver", observa a organização não-governamental Preocupação com o Álcool. "Então, se alguém morre com 30 e poucos anos, provavelmente bebeu muito nos seus 20 anos. Este é o problema de saúde pública mais sério na Grã-Bretanha e deve ser atacado com urgência".
Em 1991, a taxa de mortalidade por causa do álcool era de 9,1 homens para cada 100 mil e de 5 mulheres para cada 100 mil. Hoje, é de 17,7 para os homens e 8,5 para mulheres. No ano passado, o número de hospitalizações por alcoolismo atingiu um recorde de 183,4 mil.
Um terço dos homens e um quarto das mulheres excedem o limite recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de três doses de álcool em média por dia para homens e duas para mulheres. Uma dose é uma latinha de cerveja, um cálice de vinho ou uma dose de bebida destilada.
Se você toma mais de três doses em média por dia, ou seja, 21 por semana, seria considerado um alcoolista no Reino Unido.
O governo britânico gasta o equivalente a quase R$ 1 bilhão por ano para combater o alcoolismo.
Os jovens do Reino Unido estão. O número de mortes relacionadas com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas dobrou desde 1991, passando de 4 para 8 mil, e o aumento mais dramático foi entre homens de 30 a 50 anos.
"As doenças do fígado causadas pelo álcool levam muito tempo para se desenvolver", observa a organização não-governamental Preocupação com o Álcool. "Então, se alguém morre com 30 e poucos anos, provavelmente bebeu muito nos seus 20 anos. Este é o problema de saúde pública mais sério na Grã-Bretanha e deve ser atacado com urgência".
Em 1991, a taxa de mortalidade por causa do álcool era de 9,1 homens para cada 100 mil e de 5 mulheres para cada 100 mil. Hoje, é de 17,7 para os homens e 8,5 para mulheres. No ano passado, o número de hospitalizações por alcoolismo atingiu um recorde de 183,4 mil.
Um terço dos homens e um quarto das mulheres excedem o limite recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de três doses de álcool em média por dia para homens e duas para mulheres. Uma dose é uma latinha de cerveja, um cálice de vinho ou uma dose de bebida destilada.
Se você toma mais de três doses em média por dia, ou seja, 21 por semana, seria considerado um alcoolista no Reino Unido.
O governo britânico gasta o equivalente a quase R$ 1 bilhão por ano para combater o alcoolismo.
Condoleezza Rice chega ao Líbano
LONDRES - A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, começou sua viagem pelo Oriente Médio com uma visita inesperada ao Líbano, onde se encontrou com o primeiro-ministro Fuad Siniora, que tem denunciado a destruição de seu país pelos bombardeios israelenses. Há 13 dias, Israel ataca o Líbano em resposta a ações do Hesbolá (Partido de Deus), milícia xiita que age no Sul deste país.
Rice, que hoje à noite vai para Israel, declarou: "Todos queremos acabar com a luta urgentemente. Todos temos o mesmo objetivo". Ela ressalvou, no entanto, que, se a violência parar agora e recomeçar em semanas "com toda a carnificina lançada pelo Hesbolá - seqüestrando soldados e disparando foguetes - então não teremos obtido nada".
A estratégia dos EUA é dar um tempo para Israel infligir pesados danos à infra-estrutura e à capacidade militar do Hesbolá. Isto o enfraqueceria, permitindo que o Exército do Líbano o desarme, como exige a Resolução 1.559 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e assuma o controle do Sul do país. Para o general-brigadeiro israelense Alon Friedman, seriam necessários mais 10 dias "para cumprir nossos objetivos".
Nesta segunda-feira, a Rádio Israel anunciou a destruição de nove lançadores de foguetes no porto de Tiro.
À noite, Condi Rice encontra-se com o ministro do Exterior de Israel, Tzipi Livni, e na terça-feira com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
Rice, que hoje à noite vai para Israel, declarou: "Todos queremos acabar com a luta urgentemente. Todos temos o mesmo objetivo". Ela ressalvou, no entanto, que, se a violência parar agora e recomeçar em semanas "com toda a carnificina lançada pelo Hesbolá - seqüestrando soldados e disparando foguetes - então não teremos obtido nada".
A estratégia dos EUA é dar um tempo para Israel infligir pesados danos à infra-estrutura e à capacidade militar do Hesbolá. Isto o enfraqueceria, permitindo que o Exército do Líbano o desarme, como exige a Resolução 1.559 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e assuma o controle do Sul do país. Para o general-brigadeiro israelense Alon Friedman, seriam necessários mais 10 dias "para cumprir nossos objetivos".
Nesta segunda-feira, a Rádio Israel anunciou a destruição de nove lançadores de foguetes no porto de Tiro.
À noite, Condi Rice encontra-se com o ministro do Exterior de Israel, Tzipi Livni, e na terça-feira com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
domingo, 23 de julho de 2006
Carros-bomba matam 62 no Iraque
LONDRES - No momento em que o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, visita Londres hoje e amanhã, e prepara uma visita à Casa Branca na terça-feira onde um dos temas centrais será evitar uma guerra civil entre sunitas e xiitas no Iraque, atentados com carros-bomba mataram pelo menos 62 pessoas neste domingo.
Duas explosões separadas mataram 42 pessoas na Cidade Sader, um bairro pobre, uma grande favela predominantemente xiita do Sul de Bagdá, reduto do Exército Mehdi, milícia de mais de 10 mil homens liderada pelo aiatolá rebelde Muktada al-Sader.
Outro carro-bomba explodiu em Kirkuk, no Norte do Iraque, matando pelo menos 20 pessoas. A região, disputada por curdos e árabes sunitas que foram para lá na ditadura de Saddam Hussein (1979-2003), é um importante centro de produção de petróleo.
No sábado, a primeira reunião da comissão criada para traçar estratégias de reconciliação nacional terminou sem propostas claras, enquanto o país está à beira de uma guerra civil.
A ONU anunciou na semana passada que 100 iraquianos estão morrendo por dia.
Em greve de fome desde 8 de julho, em protesto contra o assassinato de mais um de seus advogados, o ex-ditador Saddam Hussein está se alimentando por sonda. Não irá à audiência desta segunda-feira no processo em que foi denunciado por crimes contra a humanidade que podem levá-lo à morte na forca, pela morte de 148 xiitas em 1982 na cidade de Dujail, onde fora alvo de um atentado.
Duas explosões separadas mataram 42 pessoas na Cidade Sader, um bairro pobre, uma grande favela predominantemente xiita do Sul de Bagdá, reduto do Exército Mehdi, milícia de mais de 10 mil homens liderada pelo aiatolá rebelde Muktada al-Sader.
Outro carro-bomba explodiu em Kirkuk, no Norte do Iraque, matando pelo menos 20 pessoas. A região, disputada por curdos e árabes sunitas que foram para lá na ditadura de Saddam Hussein (1979-2003), é um importante centro de produção de petróleo.
No sábado, a primeira reunião da comissão criada para traçar estratégias de reconciliação nacional terminou sem propostas claras, enquanto o país está à beira de uma guerra civil.
A ONU anunciou na semana passada que 100 iraquianos estão morrendo por dia.
Em greve de fome desde 8 de julho, em protesto contra o assassinato de mais um de seus advogados, o ex-ditador Saddam Hussein está se alimentando por sonda. Não irá à audiência desta segunda-feira no processo em que foi denunciado por crimes contra a humanidade que podem levá-lo à morte na forca, pela morte de 148 xiitas em 1982 na cidade de Dujail, onde fora alvo de um atentado.
Árabes pressionam Síria a não apoiar Hesbolá
LONDRES - Diplomatas de diversos países do Oriente Médio, inclusive dos mais importantes, Arábia Saudita e Egito, estão pressionando a Síria a retirar seu apoio ao Hesbolá (Partido de Deus), a milícia xiita que está enfrentando Israel desde 12 de julho.
Na sua ofensiva para destruir ou pelo menos reduzir a capacidade militar do Hesbolá, Israel travou duras batalhas neste domingo. Mais de 2 mil soldados estão no Líbano. Hesbolá reagiu atacando com foguetes Haifa, a terceira maior cidade israelense, onde duas pessoas morreram.
A Força Aérea de Israel atingiu um comboio de refugiados, matando quatro pessoas.
Na sua ofensiva para destruir ou pelo menos reduzir a capacidade militar do Hesbolá, Israel travou duras batalhas neste domingo. Mais de 2 mil soldados estão no Líbano. Hesbolá reagiu atacando com foguetes Haifa, a terceira maior cidade israelense, onde duas pessoas morreram.
A Força Aérea de Israel atingiu um comboio de refugiados, matando quatro pessoas.
Sauditas pedem intervenção de Bush
LONDRES - A Arábia Saudita pediu hoje aos Estados Unidos que intervenham para acabar com a guerra entre Israel e o Hesbolá (Partido de Deus), no Líbano.
"Queremos um cessar-fogo e o fim das hostilidades", declarou o ministro do Exterior saudita, príncipe Saud al-Faissal, ao sair de um encontro com o presidente George W. Bush na Casa Branca, em Washington.
O Egito e a Arábia Saudita, principais aliados dos EUA no mundo árabe, teriam aceitado inicialmente a reação de Israel contra o Hesbolá porque este é um movimento xiita financiado pelo Irã, o que aumenta a influência iraniana no Oriente Médio. Mas não aceitam uma guerra aberta contra um país árabe sem condições de se defender diante de Israel porque abala a estabilidade em toda a região.
"Queremos um cessar-fogo e o fim das hostilidades", declarou o ministro do Exterior saudita, príncipe Saud al-Faissal, ao sair de um encontro com o presidente George W. Bush na Casa Branca, em Washington.
O Egito e a Arábia Saudita, principais aliados dos EUA no mundo árabe, teriam aceitado inicialmente a reação de Israel contra o Hesbolá porque este é um movimento xiita financiado pelo Irã, o que aumenta a influência iraniana no Oriente Médio. Mas não aceitam uma guerra aberta contra um país árabe sem condições de se defender diante de Israel porque abala a estabilidade em toda a região.
Israel aceita força internacional no Sul do Líbano
LONDRES - O primeiro-ministro Ehud Olmert e o ministro da Defesa de Israel, o líder trabalhista Amir Peretz, concordaram hoje com o envio de uma força internacional de paz para patrulhar o Sul do Líbano, impedindo que o Hesbolá (Partido de Deus), uma milícia xiita, use a região como base para atacar Israel.
A guerra entre Israel e o Hesbolá se intensifica. O Exército de Israel concentrou-se na fronteira, indicando que poderia lançar uma grande invasão terrestre. Afirma estar fazendo apenas ações pontuais.
Mais de 2 mil soldados israelenses operam no território libanês. O Hesbolá respondeu disprando hoje mais 13 foguetes Katiúcha contra Haifa, a terceira maior cidade de Israel.
Pelo menos duas pessoas morrerram, elevando para 17 o total de israelenses mortos desde 12 de julho, quando o Hesbolá matou três soldados israelenses e seqüestrou outros dois, provocando a reação israelense, hoje considerada excessiva pela maioria dos países do mundo e o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, que pediram um cessar-fogo imediato.
No Líbano, o total de mortos passa de 350 e o de refugiados, de 600 mil.
Só neste domingo a secretária de Estado, Condoleezza Rice, enviada especial do presidente George W. Bush, partiu para a região, dentro da visão americana de que Israel deve ter tempo para atacar as bases do Hesbolá no Líbano.
Nesta segunda, Condi Rice deve se reunir com o primeiro-ministro de Israel e com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahomoud Abbas. Ela fala numa "paz duradoura" na região, indicando que este é o objetivo dos EUA e não um cessar-fogo imediato.
Ao comentar a possibilidade de envio de uma força de paz, o embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, disse: "Estudamos a possibilidade de criar uma força multinacional, talvez com autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas não formada pelos capacetes azuis da ONU. A questão essencial é que o Hesbolá não retome sua capacidade de ação armada que ameaça Israel e que o governo do Líbano assuma o controle sobre todo o país."
Poderia ser uma força de paz da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar dos EUA com a Europa, ou formada por diversos países, entre eles o Brasil, sob a liderança francesa. Mas isto ainda não está definido.
Olmert e Peretz, que aceitaram a idéia de uma força internacional, são novos líderes sem experiência militar. Estão sendo testados a ferro e fogo, e precisam reafirmar suas credenciais como comandantes de um país em permanente estado de guerra.
A guerra entre Israel e o Hesbolá se intensifica. O Exército de Israel concentrou-se na fronteira, indicando que poderia lançar uma grande invasão terrestre. Afirma estar fazendo apenas ações pontuais.
Mais de 2 mil soldados israelenses operam no território libanês. O Hesbolá respondeu disprando hoje mais 13 foguetes Katiúcha contra Haifa, a terceira maior cidade de Israel.
Pelo menos duas pessoas morrerram, elevando para 17 o total de israelenses mortos desde 12 de julho, quando o Hesbolá matou três soldados israelenses e seqüestrou outros dois, provocando a reação israelense, hoje considerada excessiva pela maioria dos países do mundo e o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, que pediram um cessar-fogo imediato.
No Líbano, o total de mortos passa de 350 e o de refugiados, de 600 mil.
Só neste domingo a secretária de Estado, Condoleezza Rice, enviada especial do presidente George W. Bush, partiu para a região, dentro da visão americana de que Israel deve ter tempo para atacar as bases do Hesbolá no Líbano.
Nesta segunda, Condi Rice deve se reunir com o primeiro-ministro de Israel e com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahomoud Abbas. Ela fala numa "paz duradoura" na região, indicando que este é o objetivo dos EUA e não um cessar-fogo imediato.
Ao comentar a possibilidade de envio de uma força de paz, o embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, disse: "Estudamos a possibilidade de criar uma força multinacional, talvez com autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas não formada pelos capacetes azuis da ONU. A questão essencial é que o Hesbolá não retome sua capacidade de ação armada que ameaça Israel e que o governo do Líbano assuma o controle sobre todo o país."
Poderia ser uma força de paz da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar dos EUA com a Europa, ou formada por diversos países, entre eles o Brasil, sob a liderança francesa. Mas isto ainda não está definido.
Olmert e Peretz, que aceitaram a idéia de uma força internacional, são novos líderes sem experiência militar. Estão sendo testados a ferro e fogo, e precisam reafirmar suas credenciais como comandantes de um país em permanente estado de guerra.
sábado, 22 de julho de 2006
Islamitas mandam Somália preparar-se para guerra
LONDRES - Diante da invasão do país pelo Exército da Etiópia, os líderes da União dos Tribunais Islâmicos, a milícia fundamentalista que tomou a capital da Somália no início do mês passado, mandaram os somalianos se prepararem para a guerra.
"A Somália está sendo atacada e os somalianos devem defender seu país", advertiu Charif Ahmed. "Quem ficar ao lado da Etiópia será considerado traidor."
Os etíopes invadiram a Somália para proteger o governo provisório resultante de um processo de paz de três anos, expulso de Mogadíscio pelas milícias islamitas e atualmente refugiado em Baidoa, a 250 quilômetros da capital.
"A Somália está sendo atacada e os somalianos devem defender seu país", advertiu Charif Ahmed. "Quem ficar ao lado da Etiópia será considerado traidor."
Os etíopes invadiram a Somália para proteger o governo provisório resultante de um processo de paz de três anos, expulso de Mogadíscio pelas milícias islamitas e atualmente refugiado em Baidoa, a 250 quilômetros da capital.
sexta-feira, 21 de julho de 2006
Condoleezza Rice vai domingo ao Oriente Médio
LONDRES - A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, viaja neste domingo para o Oriente Médio para tentar acabar com a guerra entre Israel e o Hesbolá (Partido de Deus), xiita, no Líbano.
Os Estados Unidos resistiram à pressão internacional para que haja um cessar-fogo dando um tempo para que Israel destrua pelo menos parcialmente a capacidade militar do Hesbolá, que tem o apoio da Síria e do Irã.
Os Estados Unidos resistiram à pressão internacional para que haja um cessar-fogo dando um tempo para que Israel destrua pelo menos parcialmente a capacidade militar do Hesbolá, que tem o apoio da Síria e do Irã.
Israel prepara ofensiva terrestre no Líbano
LONDRES - Diante da determinação de Israel de destruir a capacidade militar o Hesbolá (Partido de Deus), grupo xiita que atua no Sul do Líbano, a guerra se intensifica no Oriente Médio. O total de mortos no Líbano passa de 330 e o Exército israelense prepara uma grande ofensiva terrestre. Fez um apelo aos moradores da região para que saiam de suas casas. Já há cerca de 500 mil refugiados.
Apesar dos apelos das Nações Unidas e de diversos países, o governo dos Estados Unidos deu um prazo de pelo menos uma semana para Israel atacar o Hesbolá. Como ficou evidente na conversa entre o presidente George Walker Bush e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, captada por microfones abertos, Bush é contra um cessar-fogo imediato.
A guerra está provocando uma tragédia humanitária no Líbano. Israel bombardeou duramente a infra-estrutura, destruindo 45 pontes e até mesmo uma fábrica de leite. Em parte, Israel quer mostrar ao resto dos libaneses como é caro ter uma milícia xiita agindo livremente no Sul do país, onde o Hesbolá integra a coligação de governo. Mas ao reagir desproporcionalmente, com força excessiva, perde força política.
Os libaneses estão sem água, sem energia e já começam a faltar remédios e alimentos.
No início, os governos árabes sunitas dos principais aliados americanos no Oriente Médio, a Arábia Saudita e o Egito, apoiaram discretamente a ação israelense contra o Hesbolá. Não querem uma milícia xiita aumentando seu poder no Líbano. Isto favoreceria o Irã na luta entre as potências regionais muçulmanas. Mas também rejeitam o discurso de "mudança profunda" de Bush, sempre visto como ameaça a seus regimes autoritários e ditatoriais. E não querem mais uma tragédia humanitária no Oriente Médio.
Apesar dos apelos das Nações Unidas e de diversos países, o governo dos Estados Unidos deu um prazo de pelo menos uma semana para Israel atacar o Hesbolá. Como ficou evidente na conversa entre o presidente George Walker Bush e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, captada por microfones abertos, Bush é contra um cessar-fogo imediato.
A guerra está provocando uma tragédia humanitária no Líbano. Israel bombardeou duramente a infra-estrutura, destruindo 45 pontes e até mesmo uma fábrica de leite. Em parte, Israel quer mostrar ao resto dos libaneses como é caro ter uma milícia xiita agindo livremente no Sul do país, onde o Hesbolá integra a coligação de governo. Mas ao reagir desproporcionalmente, com força excessiva, perde força política.
Os libaneses estão sem água, sem energia e já começam a faltar remédios e alimentos.
No início, os governos árabes sunitas dos principais aliados americanos no Oriente Médio, a Arábia Saudita e o Egito, apoiaram discretamente a ação israelense contra o Hesbolá. Não querem uma milícia xiita aumentando seu poder no Líbano. Isto favoreceria o Irã na luta entre as potências regionais muçulmanas. Mas também rejeitam o discurso de "mudança profunda" de Bush, sempre visto como ameaça a seus regimes autoritários e ditatoriais. E não querem mais uma tragédia humanitária no Oriente Médio.
quinta-feira, 20 de julho de 2006
Aumento da demanda por biocombustíveis pressiona preços dos produtos agrícolas
LONDRES - Com o petróleo no patamar de US$ 70 por barril e a permanente tensão política no Oriente Médio, cresce a busca de fontes alternativas de energia, especialmente as renováveis, como os biocombustíveis. Isto está pressionando os preços de produtos agrícolas como milho, trigo e açúcar, revela um estudo do banco de investimentos Goldman Sachs.
Além do aumento da demanda, um verão excepcionalmente quente no Hemisfério Norte ameaça reduzir a produção de cereais. Com maior demanda, menor oferta e estoques baixos, o jornal inglês Financial Times alertava hoje que os preços dos cereais podem ter uma forte alta.
Além do aumento da demanda, um verão excepcionalmente quente no Hemisfério Norte ameaça reduzir a produção de cereais. Com maior demanda, menor oferta e estoques baixos, o jornal inglês Financial Times alertava hoje que os preços dos cereais podem ter uma forte alta.
China cresce acima de 11% ao ano
LONDRES - A economia da China cresceu a uma taxa anual de 11,3% no segundo semestre deste ano em comparação com o mesmo período no ano passado, por causa dos saldos comerciais e dos investimentos cada vez maiores. Os economistas advertem o governo chinês para o risco de que o país venha a ter excesso de capacidade de produção, acima das necessidades do mercado, por causa do crescente volume de investimentos.
Depois de quase três décadas de reformas para liberalizar a economia e modernizar o país, a China é hoje a quarta maior economia do mundo em termos nominais, atrás apenas dos Estados Unidos, do Japão e da Alemanha. Mas como estes países ricos têm um custo de vida muito mais alto do que o da China, pelo critério da paridade do poder de compra, o produto interno bruto chinês cresce e passa a ser o segundo maior do mundo, superado só pelos EUA.
Depois de quase três décadas de reformas para liberalizar a economia e modernizar o país, a China é hoje a quarta maior economia do mundo em termos nominais, atrás apenas dos Estados Unidos, do Japão e da Alemanha. Mas como estes países ricos têm um custo de vida muito mais alto do que o da China, pelo critério da paridade do poder de compra, o produto interno bruto chinês cresce e passa a ser o segundo maior do mundo, superado só pelos EUA.
quarta-feira, 19 de julho de 2006
Bernanke acalma o mercado e bolsa sobe
LONDRES - O núcleo da inflação americana, expurgados os preços de energia e alimentos, foi de 0,3% em junho, acima da expectativa do mercado. Mas o depoimento do presidente do Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, Ben Bernanke, no Congresso dos Estados Unidos, acalmou o mercado. Ele previu que a desaceleração da economia vai aliviar a pressão inflacionária.
Para o mercado, isto significa que pode haver uma pausa na alta da taxa básica de juros, hoje em 5,25%. A Bolsa de Nova Iorque subiu mais de 100 pontos.
Para o mercado, isto significa que pode haver uma pausa na alta da taxa básica de juros, hoje em 5,25%. A Bolsa de Nova Iorque subiu mais de 100 pontos.
segunda-feira, 17 de julho de 2006
Israel invade o Líbano
LONDRES - Depois de bombardear o porto e o aeroporto de Beiture, o Exército de Israel invadiu o Sul do Líbano para resgatar dois soldados seqüestrados pelo Partido de Deus xiita, o Hesbolá, cujo lider, xeque Hassan Nasrallah, declarou guerra total a Israel na sexta-feira.
A situação é especialmente difícil porque Israel acredita que a Síria e o Irã, que apoiam o Hesbolá, estão por trás das operações. Em resposta, Israel atacou a capital do Líbano para forcar o Exército deste país a assumir o controle do Sul e desarmar o Hesbolá, como exige uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Numa conversa particular captada pelos microfones, o presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, responsabilizaram a Síria e no o Irã pelos ataques do Hesbolá. Blair se ofereceu para ir a Damasco preparar uma visita da secretária de Estado, Condoleezza Rice, o que mostra mais uma vez a subserviência do líder britânico diante dos EUA.
Mesmo assim, Bush não aceitou e preferiu mandar sua secretária de Estado.
A situação é especialmente difícil porque Israel acredita que a Síria e o Irã, que apoiam o Hesbolá, estão por trás das operações. Em resposta, Israel atacou a capital do Líbano para forcar o Exército deste país a assumir o controle do Sul e desarmar o Hesbolá, como exige uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Numa conversa particular captada pelos microfones, o presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, responsabilizaram a Síria e no o Irã pelos ataques do Hesbolá. Blair se ofereceu para ir a Damasco preparar uma visita da secretária de Estado, Condoleezza Rice, o que mostra mais uma vez a subserviência do líder britânico diante dos EUA.
Mesmo assim, Bush não aceitou e preferiu mandar sua secretária de Estado.
sexta-feira, 14 de julho de 2006
Banco do Japão acaba com juro zero
LONDRES - O Banco do Japão elevou hoje sua taxa básica de juros, acabando com a política de juro zero adotada em 2001 para combater a deflação e a estagnação que atingiam a segunda maior economia do mundo desde o estouro da bolha especulativa dos anos 80, no início dos anos 90. A taxa passa a ser de 0,25% ao ano.
quinta-feira, 13 de julho de 2006
Petróleo bate novo recorde a US$ 76,25 o barril
O petróleo para entrega em agosto bateu novo recorde hoje na Bolsa Mercantil de Nova Iorque. Chegou a US$ 76,25 o barril por causa do aumento do consumo de gasolina no verão do Hemisfério Norte e da tensão no Oriente Médio com as crises no Irã, no Iraque, em Israel, no Líbano e nos territórios palestinos.
Isto provocou uma queda nas bolsas asiáticas, agravada pela expectativa em torno da decisão do Banco do Japão de aumentar ou não sua taxa básica de zero, hoje em praticamente zero.
Isto provocou uma queda nas bolsas asiáticas, agravada pela expectativa em torno da decisão do Banco do Japão de aumentar ou não sua taxa básica de zero, hoje em praticamente zero.
Israel bombardeia aeroporto de Beirute
Em sua guerra em duas frentes, contra militantes palestinos na Faixa de Gaza e contra o Partido de Deus xiita, o Hesbolá, no Sul do Líbano, Israel bombardeou o aeroporto de Beirute e a sede do Ministério do Exterior da Autoridade Nacional Palestina, cujo governo é dominado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), na cidade de Gaza.
Também impôs um bloqueio naval ao Líbano alegando precisar impedir o fornecimento de armas aos militantes.
Nos últimos dias, Israel invadiu a Faixa de Gaza, de onde havia se retirado há 10 meses. Ontem, depois que dois soldados israelenses foram seqüestrados por milicianos do Hesbolá na região da fronteira, o Exército de Israel voltou a entrar no Líbano, de onde saíra em 2000. Nos dois casos, as retiradas foram unilaterais mas os militantes declaram ter expulsado o inimigo.
É a mais dura ofensiva israelense no Sul do Líbano desde a invasão de 1982-85. Pelo menos 27 civis e três soldados israelenses foram mortos.
O aeroporto de Beirute, o único internacional do Líbano, foi fechado porque Israel atacou suas pistas. Apesar do governo libanês não controlar o Hesbolá, que faz parte da coligação de governo, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, responsabilizou-o pelos ataques que partiram de seu territórios e oficiais de Israel defenderam o ataque à infra-estrutura do Líbano.
Em Gaza, o ataque israelense destruiu o terceiro e o quarto andares do Ministério do Exterior.
Também impôs um bloqueio naval ao Líbano alegando precisar impedir o fornecimento de armas aos militantes.
Nos últimos dias, Israel invadiu a Faixa de Gaza, de onde havia se retirado há 10 meses. Ontem, depois que dois soldados israelenses foram seqüestrados por milicianos do Hesbolá na região da fronteira, o Exército de Israel voltou a entrar no Líbano, de onde saíra em 2000. Nos dois casos, as retiradas foram unilaterais mas os militantes declaram ter expulsado o inimigo.
É a mais dura ofensiva israelense no Sul do Líbano desde a invasão de 1982-85. Pelo menos 27 civis e três soldados israelenses foram mortos.
O aeroporto de Beirute, o único internacional do Líbano, foi fechado porque Israel atacou suas pistas. Apesar do governo libanês não controlar o Hesbolá, que faz parte da coligação de governo, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, responsabilizou-o pelos ataques que partiram de seu territórios e oficiais de Israel defenderam o ataque à infra-estrutura do Líbano.
Em Gaza, o ataque israelense destruiu o terceiro e o quarto andares do Ministério do Exterior.
FÉRIAS EM LONDRES
Estou entrando em férias da UniverCidade hoje e viajando para Londres, onde devo ficar até 7 de agosto.
Neste período, vou tentar atualizar o blog mas não sei se terei condições de fazer isso regularmente e com a mesma intensidade. Por isso, peço desculpas antecipadamente.
Neste período, vou tentar atualizar o blog mas não sei se terei condições de fazer isso regularmente e com a mesma intensidade. Por isso, peço desculpas antecipadamente.
quarta-feira, 12 de julho de 2006
Déficit comercial dos EUA aumenta
O déficit comercial dos Estados Unidos cresceu 0,8 em maio, chegando a US$ 63,84 bilhões, o sexto maior da história, devido principalmente à alta dos preços do petróleo importado. Ainda assim, ficou abaixo da expectativa do mercado.
Em abril, o déficit comercial americano foi de US$ 63,34 bilhões. Agora, a expectativa do mercado era de algo em torno de US$ 65,3 bilhões.
Até agora, o déficit comercial deste ano, em números anualizados, está em US$ 763 bilhões, acima dos US$ 716,7 bilhões de 2005, que teve um déficit recorde.
As importações cresceram 1,8% em maio, de US$ 179,27 bilhões para US$ 182,5 bilhões, com aumento tanto do volume quanto do preço do petróleo comprado no exterior, de 293,84 para 323,83 bilhões milhões de barris, a um preço médio de US$ 61,74 por barril, US$ 4,92 acima da média de abril.
Tirando o petróleo, o déficit comercial americano permaneceu estável.
As exportações aumentaram em 2,4%, de US$ 115,93 bilhões em abril para US$ 118,66 bilhões em maio, com crescimento de US$ 803 milhões nas vendas de bens de capital
como máquinas industriais. Também melhoraram as exportações de metais preciosos, alimentos e bebidas. Mas caíram as vendas externas de autopeças.
No comércio com a China, o déficit americano aumentou em 4%, de US$ 17,03 bilhões para US$ 17,7 bilhões, com destaque para as importações de telefones celulares, têxteis, roupas e materiais para escrever e para trabalho artístico.
Os críticos apontam crescente déficit comercial como sintoma da perda de competitividade da economia americana, o que teria custado 3 milhões de empregos desde que o presidente George W. Bush chegou à Casa Branca em 2001, sobretudo para a China, que no ano passado teve um saldo favorável de US$ 202 bilhões no comércio com os EUA.
Em abril, o déficit comercial americano foi de US$ 63,34 bilhões. Agora, a expectativa do mercado era de algo em torno de US$ 65,3 bilhões.
Até agora, o déficit comercial deste ano, em números anualizados, está em US$ 763 bilhões, acima dos US$ 716,7 bilhões de 2005, que teve um déficit recorde.
As importações cresceram 1,8% em maio, de US$ 179,27 bilhões para US$ 182,5 bilhões, com aumento tanto do volume quanto do preço do petróleo comprado no exterior, de 293,84 para 323,83 bilhões milhões de barris, a um preço médio de US$ 61,74 por barril, US$ 4,92 acima da média de abril.
Tirando o petróleo, o déficit comercial americano permaneceu estável.
As exportações aumentaram em 2,4%, de US$ 115,93 bilhões em abril para US$ 118,66 bilhões em maio, com crescimento de US$ 803 milhões nas vendas de bens de capital
como máquinas industriais. Também melhoraram as exportações de metais preciosos, alimentos e bebidas. Mas caíram as vendas externas de autopeças.
No comércio com a China, o déficit americano aumentou em 4%, de US$ 17,03 bilhões para US$ 17,7 bilhões, com destaque para as importações de telefones celulares, têxteis, roupas e materiais para escrever e para trabalho artístico.
Os críticos apontam crescente déficit comercial como sintoma da perda de competitividade da economia americana, o que teria custado 3 milhões de empregos desde que o presidente George W. Bush chegou à Casa Branca em 2001, sobretudo para a China, que no ano passado teve um saldo favorável de US$ 202 bilhões no comércio com os EUA.
terça-feira, 11 de julho de 2006
Morre Syd Barrett, fundador do Pink Floyd, herói e vítima do rock psicodélico
Um dos maiores ícones e vítimas do rock psicodélico, o cantor, compositor e guitarrista Syd Barrett, fundador do grupo Pink Floyd, morreu sexta-feira passada aos 60 anos, depois de ter problemas com drogas, largar e música e passar 30 anos recluso. A notícia foi divulgada hoje.
"A banda está muito triste com a morte por causa da morte de Syd Barrett", declarou o Pink Floyd em nota oficial. "Syd foi a luz que guiou a primeira formação da banda e seu legado inspira até hoje."
Autor de algumas das melhores músicas como Arnold Layne, See Emily Play e Bike, ele compôs a maior parte do primeiro LP do Pink Floyd, The Piper at the Gates of Dawn.
Louco, criativo e genial, Syd abusou das drogas psicodélicas e deixou a banda em 1968. Chegou a lançar um disco solo, The Madcup Laughs, em 1970. Em meados dos anos 70, abandonou a música. Desde então, viveu recluso com a mãe num apartamento de subsolo em Cambridge, na Inglaterra.
Há alguns anos, Syd Barrett foi fotografado por um paparazzo que vendeu as fotos para a imprensa popular. O jovem e belo superstar se transformara num adulto gordo, careca e arredio.
"A banda está muito triste com a morte por causa da morte de Syd Barrett", declarou o Pink Floyd em nota oficial. "Syd foi a luz que guiou a primeira formação da banda e seu legado inspira até hoje."
Autor de algumas das melhores músicas como Arnold Layne, See Emily Play e Bike, ele compôs a maior parte do primeiro LP do Pink Floyd, The Piper at the Gates of Dawn.
Louco, criativo e genial, Syd abusou das drogas psicodélicas e deixou a banda em 1968. Chegou a lançar um disco solo, The Madcup Laughs, em 1970. Em meados dos anos 70, abandonou a música. Desde então, viveu recluso com a mãe num apartamento de subsolo em Cambridge, na Inglaterra.
Há alguns anos, Syd Barrett foi fotografado por um paparazzo que vendeu as fotos para a imprensa popular. O jovem e belo superstar se transformara num adulto gordo, careca e arredio.
EUA reconhecem direito de presos de guerra às Convenções de Genebra
Em uma mudança política depois que a Suprema Corte declarou ilegais o tribunal militar de exceção instalado na base naval de Guantânamo, em Cuba, o governo dos Estados Unidos anunciou hoje que todos os prisioneiros da guerra contra o terrorismo serão tratados com base nas Convenções de Genebra.
Até agora, o governo George Walker Bush alegava que eles eram "combatentes ilegais". Por não pertencerem a exércitos regulares, não estarem submetidos a uma hierarquia e a uma disciplina militar, e não usarem uniforme, um parecer jurídico concluiu que eles não teriam os mesmos direitos de soldados de exércitos nacionais. Assim, muitos estão presos há anos sem receber uma acusação formal.
Até agora, o governo George Walker Bush alegava que eles eram "combatentes ilegais". Por não pertencerem a exércitos regulares, não estarem submetidos a uma hierarquia e a uma disciplina militar, e não usarem uniforme, um parecer jurídico concluiu que eles não teriam os mesmos direitos de soldados de exércitos nacionais. Assim, muitos estão presos há anos sem receber uma acusação formal.
Bombas matam 174 na maior cidade da Índia
Sete bombas explodiram hoje em trens ou estações do sistema ferroviário de Mumbai, a maior cidade e principal centro econômico e financeiro da Índia, com 17 milhões de habitantes, matando pelo menos 174 pessoas e ferindo outras 380.. Foi o pior atentado na antiga Bombaim desde 1993, quando morreram 250 pessoas.
O governo atribui o ataque a terroristas. Até agora, nenhum grupo reivindicou a autoria dos atentados, cometidos no final da tarde, hora do pico da volta para casa depois do trabalho.
Segundo maior país do mundo em população, com mais de 1 bilhão de habitantes, a Índia tem uma minoria muçulmana de mais de 120 milhões de pessoas. Tem um conflito com a maioria muçulmana da província da Caxemira, que gostaria de pertencer ao Paquistão, e vive em estado de guerra com o Paquistão.
Desde que se tornaram independentes do Império Britânico, em 1947, os dois países travaram três guerras, em 1947, 1962 e 1971. Depois que desenvolveram armas atômicas, nos anos 70, não entraram mais em guerra aberta mas fazem escaramuças na fronteira gelada na Cordilheira do Himalaia.
Um movimento guerrilheiro muçulmano luta desde 1989 contra a dominação indiana sobre a Caxemira.
O governo atribui o ataque a terroristas. Até agora, nenhum grupo reivindicou a autoria dos atentados, cometidos no final da tarde, hora do pico da volta para casa depois do trabalho.
Segundo maior país do mundo em população, com mais de 1 bilhão de habitantes, a Índia tem uma minoria muçulmana de mais de 120 milhões de pessoas. Tem um conflito com a maioria muçulmana da província da Caxemira, que gostaria de pertencer ao Paquistão, e vive em estado de guerra com o Paquistão.
Desde que se tornaram independentes do Império Britânico, em 1947, os dois países travaram três guerras, em 1947, 1962 e 1971. Depois que desenvolveram armas atômicas, nos anos 70, não entraram mais em guerra aberta mas fazem escaramuças na fronteira gelada na Cordilheira do Himalaia.
Um movimento guerrilheiro muçulmano luta desde 1989 contra a dominação indiana sobre a Caxemira.
Bush aprova plano para Cuba pós-Fidel
O presidente George Walker Bush aprovou ontem o relatório que propõem as políticas dos Estados Unidos para a transição esperada em Cuba com a morte ainda imprevisível do presidente Fidel Castro, que completa 80 anos em 13 de agosto. O plano incluiu uma ajuda de US$ 80 milhões à oposição cubana nos próximos dois anos.
O relatório mostra que estamos trabalhando ativamente pela mudança em Cuba", declarou Bush, "não apenas aguardando a mudança. Convoco nossos amigos e aliados democráticos do mundo a se juntar a nós no apoio à liberdade do povo cubano."
Para o governo de Cuba, é mais uma flagrante intromissão dos EUA nos assuntos internos da ilha, que chama os dissidentes cubanos de "mercenários" a serviço do governo americano. O presidente da Assembléia Nacional de Cuba, Ricardo Sandoval Alarcón, uma das estrelas do regime, denunciou que o plano poderia incluir o assassinato de Fidel.
É intenção do governo Bush reforçar o embargo econômico e tentar impedir das crescentes exportações cubanas de níquel e até mesmo a ajuda humanitária a organizações ligadas ao governo como o Conselho de Igrejas de Cuba.
O relatório mostra que estamos trabalhando ativamente pela mudança em Cuba", declarou Bush, "não apenas aguardando a mudança. Convoco nossos amigos e aliados democráticos do mundo a se juntar a nós no apoio à liberdade do povo cubano."
Para o governo de Cuba, é mais uma flagrante intromissão dos EUA nos assuntos internos da ilha, que chama os dissidentes cubanos de "mercenários" a serviço do governo americano. O presidente da Assembléia Nacional de Cuba, Ricardo Sandoval Alarcón, uma das estrelas do regime, denunciou que o plano poderia incluir o assassinato de Fidel.
É intenção do governo Bush reforçar o embargo econômico e tentar impedir das crescentes exportações cubanas de níquel e até mesmo a ajuda humanitária a organizações ligadas ao governo como o Conselho de Igrejas de Cuba.
Saldo comercial chinês bate recorde
A China anunciou um saldo comercial recorde de US$14,5 bilhões em junho. As exportações subiram 23% em relação ao mesmo mês no ano passado, chegando a US$ 81,3 bilhões, enquanto as importações cresceram 19% para US$ 66,8 bilhões. Em maio, o superávit tinha sido de US$ 13 bilhões. No primeiro semestre, o saldo comercial acumulado chega a US$ 61,5 bilhões, 55% a mais do que no mesmo período de 2005.
O novo recorde deve aumentar a pressão para que a China valorize sua moeda, o iuã, sobretudo de parte dos Estados Unidos, que no ano passado tiveram um déficit de US4 202 bilhões no comércio bilateral. Muitos políticos e industriais americanos alegam que a China mantém sua moeda artificialmente desvalorizada para ter mais competitividade no mercado internacional.
No ano passado, a China permitiu uma pequena flutuação do iuã mas os EUA, a Europa e outros parceiros comerciais querem uma desvalorização maior.
O novo recorde deve aumentar a pressão para que a China valorize sua moeda, o iuã, sobretudo de parte dos Estados Unidos, que no ano passado tiveram um déficit de US4 202 bilhões no comércio bilateral. Muitos políticos e industriais americanos alegam que a China mantém sua moeda artificialmente desvalorizada para ter mais competitividade no mercado internacional.
No ano passado, a China permitiu uma pequena flutuação do iuã mas os EUA, a Europa e outros parceiros comerciais querem uma desvalorização maior.
segunda-feira, 10 de julho de 2006
Morre terrorista mais procurado da Chechênia
O senhor da guerra Shamil Basaiev, o terrorista mais procurado da república russa rebelde da Chechênia, foi morto pelas forças especiais russas na noite passada. Para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ele recebeu a "retribuição merecidã" pelos crimes cometidos.
Basaiev era acusado pelas duas principais ações terroristas da cruel e sangrenta guerra pela independência da Chechênia, onde a Rússia também pode ser acusada de terrorismo: a tomada de uma escola em setembro de 2004 em Beslan, na vizinha Ossétia do Norte, onde morreram 344 civis, na maioria crianças; e a ocupação de um teatro em Moscou em outubro de 2003 onde 130 reféns foram mortos, além dos 42 rebeldes, em ambos os casos quando as forças de segurança atacaram os terroristas.
Basaiev era acusado pelas duas principais ações terroristas da cruel e sangrenta guerra pela independência da Chechênia, onde a Rússia também pode ser acusada de terrorismo: a tomada de uma escola em setembro de 2004 em Beslan, na vizinha Ossétia do Norte, onde morreram 344 civis, na maioria crianças; e a ocupação de um teatro em Moscou em outubro de 2003 onde 130 reféns foram mortos, além dos 42 rebeldes, em ambos os casos quando as forças de segurança atacaram os terroristas.
domingo, 9 de julho de 2006
López Obrador reúne 300 mil e denúncia fraude
O candidato esquerdista Andrés Manuel López Obrador, que perdeu a eleição presidencial mexicana de 2 de julho por apenas 235 mil votos para o conservador Felipe Calderón, reuniu 300 mil pessoas ontem numa grande manifestação no Zócalo, a praça central da Cidade do México, para denunciar fraude eleitoral.
López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD), recorreu à Justiça exigindo a recontagem de todos os votos. Calderón é do Partido de Ação Nacional (PAN), do presidente Vicente Fox, mas não era o favorito do presidente dentro do PAN.
A História do México revela uma longa tradição de fraude eleitoral. O Partido Revolucionário Institucional (PRI) teve o monopólio do poder de 1929 a 2000.
Em 1988, o candidato Cuautémoc Cárdenas, do PRD, liderava a apuração quando o sistema de computadores entrou em pane. Quando o sistema voltou, Carlos Salinas de Gortari, do PRI, estava na frente.
López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD), recorreu à Justiça exigindo a recontagem de todos os votos. Calderón é do Partido de Ação Nacional (PAN), do presidente Vicente Fox, mas não era o favorito do presidente dentro do PAN.
A História do México revela uma longa tradição de fraude eleitoral. O Partido Revolucionário Institucional (PRI) teve o monopólio do poder de 1929 a 2000.
Em 1988, o candidato Cuautémoc Cárdenas, do PRD, liderava a apuração quando o sistema de computadores entrou em pane. Quando o sistema voltou, Carlos Salinas de Gortari, do PRI, estava na frente.
Conflito entre xiitas e sunitas mata mais de 60 no Iraque
Milicianos xiitas mataram a tiros 42 sunitas escolhido ao acaso, homens, mulheres e crianças, hoje num bairro de Bagdá. Na vingança dois carros-bomba explodiram junto a uma mesquita xiita matando pelo menos 25 pessoas no centro da capital do Iraque. Aumenta o risco de uma guerra civil sectária no país ocupado pelos Estados Unidos.
O Exército Mahdi, milícia liderada pelo aiatolá rebelde Muktada al-Sader, foi acusada por políticos sunitas pelo massacre.
O Exército Mahdi, milícia liderada pelo aiatolá rebelde Muktada al-Sader, foi acusada por políticos sunitas pelo massacre.
sábado, 8 de julho de 2006
EUA admitem negociar com a Coréia do Norte
O presidente George Walker Bush nega-se a iniciar negociações diretas com a Coréia do Norte. Mas deixa uma porta entreaberta, ao exigir que a Coréia do Norte volte a participar das negociações sobre seu programa nuclear com os Estados Unidos, a China, a Rússia, o Japão e a Coréia do Sul.
A Coréia do Norte desafiou os EUA ao testar seis mísseis em 4 de julho, Dia da Independência dos EUA, sendo um deles capaz de atingir o território americano. O Taepodong-2, com alcance de até 6 mil quilômetros, falhou espetacularmente 40 segundos após o lançamento, indicando que o regime comunista de Pionguiangue precisará de mais alguns anos para ter um míssil de longo alcance confiável. Mas a mensagem subliminar foi clara: quer negociar diretamente com Washington.
Imediatamente o Japão, que seria um dos alvos prioritários dos mísseis de médio alcance, exigiu que o Conselho de Segurança das Nações Unidas adote sanções contra o governo norte-coreano. Mas China e Rússia, duas potências com direito de veto, resistem à aplicação de sanções, alegando que agravariam ainda mais a crise.
Enquanto joga duro publicamente, os EUA oferecem através do enviado especial Christopher Hill a possibilidade de negociações diretas, se a Coréia do Norte retomar as negociações com seus vizinhos e as potências regionais. Pionguiangue rompeu o diálogo em novembro, quando os EUA começaram a reprimir as atividades financeiras ilegais do regime norte-coreano, acusado de falsificar dólares.
Chegou hoje ao Japão o navio contratorpedeiro americano USS Mustin, capaz de destruir mísseis. Agora os EUA têm na região oito navios dotados do sistema de defesa antimísseis Aegis, nome do escudo de Zeus, o deus da mitologia grega. Mas claramente adotaram uma postura defensiva.
A crise norte-coreana será abordada pela via diplomática. Nenhum dos países da região tem interesse numa guerra, notadamente a Coréia do Sul, que poderia ter sua capital arrasada pelas forças convencionais da Coréia do Norte, e a China, uma superpotência econômica que não quer problemas político-militares atrapalhando seu extraordinário crescimento econômicos nem o pesadelo de milhões de norte-coreanos buscando refúgio em seu território.
Uma guerra provavelmente levaria ao colapso o debilitado regime norte-coreano, o que obrigaria a Coréia do Sul a assumir a responsabilidade por uma reunificação forçada. A julgar pelos problemas que a Alemanha, muito mais rica, enfrenta 16 anos depois de sua reunificação, os sul-coreanos não têm pressa. Preferem que o regime stalinista norte-coreanos adote reformas econômicas no estilo chinês para se recuperar antes da reunificação do país.
Por outro lado, se a Coréia do Norte desenvolver mísseis e armas nucleares, o Japão será tentado a reformar sua Constituição pacifista e a criar seu próprio dispositivo nuclear. Isto não interessa aos EUA, que jogaram duas bombas atômicas no Japão em 1945, nem à China, inimiga dos japoneses na Segunda Guerra Mundial, nem à Rússia, derrotada pelo Japão na Guerra do Pacífico asiática (1904-05).
Além disso, os EUA e a China são hoje as economias mais importantes do mundo, cada vez mais interdependentes. Então não interessa ao mundo que uma nova guerra na Coréia perturbe o delicado equilíbrio entre estes dois gigantes.
A Coréia do Norte desafiou os EUA ao testar seis mísseis em 4 de julho, Dia da Independência dos EUA, sendo um deles capaz de atingir o território americano. O Taepodong-2, com alcance de até 6 mil quilômetros, falhou espetacularmente 40 segundos após o lançamento, indicando que o regime comunista de Pionguiangue precisará de mais alguns anos para ter um míssil de longo alcance confiável. Mas a mensagem subliminar foi clara: quer negociar diretamente com Washington.
Imediatamente o Japão, que seria um dos alvos prioritários dos mísseis de médio alcance, exigiu que o Conselho de Segurança das Nações Unidas adote sanções contra o governo norte-coreano. Mas China e Rússia, duas potências com direito de veto, resistem à aplicação de sanções, alegando que agravariam ainda mais a crise.
Enquanto joga duro publicamente, os EUA oferecem através do enviado especial Christopher Hill a possibilidade de negociações diretas, se a Coréia do Norte retomar as negociações com seus vizinhos e as potências regionais. Pionguiangue rompeu o diálogo em novembro, quando os EUA começaram a reprimir as atividades financeiras ilegais do regime norte-coreano, acusado de falsificar dólares.
Chegou hoje ao Japão o navio contratorpedeiro americano USS Mustin, capaz de destruir mísseis. Agora os EUA têm na região oito navios dotados do sistema de defesa antimísseis Aegis, nome do escudo de Zeus, o deus da mitologia grega. Mas claramente adotaram uma postura defensiva.
A crise norte-coreana será abordada pela via diplomática. Nenhum dos países da região tem interesse numa guerra, notadamente a Coréia do Sul, que poderia ter sua capital arrasada pelas forças convencionais da Coréia do Norte, e a China, uma superpotência econômica que não quer problemas político-militares atrapalhando seu extraordinário crescimento econômicos nem o pesadelo de milhões de norte-coreanos buscando refúgio em seu território.
Uma guerra provavelmente levaria ao colapso o debilitado regime norte-coreano, o que obrigaria a Coréia do Sul a assumir a responsabilidade por uma reunificação forçada. A julgar pelos problemas que a Alemanha, muito mais rica, enfrenta 16 anos depois de sua reunificação, os sul-coreanos não têm pressa. Preferem que o regime stalinista norte-coreanos adote reformas econômicas no estilo chinês para se recuperar antes da reunificação do país.
Por outro lado, se a Coréia do Norte desenvolver mísseis e armas nucleares, o Japão será tentado a reformar sua Constituição pacifista e a criar seu próprio dispositivo nuclear. Isto não interessa aos EUA, que jogaram duas bombas atômicas no Japão em 1945, nem à China, inimiga dos japoneses na Segunda Guerra Mundial, nem à Rússia, derrotada pelo Japão na Guerra do Pacífico asiática (1904-05).
Além disso, os EUA e a China são hoje as economias mais importantes do mundo, cada vez mais interdependentes. Então não interessa ao mundo que uma nova guerra na Coréia perturbe o delicado equilíbrio entre estes dois gigantes.
UE descarta fraude e Calderón propõe governo de união nacional no México
Os observadores da União Européia não viram irregularidades na recontagem dos votos da eleição presidencial de domingo passado, no México, que deu a vitória ao candidato conservador Felipe Calderón sobre o ex-prefeito esquerdista da Cidade do México Andrés Manuel López Obrador por pouco mais de 200 mil votos.
Calderón pediu a união de todos mexicanos em torno de um governo de coalizão das principais forças políticas do país. Mas López Obrador exige Na Justiça a recontagem total dos votos.
Calderón pediu a união de todos mexicanos em torno de um governo de coalizão das principais forças políticas do país. Mas López Obrador exige Na Justiça a recontagem total dos votos.
Gripe aviária chega à Espanha
O laboratório de Algete, em Madri, referência para a gripe aviária na Espanha, acaba de confirmar o primeiro caso de ave infectada pelo vírus H5N1, informa o jornal El País. Seu cadáver foi encontrado em Salburúa, na região de Álava. O Ministério da Agricultura descreveu o caso como "altamente patogênico".
As autoridades sanitárias temem que, se o vírus sofrer uma mutação para ser transmitido de pessoa para pessoa, possa haver uma pandemia da escala da gripe espanhola de 1918. Os países mais afetados até agora foram a Indonésia e o Vietnã, onde a doença parece controlada.
A Espanha é o décimo-quarto dos 25 países da União Européia atingido pela gripe aviária, depois de Grécia, Itália, Eslovênia, Hungria, Áustria, Alemanha, França, Eslováquia, Suécia, Polônia, Dinamarca, República Tcheca e Reino Unido.
As autoridades sanitárias temem que, se o vírus sofrer uma mutação para ser transmitido de pessoa para pessoa, possa haver uma pandemia da escala da gripe espanhola de 1918. Os países mais afetados até agora foram a Indonésia e o Vietnã, onde a doença parece controlada.
A Espanha é o décimo-quarto dos 25 países da União Européia atingido pela gripe aviária, depois de Grécia, Itália, Eslovênia, Hungria, Áustria, Alemanha, França, Eslováquia, Suécia, Polônia, Dinamarca, República Tcheca e Reino Unido.
sexta-feira, 7 de julho de 2006
EUA criam menos empregos que esperado
Num claro sinal de desaceleração, a maior economia do mundo criou muito menos empregos do que se esperava no mês de junho, 121 mil, bem abaixo de uma estimativa que previa 386 mil, informou hoje o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. O setor público gerou apenas 90 mil empregos; os outros 31 mil foram no governo.
A notícia derrubou a Bolsa de Valores de Nova Iorque, com o principal índice caindo 1,2%.
A taxa de desemprego ficou em 4,6%. Mas os salários aumentaram. O valor médio da hora trabalhada subiu 0,5% em relação a maio e 3,9% em comparação com um ano atrás.
O mercado teme que o Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, exagere na alta de juros para conter o crescimento de preços e provoque uma recessão. Agora os analistas esperam que o Comitê do Mercado Aberto dê uma pausa na elevação dos juros na sua próxima reunião, marcada para agosto, a não ser que até lá surjam novos dados que indiquem pressões inflacionárias.
A taxa básica de juros está em 5,25% desde 29 de junho, depois de 17 altas consecutivas.
A notícia derrubou a Bolsa de Valores de Nova Iorque, com o principal índice caindo 1,2%.
A taxa de desemprego ficou em 4,6%. Mas os salários aumentaram. O valor médio da hora trabalhada subiu 0,5% em relação a maio e 3,9% em comparação com um ano atrás.
O mercado teme que o Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, exagere na alta de juros para conter o crescimento de preços e provoque uma recessão. Agora os analistas esperam que o Comitê do Mercado Aberto dê uma pausa na elevação dos juros na sua próxima reunião, marcada para agosto, a não ser que até lá surjam novos dados que indiquem pressões inflacionárias.
A taxa básica de juros está em 5,25% desde 29 de junho, depois de 17 altas consecutivas.
Ofensiva de Israel mata 20 palestinos
No dia mais violento desde a retirada de Israel da Faixa de Gaxa há 10 meses, pelo menos um soldado de Israel e 20 palestinos foram mortos em bombardeios aéreos israelenses e combates em terra.
Israel assumiu o controle da Faixa de Gaza numa ofensiva destinada a resgatar o cabo Gilad Shalit, seqüestrado por grupos armados palestinos, e acabar com os ataques de foguetes que partem do território palestino. O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) apelou "aos países árabes e à comunidade internacional para acabar com esta guerra declarada por Israel".
Israel assumiu o controle da Faixa de Gaza numa ofensiva destinada a resgatar o cabo Gilad Shalit, seqüestrado por grupos armados palestinos, e acabar com os ataques de foguetes que partem do território palestino. O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) apelou "aos países árabes e à comunidade internacional para acabar com esta guerra declarada por Israel".
quinta-feira, 6 de julho de 2006
Celso Amorim nega crise no Mercosul
Para o ministro das Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, não há crise no processo de integração da América do Sul: "O Mercosul é complexo e turbulento mas vivo e dinâmico", afirmou hoje o chanceler brasileiro, ao participar da 1ª Conferência Nacional de Política Externa e Política Internacional, promoção da Fundação Alexandre Gusmão (Funag) e do Instituto de Pesquisas de Relações Internacionais (IPRI), ambos do Itamaraty, na sede do ministério no Rio de Janeiro.
O ministro só admitiu falar em crise no sentido do ideograma chinês para a palavra, que significa risco e oportunidade: "É um momento de mudanças. O Mercosul precisa ser ampliado a aprofundado ao mesmo tempo. Tem gente que não quer o Mercosul porque tem outros interesses, às vezes de ganho rápido".
Celso Amorim reconheceu que "o ingresso da Venezuela não é simples. Há visões do mundo não-coincidentes. Mas o Mercosul tem agora a cara da América do Sul". Em seguida, declarou que "a gente não fica esperando aplausos. Não interessa aos podersos uma política comum de energia".
Ele defendeu a prioridade dada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva às relações com países em desenvolvimento: "As exportações cresceram mais onde a política externa é mais ativa. Os países em desenvolvimento representam hoje 53% do nosso comércio exterior; antes, eram 46%". Acrescentou que "falta muito o que fazer".
Falta, por exemplo, concluir a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio: "As normas internacionais e o multilateralismo são muito importantes", afirmou, observando que tanto nas negociações com os Estados Unidos para criar a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) quanto com a União Européia as propostas dos países ricos ficaram muito aquém do que se discute na OMC. "Se não concluirmos a negociação na OMC, a pressão para fazer outros acordos será enorme".
Estas pressões viriam do empresariado temeroso de perder espaço nos mercados americano e europeu.
"Outra reforma inacabada é a das Nações Unidas", mencionou o chanceler. "Antes da primeira Guerra do Golfo, em 1990 e 1991, os EUA precisavam da Alemanha e do Japão para financiar a guerra. Passaram a apoiar a reforma do Conselho de Segurança mas com a entrada só da Alemanha e do Japão. Hoje não faz sentido uma reforma sem países em desenvolvimento, como reconheceu a ministra do Exterior britânica, Margaret Beckett", que acaba de visitar o Brasil.
O ministro só admitiu falar em crise no sentido do ideograma chinês para a palavra, que significa risco e oportunidade: "É um momento de mudanças. O Mercosul precisa ser ampliado a aprofundado ao mesmo tempo. Tem gente que não quer o Mercosul porque tem outros interesses, às vezes de ganho rápido".
Celso Amorim reconheceu que "o ingresso da Venezuela não é simples. Há visões do mundo não-coincidentes. Mas o Mercosul tem agora a cara da América do Sul". Em seguida, declarou que "a gente não fica esperando aplausos. Não interessa aos podersos uma política comum de energia".
Ele defendeu a prioridade dada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva às relações com países em desenvolvimento: "As exportações cresceram mais onde a política externa é mais ativa. Os países em desenvolvimento representam hoje 53% do nosso comércio exterior; antes, eram 46%". Acrescentou que "falta muito o que fazer".
Falta, por exemplo, concluir a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio: "As normas internacionais e o multilateralismo são muito importantes", afirmou, observando que tanto nas negociações com os Estados Unidos para criar a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) quanto com a União Européia as propostas dos países ricos ficaram muito aquém do que se discute na OMC. "Se não concluirmos a negociação na OMC, a pressão para fazer outros acordos será enorme".
Estas pressões viriam do empresariado temeroso de perder espaço nos mercados americano e europeu.
"Outra reforma inacabada é a das Nações Unidas", mencionou o chanceler. "Antes da primeira Guerra do Golfo, em 1990 e 1991, os EUA precisavam da Alemanha e do Japão para financiar a guerra. Passaram a apoiar a reforma do Conselho de Segurança mas com a entrada só da Alemanha e do Japão. Hoje não faz sentido uma reforma sem países em desenvolvimento, como reconheceu a ministra do Exterior britânica, Margaret Beckett", que acaba de visitar o Brasil.
Recontagem confirma vitória de Calderón no México mas López Obrador recorre
A recontagem dos votos da eleição presidencial de domingo passado no México confirma a vitória do candidato governista Felipe Calderón, embora no início da madrugada de ontem a vantagem fosse do oposicionista Andrés Manuel López Obrador, que não aceitou a derrota e exige a recontagem total dos votos.
Ex-ministro da Energia, Calderón, que é do Partido de Ação Nacional (PAN) do presidente Vicente Fox mas não era o preferido do presidente, teve 14 milhões 981 mil 260 eleitores ou 35,88% dos votos válidos.
O ex-prefeito esquerdista da Cidade do México López Obrador, da coligação Pelo Bem de Todos, que uniu o Partido da Revolução Democrática (PRD) ao Partido do Trabalho, recebeu 14 milhões 745 mil 262 ou 35,31% dos votos válidos.
A vantagem de Calderón foi de 236 mil votos ou 0,57 ponto percentual.
Dos 41 milhões 758 mil 191 votos depositados nas urnas em 2 de julho, 40 milhões 854 mil 210 foram considerado válidos. A recontagem terminou hoje à tarde.
Em terceiro lugar, com 22,27%, ficou Roberto Madrazo, da Aliança pelo México, liderada pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI), que teve o monopólio de poder de 1929 a 2000. Patricia Mercado, do Partido Alternativa Social-Democrata e Camponesa ficou com 2,7%. Roberto Campa, do Partido Nova Aliança, teve apenas 0,96% dos votos.
O México tem uma longa história de fraude eleitoral.
Ex-ministro da Energia, Calderón, que é do Partido de Ação Nacional (PAN) do presidente Vicente Fox mas não era o preferido do presidente, teve 14 milhões 981 mil 260 eleitores ou 35,88% dos votos válidos.
O ex-prefeito esquerdista da Cidade do México López Obrador, da coligação Pelo Bem de Todos, que uniu o Partido da Revolução Democrática (PRD) ao Partido do Trabalho, recebeu 14 milhões 745 mil 262 ou 35,31% dos votos válidos.
A vantagem de Calderón foi de 236 mil votos ou 0,57 ponto percentual.
Dos 41 milhões 758 mil 191 votos depositados nas urnas em 2 de julho, 40 milhões 854 mil 210 foram considerado válidos. A recontagem terminou hoje à tarde.
Em terceiro lugar, com 22,27%, ficou Roberto Madrazo, da Aliança pelo México, liderada pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI), que teve o monopólio de poder de 1929 a 2000. Patricia Mercado, do Partido Alternativa Social-Democrata e Camponesa ficou com 2,7%. Roberto Campa, do Partido Nova Aliança, teve apenas 0,96% dos votos.
O México tem uma longa história de fraude eleitoral.
Islamitas matam espectadores da Copa
A Copa do Mundo costuma ser uma celebração da amizade e da relação sadia entre as nações. Mas não na Somália.
Milicianos fundamentalistas mataram dois jovens que assistiam ao jogo Alemanha x Itália numa cidade do centro deste país, que fica na região chamada de Chifre da África, no Nordeste do continente.
Os dois mortos resistiram à ordem para evacuar um cinema que exibia o jogo, contrariando a proibição imposta pelo Conselho Supremo dos Tribunais Islâmicos, novo nome da milícia que tomou Mogadíscio, a capital somaliana, no início do mês passado.
Milicianos fundamentalistas mataram dois jovens que assistiam ao jogo Alemanha x Itália numa cidade do centro deste país, que fica na região chamada de Chifre da África, no Nordeste do continente.
Os dois mortos resistiram à ordem para evacuar um cinema que exibia o jogo, contrariando a proibição imposta pelo Conselho Supremo dos Tribunais Islâmicos, novo nome da milícia que tomou Mogadíscio, a capital somaliana, no início do mês passado.
Recontagem no México dá vantagem ao esquerdista López Obrador
Depois da recontagem de 84% dos votos da eleição presidencial mexicana de 2 de julho, o candidato esquerdista Andrés Manuel López Obrador tem uma vantagem de dois pontos percentuais sobre o conservador Felipe Calderón, anunciado como vencedor no final da primeira contagem. Mas sua vantagem está diminuindo.
No momento, López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD) tem 36,52% contra 34,74 para Calderón, do Partido de Ação Nacional (PAN), do presidente Vicente Fox.
No momento, López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD) tem 36,52% contra 34,74 para Calderón, do Partido de Ação Nacional (PAN), do presidente Vicente Fox.
quarta-feira, 5 de julho de 2006
Coréia do Norte testa sétimo míssil mas Conselho de Segurança não chega a acordo sobre sanções
O regime stalinista da Coréia do Norte testou um sétimo míssil e o Conselho de Segurança das Nações Unidas começou a discutir a questão hoje, a pedido do Japão, que seria um dos alvos dos mísseis. Mas não há acordo entre as cinco potências com direito de veto (EUA, China, Rússia, França e Grã-Bretanha) para impor sanções ao regime comunista de Pionguiangue.
A China e a Rússia resistem à imposição de sanções, como querem os EUA e o Japão, o que isolaria ainda mais o regime comunista de Pionguiangue.
Já Coréia do Sul pediu uma solução diplomática. Afinal, sua vizinha e inimiga histórica do Norte tem 1,2 milhão de soldados e 13 mil peças de artilharia concentradas ao longo da fronteira. Em caso de guerra, poderia disparar de 300 a 500 mil bombas por hora contra Seul, ameaçando as vidas de 10 milhões de sul-coreanos, além de boa parte dos 30 mil soldados americanos estacionados no país.
A crise dos mísseis norte-coreanos abalou o mercado internacional, com queda nas bolsas e alta nos preços do ouro e do petróleo.
A China e a Rússia resistem à imposição de sanções, como querem os EUA e o Japão, o que isolaria ainda mais o regime comunista de Pionguiangue.
Já Coréia do Sul pediu uma solução diplomática. Afinal, sua vizinha e inimiga histórica do Norte tem 1,2 milhão de soldados e 13 mil peças de artilharia concentradas ao longo da fronteira. Em caso de guerra, poderia disparar de 300 a 500 mil bombas por hora contra Seul, ameaçando as vidas de 10 milhões de sul-coreanos, além de boa parte dos 30 mil soldados americanos estacionados no país.
A crise dos mísseis norte-coreanos abalou o mercado internacional, com queda nas bolsas e alta nos preços do ouro e do petróleo.
Petróleo bate recorde a mais de US$ 75
O preço do petróleo bateu novo recorde, com o barril para entrega em outubro subindo US$ 1,26 e fechando em US$ 75,19, superando os US$ 75,17 de 21 de abril, depois de chegar a US$ 75,40 durante o dia na Bolsa Mercantil de Nova Iorque.
Uma das principais causas foi o aumento da incerteza e do risco geopolítico causado pelo testes com sete mísseis realizados pelo regime stalinista da Coréia do Norte. A tensão nuclear é maior com o Irã, importante produtor e exportador de petróleo. Mas a crise norte-coreana é um complicador adicional para o conflito entre o Irã e o Ocidente.
Para agravar a situação, uma reunião entre negociadores do Irã e da União Européia foi adiada.
Uma das principais causas foi o aumento da incerteza e do risco geopolítico causado pelo testes com sete mísseis realizados pelo regime stalinista da Coréia do Norte. A tensão nuclear é maior com o Irã, importante produtor e exportador de petróleo. Mas a crise norte-coreana é um complicador adicional para o conflito entre o Irã e o Ocidente.
Para agravar a situação, uma reunião entre negociadores do Irã e da União Européia foi adiada.
EUA devem crescer 2,9% ao ano neste semestre
Economistas ouvidos pelo jornal The Wall St. Journal prevêem uma desaceleração no crescimento econômico dos Estados Unidos para um ritmo de 2,9% ao ano neste segundo semestre. Seu maior temor é que o Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, exagere na alta de juros para conter a inflação, provocando uma recessão na maior economia do mundo.
No primeiro trimestre do ano, o índice revisado foi de 5,6% ao ano.
No primeiro trimestre do ano, o índice revisado foi de 5,6% ao ano.
terça-feira, 4 de julho de 2006
Jimmy Carter: governo dos EUA precisa ser mais transparente
A Lei de Liberdade de Informação completa 40 anos hoje, dia da independência dos Estados Unidos. Mas o ex-presidente Jimmy Carter, que se dedica à promoção da democracia e dos direitos humanos, advertiu, em artigo para o jornal The Washington Post, que "não há muito o que celebrar pelo direito à informação no nosso país".
A pretexto de proteger os americanos do terrorismo, "nossos líderes governamentais se tornaram cada vez mais obsecados com o segredo. Políticas de obstrução e práticas deficientes garantem que muitos documentos públicos e ações oficiais importantes permaneçam escondidas da nossa visão".
Com a guerra, violações dos direitos civis, custos de energia crescentes, escândalos envolvendo lobistas e financiamento de campanhas, aumenta o desejo do público de ter acesso aos documentos oficiais, afirma o ex-presidente americano: "Uma pesquisa realizada no ano passado revelou que 70% dos americanos estão preocupados com o sigilo governamental. Isto é compreensível quando o governo dos EUA usa pelo menos 50 categorias para restringir o acesso a informações desclassificados e criou 81% mais segredos em 2005 do que em 2000, de acordo com a o grupo OpenTheGovernment.org."
Mais de 70 países aprovaram leis, a maioria na última década, para dar mais transparência e seus governos. Isto desnudou, acrescenta o ex-presidente Carter, usos inapropriados da terra, políticas de aids atrasados e ineficientes, e escândalos bilionários de venda de armas. "No Reino Unido, a nova lei forçou o governo a revelar os fatos em que se baseou a decisão de ir à guerra no Iraque."
Carter propõe emendas à Lei de Liberdade de Informação para adequá-la aos novos padrões internacionais, como cobrir os três poderes do Estado; criar um órgão para supervisionar sua aplicação; impor sanções por desrespeito à lei; e estabelecer um mecanismo de apelação que seja de fácil acesso, rápido e de custo razoável.
"Não podemos tomar a liberdade de informação como garantida", conclui Jimmy Carter. "Nossa democracia depende dela."
A pretexto de proteger os americanos do terrorismo, "nossos líderes governamentais se tornaram cada vez mais obsecados com o segredo. Políticas de obstrução e práticas deficientes garantem que muitos documentos públicos e ações oficiais importantes permaneçam escondidas da nossa visão".
Com a guerra, violações dos direitos civis, custos de energia crescentes, escândalos envolvendo lobistas e financiamento de campanhas, aumenta o desejo do público de ter acesso aos documentos oficiais, afirma o ex-presidente americano: "Uma pesquisa realizada no ano passado revelou que 70% dos americanos estão preocupados com o sigilo governamental. Isto é compreensível quando o governo dos EUA usa pelo menos 50 categorias para restringir o acesso a informações desclassificados e criou 81% mais segredos em 2005 do que em 2000, de acordo com a o grupo OpenTheGovernment.org."
Mais de 70 países aprovaram leis, a maioria na última década, para dar mais transparência e seus governos. Isto desnudou, acrescenta o ex-presidente Carter, usos inapropriados da terra, políticas de aids atrasados e ineficientes, e escândalos bilionários de venda de armas. "No Reino Unido, a nova lei forçou o governo a revelar os fatos em que se baseou a decisão de ir à guerra no Iraque."
Carter propõe emendas à Lei de Liberdade de Informação para adequá-la aos novos padrões internacionais, como cobrir os três poderes do Estado; criar um órgão para supervisionar sua aplicação; impor sanções por desrespeito à lei; e estabelecer um mecanismo de apelação que seja de fácil acesso, rápido e de custo razoável.
"Não podemos tomar a liberdade de informação como garantida", conclui Jimmy Carter. "Nossa democracia depende dela."
Esquerdista rejeita derrota na eleição mexicana
O ex-prefeito da Cidade do México Andrés Manuel López Obrador não aceita a vitória do candidato governista e conservador, Felipe Calderón, na eleição presidencial de domingo, por apenas 1% ou cerca de 400 mil votos. Ele exige uma recontagem dos votos, o que pode adiar o anúncio do resultado oficial até o fim de semana.
Coréia do Norte testa seis mísseis, um de longo alcance
Num desafio à sociedade internacional e especialmente aos Estados Unidos, que festejam sua independência, o governo comunista da Coréia do Norte testou hoje pelo menos cinco mísseis, sendo um de longo alcance, capaz de atingir o território americano. Aparentemente o míssil de longo alcance Taepodong-2 falhou depois de 35 a 40 segundos, informou o Departamento de Estado americano. O governo japonês disse que todos caíram no Mar do Japão.
A pedido do Japão, o Conselho de Segurança da ONU discute a questão nesta quarta-feira.
O regime stalinista de Pionguiangue está numa queda de braço com os EUA. Afirma ter fabricado a bomba atômica, embora nunca tenha testado uma. Desde novembro, suspendeu as negociações com EUA, Coréia do Sul, China, Rússia e Japão, porque o governo americano começou uma campanha para evitar a lavagem de dinheiro e outras atividades financeiras suspeitas do governo norte-coreano. Pelo menos US$ 50 milhões de altos dirigentes da Coréia do Norte estão congelados no exterior.
Desde que satélites-espiões dos EUA perceberam que o governo norte-coreano estava preparando um teste de mísseis, houve intensa pressão internacional para que Pionguiangue desistisse, inclusive ameaça de corte da ajuda alimentar da Coréia do Sul, decisiva para evitar a fome no seu vizinho, arrasado por uma crise econômica provocada pela crise do regime comunista.
Imediatamente, o presidente George W. Bush convocou os secretários da Defesa, Donald Rumsfeld, e de Estado, Condoleezza Rice, e o assessor de Segurança Nacional, Stephen Hadley. O embaixador dos EUA nas Nações Unidas, John Bolton, um expoente da linha dura no governo George W. Bush, iniciou consultas no Conselho de Segurança para adotar medidas contra a Coréia do Norte. O secretário de Estado adjunto Christopher Hill segue nesta-quarta-feira para o Leste da Ásia. Deve se reunir primeiro com autoridades sul-coreanas.
A pedido do Japão, o Conselho de Segurança da ONU discute a questão nesta quarta-feira.
O regime stalinista de Pionguiangue está numa queda de braço com os EUA. Afirma ter fabricado a bomba atômica, embora nunca tenha testado uma. Desde novembro, suspendeu as negociações com EUA, Coréia do Sul, China, Rússia e Japão, porque o governo americano começou uma campanha para evitar a lavagem de dinheiro e outras atividades financeiras suspeitas do governo norte-coreano. Pelo menos US$ 50 milhões de altos dirigentes da Coréia do Norte estão congelados no exterior.
Desde que satélites-espiões dos EUA perceberam que o governo norte-coreano estava preparando um teste de mísseis, houve intensa pressão internacional para que Pionguiangue desistisse, inclusive ameaça de corte da ajuda alimentar da Coréia do Sul, decisiva para evitar a fome no seu vizinho, arrasado por uma crise econômica provocada pela crise do regime comunista.
Imediatamente, o presidente George W. Bush convocou os secretários da Defesa, Donald Rumsfeld, e de Estado, Condoleezza Rice, e o assessor de Segurança Nacional, Stephen Hadley. O embaixador dos EUA nas Nações Unidas, John Bolton, um expoente da linha dura no governo George W. Bush, iniciou consultas no Conselho de Segurança para adotar medidas contra a Coréia do Norte. O secretário de Estado adjunto Christopher Hill segue nesta-quarta-feira para o Leste da Ásia. Deve se reunir primeiro com autoridades sul-coreanas.
segunda-feira, 3 de julho de 2006
Morales faz maioria mas não dois terços da Assembléia Constituinte na Bolívia
Apurados 90% dos votos da eleição de domingo na Bolívia para uma Assembléia Constituinte, o Movimento ao Socialismo (MAS), do presidente e líder indígena Evo Morales elegeu 133 deputados (52%), bem abaixo da expectativa de Morales, que era chegar a 80% para "refundar o Estado boliviano".
Morales, eleito no primeiro turno em dezembro com 54% dos votos válidos, terá maioria absoluta na Constituinte mas não a maioria qualificada de dois terços que lhe daria plena liberdade para redigir uma nova Constituição. Em 1º de maio passado, ele estatizou o gás e o petróleo bolivianos, causando grandes prejuízos à Petrobrás, que investiu US$ 1 bilhão na Bolívia nos últimos 10 anos. Ainda precisa negociar com o Brasil o aumento no preço do gás. O governo brasileiro espera que, passada a eleição da Consituinte, o governo boliviano seja mais moderado.
A aliança conservadora Poder Democrático e Social (Podemos) ficou em segundo lugar, com 62 deputados, e a centrista Unidade Nacional com 10.
Os bolivianos também se manifestaram sobre uma proposta que dá autonomia regional aos departamentos em que se divide o país. Votaram contra os departamentos de La Paz, Potoci, Oruro, Cochabamba e Chuquisaca, que ficam na região andina e nos vales centrais, onde Morales tem mais apoio. Votaram pela autonomia Pando, Tarija, Beni e Santa Cruz de la Sierra, no Sul, no Leste e nas terras baixas do Norte, onde a oposição é mais forte.
Morales, eleito no primeiro turno em dezembro com 54% dos votos válidos, terá maioria absoluta na Constituinte mas não a maioria qualificada de dois terços que lhe daria plena liberdade para redigir uma nova Constituição. Em 1º de maio passado, ele estatizou o gás e o petróleo bolivianos, causando grandes prejuízos à Petrobrás, que investiu US$ 1 bilhão na Bolívia nos últimos 10 anos. Ainda precisa negociar com o Brasil o aumento no preço do gás. O governo brasileiro espera que, passada a eleição da Consituinte, o governo boliviano seja mais moderado.
A aliança conservadora Poder Democrático e Social (Podemos) ficou em segundo lugar, com 62 deputados, e a centrista Unidade Nacional com 10.
Os bolivianos também se manifestaram sobre uma proposta que dá autonomia regional aos departamentos em que se divide o país. Votaram contra os departamentos de La Paz, Potoci, Oruro, Cochabamba e Chuquisaca, que ficam na região andina e nos vales centrais, onde Morales tem mais apoio. Votaram pela autonomia Pando, Tarija, Beni e Santa Cruz de la Sierra, no Sul, no Leste e nas terras baixas do Norte, onde a oposição é mais forte.
Conservador tem pequena vantagem no México
Com 91% dos votos apurados na mais disputada eleição presidencial da História do México, o candidato conservador Felipe Calderón, do Partido de Ação Nacional (PAN), do presidente Vicente Fox, leva uma pequena vantagem de pouco mais de 400 mil votos sobre o ex-prefeito esquerdista da Cidade do México Andrés Manuel López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD).
Calderón tem 13.397.197 votos (37%) contra 12.996.551 (36%) de López Obrador. Como no México não há segundo turno, ganha quem tiver mais votos, sem necessidade de maioria absoluta dos votos válidos. O resultado final só deve ser conhecido na quarta-feira. Mas os dois principais candidatos estão cantando a vitória.
Na eleição para o Congresso, o PAN lidera com 34,12%, à frente da coligação PRD-Partido do Trabalho, que apóia López Obrador, com 29,17%, superando o Partido Revolucionário Institucional (PRI), que dominou a política mexicana de 1929 a 2000 mas obteve agora apenas 27%.
Calderón tem 13.397.197 votos (37%) contra 12.996.551 (36%) de López Obrador. Como no México não há segundo turno, ganha quem tiver mais votos, sem necessidade de maioria absoluta dos votos válidos. O resultado final só deve ser conhecido na quarta-feira. Mas os dois principais candidatos estão cantando a vitória.
Na eleição para o Congresso, o PAN lidera com 34,12%, à frente da coligação PRD-Partido do Trabalho, que apóia López Obrador, com 29,17%, superando o Partido Revolucionário Institucional (PRI), que dominou a política mexicana de 1929 a 2000 mas obteve agora apenas 27%.
Vendas da GM caem 26% em junho
As vendas da General Motors no mercado americano caíram 26% em junho. A Ford e a Chrysler também registraram queda nas vendas, enquanto a japonesa Toyota apresentou um crescimento de 14% no número de veículos comercializados. Isto indica que o problema é mais da indústria automobilística dos Estados Unidos do que do setor.
As quedas foram atribuídas ao aumento nos preços dos combustíveis em razão da alta do petróleo e à concorrência estrangeira.
Um dos símbolos da velha economia industrial americana e das dificuldades das megaempresas para se adaptar à competição cada vez maior no mundo globalizado, a GM vendeu no mês passado 407.513 veículos leves, em comparação com 550.829 em junho do ano passado. A venda de utilitários leves, os chamados veículos utilitários esportivos, inclusive picapes e minivans, caiu 37%.
A Ford vendeu 269.404 veículos em junho nos EUA, 6,9% menos do que no mesmo mês no ano passado. A venda de carros cresceu 7,1% mas a de utilitários leves caiu 14%.
Na Chrysler, hoje propriedade do grupo alemão Daimler-Benz, a queda foi de 15%, com venda de 185.946 veículos no mercado americano.
Já a Toyota, um dos símbolos da eficiência industrial japonesa, que hoje disputa a liderança mundial do mercado automobilístico com a GM, vendeu 223.018 veículos no mercado americano em junho, um aumento de 14% em relação ao ano passado, puxado por uma alta de 22% na comercialização de carros de passageiros.
A Volkswagen alemã aumentou suas vendas nos EUA em 5,5% e a japonesa Honda, em 3,4%, enquanto a também japonesa Nissan registrou queda de 19%.
As quedas foram atribuídas ao aumento nos preços dos combustíveis em razão da alta do petróleo e à concorrência estrangeira.
Um dos símbolos da velha economia industrial americana e das dificuldades das megaempresas para se adaptar à competição cada vez maior no mundo globalizado, a GM vendeu no mês passado 407.513 veículos leves, em comparação com 550.829 em junho do ano passado. A venda de utilitários leves, os chamados veículos utilitários esportivos, inclusive picapes e minivans, caiu 37%.
A Ford vendeu 269.404 veículos em junho nos EUA, 6,9% menos do que no mesmo mês no ano passado. A venda de carros cresceu 7,1% mas a de utilitários leves caiu 14%.
Na Chrysler, hoje propriedade do grupo alemão Daimler-Benz, a queda foi de 15%, com venda de 185.946 veículos no mercado americano.
Já a Toyota, um dos símbolos da eficiência industrial japonesa, que hoje disputa a liderança mundial do mercado automobilístico com a GM, vendeu 223.018 veículos no mercado americano em junho, um aumento de 14% em relação ao ano passado, puxado por uma alta de 22% na comercialização de carros de passageiros.
A Volkswagen alemã aumentou suas vendas nos EUA em 5,5% e a japonesa Honda, em 3,4%, enquanto a também japonesa Nissan registrou queda de 19%.
Ex-mulher e filha de Saddam entram na lista de procurados no Iraque
A primeira mulher do ex-ditador Saddam Hussein, Sajida, e sua filha mais velha, Raghad, entraram sábado na lista dos criminosos mais procurados do Iraque. O governo iraquiano as acusa de financiar a insurgência sunita contra a nova ordem criada depois da invasão americana de 2003 com milhões de dólares roubados por Saddam.
Também fazem parte da lista de 41 procurados o ex-vice-presidente Ibrahim al-Douri e o novo chefe da rede terrorista Al Caeda no Iraque, Abu Ayub al-Masri. Há um prêmio de US$ 10 milhões por informações que levam à captura do ex-vice-presidente e de US$ 5 milhões pelo novo líder da Caeda (Base).
Hoje pelo menos 7 pessoas morreram e outras 28 foram feridas com a explosão de um carro-bomba num mercado de rua na cidade de Mossul, que fica na região curda do Norte do Iraque. O alvo era uma patrulha policial.
Também fazem parte da lista de 41 procurados o ex-vice-presidente Ibrahim al-Douri e o novo chefe da rede terrorista Al Caeda no Iraque, Abu Ayub al-Masri. Há um prêmio de US$ 10 milhões por informações que levam à captura do ex-vice-presidente e de US$ 5 milhões pelo novo líder da Caeda (Base).
Hoje pelo menos 7 pessoas morreram e outras 28 foram feridas com a explosão de um carro-bomba num mercado de rua na cidade de Mossul, que fica na região curda do Norte do Iraque. O alvo era uma patrulha policial.
domingo, 2 de julho de 2006
EUA fazem planos para Cuba pós-Fidel
Os Estados Unidos precisam estar preparados para influenciar a transição em Cuba após a morte do presidente Fidel Castro porque os primeiros seis meses serão decisivos para que o país se torne uma democracia, recomenda um relatório do governo George Walker Bush preparado pela Comissão para Ajudar uma Cuba Livre, co-presidida pela secretária de Estado, Condoleezza Rice, e o secretário do Comércio, Carlos Gutierrez.
A comissão foi criada em 2003 para influenciar o destino da Cuba pós-Fidel. O ditador cubano está no poder desde 1959. Completa 80 em 13 de agosto sem dar sinais de que vá deixar o cargo, apesar da idade. O sucessor designado é seu irmão e ministro da Defesa, Raúl Castro.
A permanente tensão entre os EUA e o regime cubano aumentou recentemente quando os americanos colocaram painéis luminosos com mensagens anticastristas. Em retaliação, Cuba cortou a energia elétrica da representação americana.
O relatório diz que os EUA "precisam estar preparados para garantir que terão condições de dar assistência técnica dentro de duas semanas depois de ficar claro que a transição está em andamento em Cuba". Entre as maiores preocupações, estão assistência de saúde, abastecimento de água, treinamento de juízes e da polícia.
"Os primeiros 180 dias serão críticos e podem significar a diferença entre uma transição bem-sucedida e passos errados que retardaram a transição democrática em outros países", afirma o documento. Ele propõe a criação de um "fundo democrático" de US$ 80 milhões para fortalecer a sociedade civil, a oposição a Fidel Castro e o fluxo da informação, que receberia pelo menos US$ 20 milhões por ano enquanto a democracia não estiver consolidada. Isto aconteceria quando todos os presos políticos estiverem livres, toda atividade política for legalizada, houver eleições democráticas e o estabelecimento de uma imprensa livre.
"Apesar do planejamento para uma transição concreta, é mais provável que depois da saída de Fidel Castro termos um governo socialista que vai decidir como e quando serão feitas reformas poíticas", prevê Philip Peteres, professor do Instituto Lexington, na Virgínia, acrescentando que a normalização de relações entre os EUA e Cuba exigirá muito mais tempo.
A comissão foi criada em 2003 para influenciar o destino da Cuba pós-Fidel. O ditador cubano está no poder desde 1959. Completa 80 em 13 de agosto sem dar sinais de que vá deixar o cargo, apesar da idade. O sucessor designado é seu irmão e ministro da Defesa, Raúl Castro.
A permanente tensão entre os EUA e o regime cubano aumentou recentemente quando os americanos colocaram painéis luminosos com mensagens anticastristas. Em retaliação, Cuba cortou a energia elétrica da representação americana.
O relatório diz que os EUA "precisam estar preparados para garantir que terão condições de dar assistência técnica dentro de duas semanas depois de ficar claro que a transição está em andamento em Cuba". Entre as maiores preocupações, estão assistência de saúde, abastecimento de água, treinamento de juízes e da polícia.
"Os primeiros 180 dias serão críticos e podem significar a diferença entre uma transição bem-sucedida e passos errados que retardaram a transição democrática em outros países", afirma o documento. Ele propõe a criação de um "fundo democrático" de US$ 80 milhões para fortalecer a sociedade civil, a oposição a Fidel Castro e o fluxo da informação, que receberia pelo menos US$ 20 milhões por ano enquanto a democracia não estiver consolidada. Isto aconteceria quando todos os presos políticos estiverem livres, toda atividade política for legalizada, houver eleições democráticas e o estabelecimento de uma imprensa livre.
"Apesar do planejamento para uma transição concreta, é mais provável que depois da saída de Fidel Castro termos um governo socialista que vai decidir como e quando serão feitas reformas poíticas", prevê Philip Peteres, professor do Instituto Lexington, na Virgínia, acrescentando que a normalização de relações entre os EUA e Cuba exigirá muito mais tempo.
Ministro de Bush protesta contra Suprema Corte
O ministro da Justiça e procurador-geral dos Estados Unidos, Alberto Gonzales, declarou ontem que a decisão da Suprema Corte que considerou ilegal o tribunal militar da base de Guantânamo, "prejudica nossa capacidade" de lidar com terroristas. Pela decisão adotada por 5 a 3, o governo George W. Bush precisa submeter os cerca de 450 detentos de Guantânamo a um julgamento justo, com base nas leis internacionais e americanas, ou libertá-los.
Antes de ser ministro, Gonzales foi o autor do parecer que caraterizava os presos na guerra contra o terrorismo como "combatentes ilegais". Por não pertencerem a um exército regular, não obedeceram a uma hierarquia militar e não usarem uniformes, não teriam os direitos previstos nas Convenções de Genebra sobre prisioneiros de guerra.
"Estamos avaliando a decisão da Suprema Corte e vamos trabalhar com o Congresso para nesta legislação" com a esperança de que "teremos condições de julgar estes presos em comissões militares", comentou o procurador-geral em entrevista à rede de TV americana CNN. Ele observou que a Justiça "não disse que não podemos manter os combatentes inimigos presos indefinidamente enquanto durarem as hostilidades".
O centro de detenção da base naval de Guantânamo foi instalado no início de 2002 para receber prisioneiros da guerra do Afeganistão, onde os EUA derrubaram, em outubro de 2001, o regime fundamentalista dos talebã, que governava o país desde 1996 e dava proteção e centros de treinamento à rede terrorista Al Caeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
Antes de ser ministro, Gonzales foi o autor do parecer que caraterizava os presos na guerra contra o terrorismo como "combatentes ilegais". Por não pertencerem a um exército regular, não obedeceram a uma hierarquia militar e não usarem uniformes, não teriam os direitos previstos nas Convenções de Genebra sobre prisioneiros de guerra.
"Estamos avaliando a decisão da Suprema Corte e vamos trabalhar com o Congresso para nesta legislação" com a esperança de que "teremos condições de julgar estes presos em comissões militares", comentou o procurador-geral em entrevista à rede de TV americana CNN. Ele observou que a Justiça "não disse que não podemos manter os combatentes inimigos presos indefinidamente enquanto durarem as hostilidades".
O centro de detenção da base naval de Guantânamo foi instalado no início de 2002 para receber prisioneiros da guerra do Afeganistão, onde os EUA derrubaram, em outubro de 2001, o regime fundamentalista dos talebã, que governava o país desde 1996 e dava proteção e centros de treinamento à rede terrorista Al Caeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
México escolhe presidente em eleição indefinida
O México escolhe hoje um novo presidente em eleições disputadíssimas.
As pesquisas de opinião indicam um equilíbrio entre o ex-prefeito da Cidade do México Andrés Manuel López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD), de esquerda, e o ex-ministro Felipe Calderón, do Partido de Ação Nacional (PAN), do presidente Vicente Fox.
Ambos estão com cerca de 36% das preferências, bem à frente de Roberto Madrazo, candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que teve o monopólio de poder no México de 1929 a 2000.
Como a eleição presidencial mexicana é realizada num só turno, ganha o mais votado, mesmo que não obtenha mais da metade dos votos válidos.
Para o jornal The Wall St. Journal, porta-voz do centro financeiro de Nova Iorque, será um referendo entre os defensores de reformas econômicas liberalizantes, representados por Calderón, e a nova tendência esquerdista na América Latina, que reivindica um papel mais ativo para o Estado no desenvolvimento econômico e social, encarnada por López Obrador.
Como a maior parte da América Latina, o México está radicalmente dividido em torno dos resultados de duas décadas de liberalização econômica, privatização e investimento estrangeiro.
O país vive seu mais longo período de estabilidade econômica desde os anos 60 e a expansão do comércio exterior depois que aderiu ao Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, da sigla em inglês), em 1994, o transformou numa das 10 maiores economias do mundo. Mas este desenvolvimento recente agravou as tensões sociais criando uma nova casta de milionários enquanto a maioria dos mexicanos não se beneficiou deste progresso.
No domingo passado, num comício em Cuernavaca, o candidato esquerdista López Obrador prometeu governar para os deserdados pela globalização: “Tudo que a globalização tem feito é nos tornar mais pobres”. Ele disse que pretende lançar um programa de renda mínima para idosos a partir de 70 anos.
A mensagem de Calderón no Estádio Azteca, na Cidade do México, era oposta. O candidato da direita pedia a 100 mil pessoas que lembrassem o “filme de horror” do passado, quando o excesso de gastos públicos levou ao endividamento, inflação e colapso financeiro. Seu argumento é simples: o México precisa de empregos e isto exige investimentos nacionais e estrangeiros.
Assim a eleição mexicana se transforma em mais uma batalha em torno do papel do Estado na promoção do desenvolvimento e da redução da pobreza na América Latina. O Peru acaba de eleger o moderado Alan García, rejeitando o candidato ultranacionalista Ollanta Humala, apoiado pelo caudilho que preside a Venezuela, Hugo Chávez.
Enquanto Brasil, Chile e Colômbia têm governos moderados que procuram se beneficiar das oportunidades oferecidas pelo processo de globalização econômica, raciocina o Journal, Venezuela, Bolívia e Argentina adotaram políticas populistas e de controles de preços.
A eleição é de especial interesse nos EUA não só porque os dois países são aliados no Nafta. Cerca de 400 mil mexicanos entram ilegalmente nos EUA todos os anos em busca de uma vida melhor.
DA REVOLUÇÃO À LIBERALIZAÇÃO
O México moderno é produto da Revolução de 1910-17, liderada por heróis nacionais como Emiliano Zapata e Pancho Villa, que redistribuiu a terra, protegeu a indústria nacional e criou uma mentalidade paternalista em que o governo é visto como principal fonte de favores e riqueza.
Em 1929, o presidente Lázaro Cárdenas institucionalizou a revolução criando o PRI, que teria o monopólio do poder até 2000. O mesmo Cárdenas nacionalizou o petróleo em 1938.
No pós-guerra, o México cresceu rapidamente até a metade dos anos 70. Foi o primeiro país a quebrar na crise das dívidas externas da América Latina dos anos 80. A partir de 1986, iniciou um processo de liberalização de sua economia. Quando o Muro de Berlim caiu, o México era uma das economias emergentes que mais recebiam investimentos externos diretos.
A adesão ao Nafta em 1994 consolidava a abertura econômica e a reinserção internacional do país. Mas a concorrência dos países asiáticos, sobretudo da China, a burocracia, a corrupção e o baixo nível educacional pesaram. Desde 2000, no governo Fox, a economia cresceu em média apenas 1,8% ao ano, caindo do oitavo para o 14º lugares entre os países mais ricos do mundo.
Quando o banco de investimentos fala nas potências econômicas emergentes que estarão ao lado dos EUA, da Europa e do Japão lá pelo ano 2050, usa a expressão BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China). O México está fora.
Uma das grandes arenas do debate ideológico no México é o petróleo. Embora seja o quinto maior produtor mundial, atrás da Arábia Saudita, da Rússia, dos EUA e do Irã, o México não produz gasolina ou gás natural em quantidades suficientes para atender ao consumo interno. Sem investimentos privados, teme-se que a produção decline na próxima década.
Calderón, que foi ministro da Energia, defende maior presença do setor privado, enquanto López Obrador resiste a qualquer tentativa de privatização. Promete administrar melhor a estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) para economizar US$ 1 bilhão. Isto ajudaria a financiar os subsídios de US$ 2,4 bilhões por ano para gasolina, eletricidade e gás natural. Mas rejeita o capital estrangeiro: “Não vamos trair a nação”.
López Obrador, de 52 anos, conquistou popularidade organizando protestos de massa nos anos 80 e como prefeito da capital (1996-2005). Calderón, de 43 anos, filho de uma família católica conservadora, estudou na Universidade de Harvard, a mais prestigiada dos EUA.
Quem quer que seja eleito enfrentará a mesma dificuldade do atual presidente Vicente Fox. Não terá maioria no Congresso, que continuará sob o domínio do PRI, embora seu candidato a presidente não tenha a menor chance. Fox não conseguiu aprovar seus projetos e as reformas se estagnaram.
Calderón promete passar por cima das diferenças partidárias. López Obrador confia na mobilização popular para pressionar deputados e senadores.
As pesquisas de opinião indicam um equilíbrio entre o ex-prefeito da Cidade do México Andrés Manuel López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD), de esquerda, e o ex-ministro Felipe Calderón, do Partido de Ação Nacional (PAN), do presidente Vicente Fox.
Ambos estão com cerca de 36% das preferências, bem à frente de Roberto Madrazo, candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que teve o monopólio de poder no México de 1929 a 2000.
Como a eleição presidencial mexicana é realizada num só turno, ganha o mais votado, mesmo que não obtenha mais da metade dos votos válidos.
Para o jornal The Wall St. Journal, porta-voz do centro financeiro de Nova Iorque, será um referendo entre os defensores de reformas econômicas liberalizantes, representados por Calderón, e a nova tendência esquerdista na América Latina, que reivindica um papel mais ativo para o Estado no desenvolvimento econômico e social, encarnada por López Obrador.
Como a maior parte da América Latina, o México está radicalmente dividido em torno dos resultados de duas décadas de liberalização econômica, privatização e investimento estrangeiro.
O país vive seu mais longo período de estabilidade econômica desde os anos 60 e a expansão do comércio exterior depois que aderiu ao Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, da sigla em inglês), em 1994, o transformou numa das 10 maiores economias do mundo. Mas este desenvolvimento recente agravou as tensões sociais criando uma nova casta de milionários enquanto a maioria dos mexicanos não se beneficiou deste progresso.
No domingo passado, num comício em Cuernavaca, o candidato esquerdista López Obrador prometeu governar para os deserdados pela globalização: “Tudo que a globalização tem feito é nos tornar mais pobres”. Ele disse que pretende lançar um programa de renda mínima para idosos a partir de 70 anos.
A mensagem de Calderón no Estádio Azteca, na Cidade do México, era oposta. O candidato da direita pedia a 100 mil pessoas que lembrassem o “filme de horror” do passado, quando o excesso de gastos públicos levou ao endividamento, inflação e colapso financeiro. Seu argumento é simples: o México precisa de empregos e isto exige investimentos nacionais e estrangeiros.
Assim a eleição mexicana se transforma em mais uma batalha em torno do papel do Estado na promoção do desenvolvimento e da redução da pobreza na América Latina. O Peru acaba de eleger o moderado Alan García, rejeitando o candidato ultranacionalista Ollanta Humala, apoiado pelo caudilho que preside a Venezuela, Hugo Chávez.
Enquanto Brasil, Chile e Colômbia têm governos moderados que procuram se beneficiar das oportunidades oferecidas pelo processo de globalização econômica, raciocina o Journal, Venezuela, Bolívia e Argentina adotaram políticas populistas e de controles de preços.
A eleição é de especial interesse nos EUA não só porque os dois países são aliados no Nafta. Cerca de 400 mil mexicanos entram ilegalmente nos EUA todos os anos em busca de uma vida melhor.
DA REVOLUÇÃO À LIBERALIZAÇÃO
O México moderno é produto da Revolução de 1910-17, liderada por heróis nacionais como Emiliano Zapata e Pancho Villa, que redistribuiu a terra, protegeu a indústria nacional e criou uma mentalidade paternalista em que o governo é visto como principal fonte de favores e riqueza.
Em 1929, o presidente Lázaro Cárdenas institucionalizou a revolução criando o PRI, que teria o monopólio do poder até 2000. O mesmo Cárdenas nacionalizou o petróleo em 1938.
No pós-guerra, o México cresceu rapidamente até a metade dos anos 70. Foi o primeiro país a quebrar na crise das dívidas externas da América Latina dos anos 80. A partir de 1986, iniciou um processo de liberalização de sua economia. Quando o Muro de Berlim caiu, o México era uma das economias emergentes que mais recebiam investimentos externos diretos.
A adesão ao Nafta em 1994 consolidava a abertura econômica e a reinserção internacional do país. Mas a concorrência dos países asiáticos, sobretudo da China, a burocracia, a corrupção e o baixo nível educacional pesaram. Desde 2000, no governo Fox, a economia cresceu em média apenas 1,8% ao ano, caindo do oitavo para o 14º lugares entre os países mais ricos do mundo.
Quando o banco de investimentos fala nas potências econômicas emergentes que estarão ao lado dos EUA, da Europa e do Japão lá pelo ano 2050, usa a expressão BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China). O México está fora.
Uma das grandes arenas do debate ideológico no México é o petróleo. Embora seja o quinto maior produtor mundial, atrás da Arábia Saudita, da Rússia, dos EUA e do Irã, o México não produz gasolina ou gás natural em quantidades suficientes para atender ao consumo interno. Sem investimentos privados, teme-se que a produção decline na próxima década.
Calderón, que foi ministro da Energia, defende maior presença do setor privado, enquanto López Obrador resiste a qualquer tentativa de privatização. Promete administrar melhor a estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) para economizar US$ 1 bilhão. Isto ajudaria a financiar os subsídios de US$ 2,4 bilhões por ano para gasolina, eletricidade e gás natural. Mas rejeita o capital estrangeiro: “Não vamos trair a nação”.
López Obrador, de 52 anos, conquistou popularidade organizando protestos de massa nos anos 80 e como prefeito da capital (1996-2005). Calderón, de 43 anos, filho de uma família católica conservadora, estudou na Universidade de Harvard, a mais prestigiada dos EUA.
Quem quer que seja eleito enfrentará a mesma dificuldade do atual presidente Vicente Fox. Não terá maioria no Congresso, que continuará sob o domínio do PRI, embora seu candidato a presidente não tenha a menor chance. Fox não conseguiu aprovar seus projetos e as reformas se estagnaram.
Calderón promete passar por cima das diferenças partidárias. López Obrador confia na mobilização popular para pressionar deputados e senadores.
sábado, 1 de julho de 2006
Israel ataca sede do governo palestino
Um helicóptero de Israel atacou hoje com mísseis o escritório do primeiro-ministro palestino, Ismail Haniya, na cidade de Gaza, incendiando o prédio, enquanto o Egito tenta negociar a libertação do cabo israelense Gilad Shalit, de 19 anos, seqüestrado por grupos armados palestinos em 25 de junho. A busca do refém provocou a primeira invasão israelense da Faixa de Gaza desde que Israel se retirou deste território palestino, em setembro passado, depois de 38 anos de ocupação.
Oficiais israelenses justificaram o ataque contra o escritório de Haniya alegando que estava sendo usado para planejar ataques terroristas. Ao pregar numa mesquita de Gaxa na sexta-feira, o primeiro-ministro, que pertence ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) acusou Israel de ter um "plano premeditado" destruir o governo liderado pelo Hamas: "Estamos vendo uma agressão contra nosso povo e isto vai além do soldado seqüestrado".
Ismail Haniya alegou que o governo não tem como libertar Shalit enquanto Israel continuar com sua ação militar: "Exigimos o fim da agressão contra o povo palestino para que a situação não fique ainda pior e que eles parem de atacar o sistema político e a democracia palestinas".
Pouco depois do ataque contra o escritório do chefe de governo, Israel fez mais dois ataques aéreos contra o campo de refugiados de Jabalia, em Gaza. Os alvos foram um centro de treinamento do Hamas e uma casa usada como quartel-general de uma milícia ligada ao movimento fundamentalista. Pelo menos uma pessoa morreu.
O Egito e o Catar tentam negociar a libertação do cabo israelense. Um jornal oficial egípcio citou o presidente Hosni Mubarak para dizer que o Hamas teria aprovado um plano com condições para entregar Shalit. Mubarak disse que Israel rejeitou os termos da proposta alegando que encorajaria mais seqüestros.
Três grupos militantes palestinos, as Brigadas al-Cassem, braço armado do Hamas; os Comitês de Resistência Popular; e o até então desconhecido Exército do Islã reivindicaram o seqüestro do militar israelense. No sábado, mandaram um fax para diversos meios de comunicação exigindo a libertação de mil prisioneiros árabes que estão em prisões israelenses, inclusive mulheres e crianças.
Oficiais israelenses justificaram o ataque contra o escritório de Haniya alegando que estava sendo usado para planejar ataques terroristas. Ao pregar numa mesquita de Gaxa na sexta-feira, o primeiro-ministro, que pertence ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) acusou Israel de ter um "plano premeditado" destruir o governo liderado pelo Hamas: "Estamos vendo uma agressão contra nosso povo e isto vai além do soldado seqüestrado".
Ismail Haniya alegou que o governo não tem como libertar Shalit enquanto Israel continuar com sua ação militar: "Exigimos o fim da agressão contra o povo palestino para que a situação não fique ainda pior e que eles parem de atacar o sistema político e a democracia palestinas".
Pouco depois do ataque contra o escritório do chefe de governo, Israel fez mais dois ataques aéreos contra o campo de refugiados de Jabalia, em Gaza. Os alvos foram um centro de treinamento do Hamas e uma casa usada como quartel-general de uma milícia ligada ao movimento fundamentalista. Pelo menos uma pessoa morreu.
O Egito e o Catar tentam negociar a libertação do cabo israelense. Um jornal oficial egípcio citou o presidente Hosni Mubarak para dizer que o Hamas teria aprovado um plano com condições para entregar Shalit. Mubarak disse que Israel rejeitou os termos da proposta alegando que encorajaria mais seqüestros.
Três grupos militantes palestinos, as Brigadas al-Cassem, braço armado do Hamas; os Comitês de Resistência Popular; e o até então desconhecido Exército do Islã reivindicaram o seqüestro do militar israelense. No sábado, mandaram um fax para diversos meios de comunicação exigindo a libertação de mil prisioneiros árabes que estão em prisões israelenses, inclusive mulheres e crianças.
Carro-bomba mata 66 em bairro xiita de Bagdá
Pelo menos 66 pessoas morreram hoje com a explosão de um carro-bomba num movimento mercado de rua da Cidade de Sáder, um bairro pobre e predominantemente xiita da periferia da capital do Iraque. O ataque é visto como uma tentativa de radicais sunitas, talvez ligados à rede terrorista Al Caeda, de acirrar o conflito sectário entre árabes sunitas e árabes xiitas.
Na sua última gravação, divulgada neste sábado pela Internet, o principal líder d'al Caeda, o terrorista saudita Ossama ben Laden, disse que está havendo um genocídio dos sunitas no Iraque, autorizando os atentados contra muçulmanos como fazia o falecido líder da rede no Iraque, Abu Mussab al Zarkawi.
Isto marca uma mudança de posição d'al Caeda, que era contra a violência sectária entre sunitas e xiitas porque provoca a morte de muçulmanos. Os militares americanos afirmam ter interceptado no ano passado uma mensagem em que o segundo homem na hierarquia d'al Caeda, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, manda Zarkawi parar de matar muçulmanos.
Ben Laden acusa os xiitas de "traidores", "rejeicionistas" e "agentes dos americanos". Como são maioria no Iraque, cerca de 60% da população, os xiitas ascenderam ao poder com a queda da ditadura de Saddam Hussein, dominada pela minoria sunita.
"Nossos irmãos, os mujahedins d'al Caeda escolherão o querido irmão Abu Hamza al-Muhajer como seu líder em sucessão ao príncipe Abu Mussab al-Zarkawi", declara o líder terrorista saudita. "Eu o aconselho a focar sua luta nos americanos e em quem quer que os apóie e se aliar a eles na sua guerra contra o povo do Islã e o Iraque".
Os Estados Unidos identificaram Mujaher como Abu Ayyub al-Masri. A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, ofereceu na sexta-feira uma recompensa de US$ 5 milhões por informações que levem à sua captura.
Num ataque direto ao primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nuri al-Maliki, Ben Laden exortou os sunitas a rejeitarem seu plano de reconciliação nacional, que inclui a formação de um governo de união nacional, e advertiu-os a não participar da política. Mais uma vez, chamou as forças estrangeiras da aliança liderada pelos EUA de cruzados e os iraquianos que colaboram com elas de infiéis.
"Nosso povo muçulmano no Iraque precisa aprender que não será aceita trégua nenhuma com os cruzados e os apóstatas", vaticinou o terrorista mais procurado do mundo em tom ameaçador. "Não pode haver meias soluções e não há saída para eles a não ser lutar e sustentar sua guerra santa. Não sejam iludidos por convites para se associar a partidos e tomar parte no assim chamado processo político".
Isto significa que para Ben Laden o Conselho Consultivo dos Mujahedins no Iraque, representante da sua rede terrorista, deve ser a base de um governo islâmico autêntico.
O líder d'al Caeda terminou sua quinta gravação deste ano pedindo proteção a Deus para os "mujahedins em toda parte", inclusive na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, na Caxemira, no Afeganistão, na Argélia, na Somália e na Arábia Saudita.
Ben Laden advertiu ainda "todos os países do mundo para não aceitar a proposta dos EUA de enviar forças internacionais à Somália. Juramos por Deus que combateremos seus soldados na Somália e nos reservamos o direito de puni-los nas suas próprias terras e em todo lugar acessível no momento apropriado, da maneira apropriada".
Quer dizer que os cidadãos dos países que apóiam os EUA na sua guerra global contra o terrorismo podem ser alvo de células locais d'al Caeda.
Na sua última gravação, divulgada neste sábado pela Internet, o principal líder d'al Caeda, o terrorista saudita Ossama ben Laden, disse que está havendo um genocídio dos sunitas no Iraque, autorizando os atentados contra muçulmanos como fazia o falecido líder da rede no Iraque, Abu Mussab al Zarkawi.
Isto marca uma mudança de posição d'al Caeda, que era contra a violência sectária entre sunitas e xiitas porque provoca a morte de muçulmanos. Os militares americanos afirmam ter interceptado no ano passado uma mensagem em que o segundo homem na hierarquia d'al Caeda, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, manda Zarkawi parar de matar muçulmanos.
Ben Laden acusa os xiitas de "traidores", "rejeicionistas" e "agentes dos americanos". Como são maioria no Iraque, cerca de 60% da população, os xiitas ascenderam ao poder com a queda da ditadura de Saddam Hussein, dominada pela minoria sunita.
"Nossos irmãos, os mujahedins d'al Caeda escolherão o querido irmão Abu Hamza al-Muhajer como seu líder em sucessão ao príncipe Abu Mussab al-Zarkawi", declara o líder terrorista saudita. "Eu o aconselho a focar sua luta nos americanos e em quem quer que os apóie e se aliar a eles na sua guerra contra o povo do Islã e o Iraque".
Os Estados Unidos identificaram Mujaher como Abu Ayyub al-Masri. A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, ofereceu na sexta-feira uma recompensa de US$ 5 milhões por informações que levem à sua captura.
Num ataque direto ao primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nuri al-Maliki, Ben Laden exortou os sunitas a rejeitarem seu plano de reconciliação nacional, que inclui a formação de um governo de união nacional, e advertiu-os a não participar da política. Mais uma vez, chamou as forças estrangeiras da aliança liderada pelos EUA de cruzados e os iraquianos que colaboram com elas de infiéis.
"Nosso povo muçulmano no Iraque precisa aprender que não será aceita trégua nenhuma com os cruzados e os apóstatas", vaticinou o terrorista mais procurado do mundo em tom ameaçador. "Não pode haver meias soluções e não há saída para eles a não ser lutar e sustentar sua guerra santa. Não sejam iludidos por convites para se associar a partidos e tomar parte no assim chamado processo político".
Isto significa que para Ben Laden o Conselho Consultivo dos Mujahedins no Iraque, representante da sua rede terrorista, deve ser a base de um governo islâmico autêntico.
O líder d'al Caeda terminou sua quinta gravação deste ano pedindo proteção a Deus para os "mujahedins em toda parte", inclusive na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, na Caxemira, no Afeganistão, na Argélia, na Somália e na Arábia Saudita.
Ben Laden advertiu ainda "todos os países do mundo para não aceitar a proposta dos EUA de enviar forças internacionais à Somália. Juramos por Deus que combateremos seus soldados na Somália e nos reservamos o direito de puni-los nas suas próprias terras e em todo lugar acessível no momento apropriado, da maneira apropriada".
Quer dizer que os cidadãos dos países que apóiam os EUA na sua guerra global contra o terrorismo podem ser alvo de células locais d'al Caeda.
Palestinos pedem mil presos por refém israelense
As facções palestinas que seqüestraram um soldado de Israel exigem a libertação de mil prisioneiros e a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza em troca de sua libertação.
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