LONDRES - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, acusou hoje o Irã por apoiar o Hesbolá (Partido de Deus), a milícia fundamentalista xiita que está travando uma guerra contra Israel no Líbano desde 12 de julho.
"O Hesbolá atacou Israel. Sei que o Hesbolá é ligado ao Irã", declarou Bush na Casa Branca ao receber o presidente da Romênia, Traian Basescu. "É hora do mundo enfrentar esta ameaça."
Para o ministro da Justica de Israel, Haim Ramon, ao não chegar a um acordo sobre um cessar-fogo ontem na Conferência de Roma, a sociedade internacional deu luz verde para Israel continuar sua ofensiva contra o Hesbolá.
Bush disse esperar que a violência termine o mais rapidamente possivel mas a posição dos EUA é dar tempo a Israel para infligir pesadas perdas ao inimigo, se possível destruindo a infra-estrutura e reduzindo sensivelmente a capacidade militar da milícia.
"É hora de atacar o problema pela raiz, e a raiz do problema é o terrorismo de grupos que tentam parar o avanco da democracia. Nosso objetivo é garantir que o uso de táticas terroristas não seja recompensado", afirmou o presidente americano.
Bush fez referência à gravação divulgada ontem pelo subcomandante da Al Caeda, Ayman al-Zawahiri, dizendo "não estar surpreso que as pessoas que usam táticas terroristas estejam comecando a falar. Um cara que está numa região remota faz declarações basicamente encorajando o uso de terrorismo para matar inocentes e atingir seus objetivos políticos. Os EUA se opõem firmemente a Zawahiri e a gente como ele."
Mas neste conflito os EUA estão distantes da maioria de seus aliados, que exigem um cessar-fogo imediato para acabar com os combates.
"O que quer seja seja feito diplomaticamente precisa atacar a raiz do problema, e a raiz esta na atividade terrorista", concluiu Bush. "Vejo isto como um choque de formas de governar."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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