LONDRES - Um bombardeio aéreo israelense contra um posto das Nações Unidas no Líbano matou quatro observadores. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que vem fazendo repetidos apelos por um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hesbolá (Partido de Deus), declarou estar "chocado" porque o posto teria "aparentemente sido alvejado de propósito". Israel "lamentou profundamente".
Já o líder do Hesbolá, xeque Hassan Nasrallah, prometeu continuar atacando Israel com foguetes que iriam além da cidade de Haifa, até agora o alvo preferencial da milícia fundamentalista xiita que dominava o Sul do Líbano.
Para evitar ataques com foguetes contra seu território, Israel pretende ocupar uma zona de segurança no Sul do Líbano até que seja enviada uma força multinacional de paz para controlar a região e ajudar o Exército do Líbano a tomar conta dela. Isto a rigor exigiria o desarmamento e a desmobilização do Hesbolá, o que parece altamente improvável.
A questão será discutida nesta quarta-feira numa conferência internacional em Roma para a qual não foram convidados os países que apóiam o Hesbolá, a Síria e o Irã.
Desde o início do conflito, em 12 de julho, quando o Hesbolá matou três soldados israelenses e capturou outros três num ataque na fronteira, mais de 380 libaneses e 42 israelenses foram mortos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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