O déficit comercial dos Estados Unidos cresceu 0,8 em maio, chegando a US$ 63,84 bilhões, o sexto maior da história, devido principalmente à alta dos preços do petróleo importado. Ainda assim, ficou abaixo da expectativa do mercado.
Em abril, o déficit comercial americano foi de US$ 63,34 bilhões. Agora, a expectativa do mercado era de algo em torno de US$ 65,3 bilhões.
Até agora, o déficit comercial deste ano, em números anualizados, está em US$ 763 bilhões, acima dos US$ 716,7 bilhões de 2005, que teve um déficit recorde.
As importações cresceram 1,8% em maio, de US$ 179,27 bilhões para US$ 182,5 bilhões, com aumento tanto do volume quanto do preço do petróleo comprado no exterior, de 293,84 para 323,83 bilhões milhões de barris, a um preço médio de US$ 61,74 por barril, US$ 4,92 acima da média de abril.
Tirando o petróleo, o déficit comercial americano permaneceu estável.
As exportações aumentaram em 2,4%, de US$ 115,93 bilhões em abril para US$ 118,66 bilhões em maio, com crescimento de US$ 803 milhões nas vendas de bens de capital
como máquinas industriais. Também melhoraram as exportações de metais preciosos, alimentos e bebidas. Mas caíram as vendas externas de autopeças.
No comércio com a China, o déficit americano aumentou em 4%, de US$ 17,03 bilhões para US$ 17,7 bilhões, com destaque para as importações de telefones celulares, têxteis, roupas e materiais para escrever e para trabalho artístico.
Os críticos apontam crescente déficit comercial como sintoma da perda de competitividade da economia americana, o que teria custado 3 milhões de empregos desde que o presidente George W. Bush chegou à Casa Branca em 2001, sobretudo para a China, que no ano passado teve um saldo favorável de US$ 202 bilhões no comércio com os EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário