LONDRES - A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, começou sua viagem pelo Oriente Médio com uma visita inesperada ao Líbano, onde se encontrou com o primeiro-ministro Fuad Siniora, que tem denunciado a destruição de seu país pelos bombardeios israelenses. Há 13 dias, Israel ataca o Líbano em resposta a ações do Hesbolá (Partido de Deus), milícia xiita que age no Sul deste país.
Rice, que hoje à noite vai para Israel, declarou: "Todos queremos acabar com a luta urgentemente. Todos temos o mesmo objetivo". Ela ressalvou, no entanto, que, se a violência parar agora e recomeçar em semanas "com toda a carnificina lançada pelo Hesbolá - seqüestrando soldados e disparando foguetes - então não teremos obtido nada".
A estratégia dos EUA é dar um tempo para Israel infligir pesados danos à infra-estrutura e à capacidade militar do Hesbolá. Isto o enfraqueceria, permitindo que o Exército do Líbano o desarme, como exige a Resolução 1.559 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e assuma o controle do Sul do país. Para o general-brigadeiro israelense Alon Friedman, seriam necessários mais 10 dias "para cumprir nossos objetivos".
Nesta segunda-feira, a Rádio Israel anunciou a destruição de nove lançadores de foguetes no porto de Tiro.
À noite, Condi Rice encontra-se com o ministro do Exterior de Israel, Tzipi Livni, e na terça-feira com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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