LONDRES - Não houve acordo na conferência internacional realizada hoje em Roma para acabar com a guerra entre Israel e a milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus), e pacificar o Líbano.
Os Estados Unidos, representados pela secretária de Estado, Condoleezza Rice, negam-se a pressionar Israel para que declare um cessar-fogo imediatamente, como quer o resto da sociedade internacional. Alegam que não basta retornar à situação anterior a 12 de julho, com o Hesbolá agindo livremente no Sul do Líbano e atacando Israel.
A solução exigiria a presença de uma força de paz multinacional com mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O problema é que isto exigiria a concordância do Hesbolá, que não está disposto a entregar as armas, como exige a Resolução 1.559 do Conselho de Segurança da ONU.
Durante a invasão de Israel ao Líbano de 1982 a 1985, o Hesbolá atacou as forças estrangeiras com caminhões bomba, matando 241 fuzileiros navais americanos e 58 soldados franceses, em 1993, além de lançar operações suicidas contra as forças israelenses.
Nem a Síria nem o Irã, que apóiam o Hesbolá, participaram da fracassada Conferência de Roma. Como é impossível para Israel derrotar um movimento guerrilheiro com amplo apoio entre a população xiita do Sul do Líbano e da periferia de Beirute, a guerra continua mas os esforços diplomáticos pela paz também.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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