Num desafio à sociedade internacional e especialmente aos Estados Unidos, que festejam sua independência, o governo comunista da Coréia do Norte testou hoje pelo menos cinco mísseis, sendo um de longo alcance, capaz de atingir o território americano. Aparentemente o míssil de longo alcance Taepodong-2 falhou depois de 35 a 40 segundos, informou o Departamento de Estado americano. O governo japonês disse que todos caíram no Mar do Japão.
A pedido do Japão, o Conselho de Segurança da ONU discute a questão nesta quarta-feira.
O regime stalinista de Pionguiangue está numa queda de braço com os EUA. Afirma ter fabricado a bomba atômica, embora nunca tenha testado uma. Desde novembro, suspendeu as negociações com EUA, Coréia do Sul, China, Rússia e Japão, porque o governo americano começou uma campanha para evitar a lavagem de dinheiro e outras atividades financeiras suspeitas do governo norte-coreano. Pelo menos US$ 50 milhões de altos dirigentes da Coréia do Norte estão congelados no exterior.
Desde que satélites-espiões dos EUA perceberam que o governo norte-coreano estava preparando um teste de mísseis, houve intensa pressão internacional para que Pionguiangue desistisse, inclusive ameaça de corte da ajuda alimentar da Coréia do Sul, decisiva para evitar a fome no seu vizinho, arrasado por uma crise econômica provocada pela crise do regime comunista.
Imediatamente, o presidente George W. Bush convocou os secretários da Defesa, Donald Rumsfeld, e de Estado, Condoleezza Rice, e o assessor de Segurança Nacional, Stephen Hadley. O embaixador dos EUA nas Nações Unidas, John Bolton, um expoente da linha dura no governo George W. Bush, iniciou consultas no Conselho de Segurança para adotar medidas contra a Coréia do Norte. O secretário de Estado adjunto Christopher Hill segue nesta-quarta-feira para o Leste da Ásia. Deve se reunir primeiro com autoridades sul-coreanas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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