LONDRES - No momento em que o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, visita Londres hoje e amanhã, e prepara uma visita à Casa Branca na terça-feira onde um dos temas centrais será evitar uma guerra civil entre sunitas e xiitas no Iraque, atentados com carros-bomba mataram pelo menos 62 pessoas neste domingo.
Duas explosões separadas mataram 42 pessoas na Cidade Sader, um bairro pobre, uma grande favela predominantemente xiita do Sul de Bagdá, reduto do Exército Mehdi, milícia de mais de 10 mil homens liderada pelo aiatolá rebelde Muktada al-Sader.
Outro carro-bomba explodiu em Kirkuk, no Norte do Iraque, matando pelo menos 20 pessoas. A região, disputada por curdos e árabes sunitas que foram para lá na ditadura de Saddam Hussein (1979-2003), é um importante centro de produção de petróleo.
No sábado, a primeira reunião da comissão criada para traçar estratégias de reconciliação nacional terminou sem propostas claras, enquanto o país está à beira de uma guerra civil.
A ONU anunciou na semana passada que 100 iraquianos estão morrendo por dia.
Em greve de fome desde 8 de julho, em protesto contra o assassinato de mais um de seus advogados, o ex-ditador Saddam Hussein está se alimentando por sonda. Não irá à audiência desta segunda-feira no processo em que foi denunciado por crimes contra a humanidade que podem levá-lo à morte na forca, pela morte de 148 xiitas em 1982 na cidade de Dujail, onde fora alvo de um atentado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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