sexta-feira, 17 de junho de 2016

Assassino de deputada britânica comprou livros neonazistas

O único preso pelo assassinato da deputada Jo Cox, da Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, Thomas Mair, comprou livros de um grupo neonazista dos Estados Unidos, inclusive manuais da fabricação de armas caseiras, denunciou uma organização não governamental americana de defesa dos direitos sociais.

A neonazista Aliança Nacional defende uma "pátria branca" e sem judeus. Desde 1990, Mair gastou US$ 620 comprando publicações do grupo. Também assina uma revista de um grupo supremacista branco da África do Sul.

Jo Cox, de 41 anos, foi morta ontem a tiros e facadas na cidade de Birstall, perto de Leeds, no Condado de York do Oeste, quando fazia campanha em defesa da permanência do Reino Unido na União Europeia no plebiscito a ser realizado em 23 de junho de 2016.

Durante o ataque, Mair teria gritado pelo menos duas vezes "Primeiro a Grã-Bretanha!". É o nome de um partido de extrema direitista e um dos principais lemas do movimento antieuropeu. O irmão de Thomas, Scott Mair, declarou que o assassino tinha problemas mentais, mas não tinha antecedentes de violência.

Os dois lados suspenderam temporariamente a campanha em homenagem à deputada morta. Jo Cox trabalhou durante anos para a organização de ajuda humanitária Oxfam (Comitê de Oxford para Alívio da Fome). Em maio de 2015, foi eleita deputada.

Hoje, no enterro da deputada, o primeiro-ministro conservador David Cameron e o líder da oposição, Jeremy Corbyn, se uniram para qualificar o assassinato de um ataque à democracia, noticiou a televisão pública britânica BBC.

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