Depois de praticamente tomarem a capital, do Iêmen, os rebeldes hutis, representantes da minoria xiita zaidita, não derrubaram o presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, mas exigem a indicação de um vice-presidente de seu grupo, informou hoje a televisão árabe Al Jazira. O primeiro-ministro Khaled Banah teria deixado o palácio presidencial e ido para um "local seguro".
Os líderes hutis exigem ainda que 10 mil membros de sua milícia sejam integrados às Forças Armadas e outros 10 mil à Polícia. "Se estas exigências não forem atendidas", advertiu o porta-voz huti Mahdi al-Muchat, "uma primeira declaração está pronta."
Neste caso, os rebeldes tomariam o poder, derrubando um governo aliado dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo. Com o colapso do Estado no Iêmen, a rede Al Caeda na Península Arábica se instalou lá para fugir da repressão na Arábia Saudita. Pelo menos um dos terroristas que atacaram há duas semanas o jornal satírico francês Charlie Hebdo, Saïd Kouachi, foi treinado lá.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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