No duelo político entre o presidente Barack Obama e o Congresso dominado pela oposição, o presidente da Câmara, deputado John Boehner, convidou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para discursar numa sessão conjunto no plenário do Capitólio sobre o terrorismo internacional e a ameaça do Irã em 11 de fevereiro de 2015.
Obama ameaçou vetar a imposição de novas sanções ao Irã enquanto os Estados Unidos e as outras grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas estiverem negociando o desarmamento do programa nuclear iraniano para evitar que o país faça a bomba atômica.
O chefe de governo linha-dura de Israel não acredita nas negociações. Acha que são apenas uma cortina de fumaça para o Irã continuar desenvolvendo armas nucleares. Quer manter as sanções até inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) comprovarem que o programa nuclear iraniano foi desmantelado.
Netanyahu não tem boas relações com o presidente Obama, que é contra a expansão das colônias israelenses nos territórios árabes ocupados e gostaria de ver maior interesse do governo israelense nas negociações de paz com os palestinos.
A antiga noção de que a política interna só vai até as fronteiras do país foi atropelada. O governo linha-dura de Israel é aliado da direita americana. A um mês das eleições em Israel, que palanque melhor quer Netanyahu do que o Congresso dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Câmara dos EUA convida Netanyahu à revelia de Obama
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