Pelo menos 15 pessoas morreram e outras 46 saíram feridas de um bombardeio com foguetes dos rebeldes ucranianos apoiados pela Rússia contra um bairro residencial da cidade de Mariupol, no Sul da Ucrânia, informou o Ministério do Interior, que culpou as milícias da autoproclamada República Popular de Donetsk. Um porta-voz rebelde negou responsabilidade pelo ataque.
O bombardeio faz parte de uma nova ofensiva dos rebeldes teleguiados pelo homem-forte do Kremlin, Vladimir Putin, que rejeitaram o acordo de paz feito em setembro com o governo central de Kiev.
Mais de 5 mil pessoas foram mortas na rebelião no Leste da Ucrânia, que começou em abril de 2014, depois da queda do presidente pró-russo Viktor Yanukovich, em fevereiro, e da anexação ilegal da região da Crimeia pela Rússia em março do ano passado. O conflito não se restringe ao Leste do país. Recentemente houve ataques em Odessa, no Sul, e agora em Mariupol.
Apesar das sanções econômicas que, somadas à queda nos preços do petróleo, podem causar uma recessão de 5% neste ano na Rússia, Putin não parece disposto a ceder. A União Europeia fez vários sinais de que está pronta a retomar relações normais se a Rússia respeitar a independência da Ucrânia, mas o ditadorzinho de opereta do Kremlin prefere apostar em bravatas.
O presidente ucraniano, Petro Porochenko, sabe que não tem como enfrentar a Rússia, mas promete lutar até reconquistar todo o território do país.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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