O Congresso Nacional Geral da Líbia não vai participar das negociações de paz convocadas pelas Nações Unidas, que deveriam começar hoje em Genebra, na Suíça, confirmou um de seus deputados, Abdul Kadir Ahoila. O governo rebelde líbio ficou de enviar um memorando ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, à União Europeia e à Liga Árabe explicando sua posição.
Os rebeldes islamitas rejeitam o governo líbio reconhecido internacionalmente, liderado pelo primeiro-ministro Abdullah al-Thani, que fugiu para Tobruk, no Leste do país, desde que a aliança de várias milícias islamitas conhecida como Amanhecer da Líbia, tomou o poder em Trípoli.
Essa aliança advertiu que não aceitará nenhum acordo negociado sem a participação do governo rebelde. O CNG foi eleito depois da queda da ditadura de Muamar Kadafi, em 2011, para formar um governo provisório. Um novo parlamento foi eleito em agosto de 2014, mas as milícias islamitas repudiaram o resultado e reempossaram o antigo Congresso para dar legitimidade ao governo rebelde.
Como nenhum dos lados parece capaz de ganhar a guerra no campo de batalha e não se cogita uma intervenção internacional, as negociações de paz de Genebra são a melhor esperança de paz na Líbia, que vive em estado de anarquia desde o fim da ditadura.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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