Pelo menos 1.607 foram mortas nos últimos quatro meses na ofensiva do Estado Islâmico do Iraque e do Levante contra a cidade curda de Kobane, no Norte da Síria, junto à fronteira com a Turquia, na maioria jihadistas, revelou hoje em Londres o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental de oposição que se tornou a principal fonte de informações sobre a contagem de mortos, feridos e refugiados na guerra civil síria.
Entre os mortos, 1.091 eram militantes do Estado Islâmico, inclusive 49 terroristas suicidas que se detonaram na cidade e em seus arredores. Outros 462 eram guerrilheiros das Unidades de Proteção do Povo Curdo, o braço armado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão. Pelo menos 21 mortos eram de grupos rebeldes não religiosos que apoiaram os curdos na luta contra o EI.
Da população civil de Kobane, morreram 32 pessoas. Pelo menos 17 foram executados pelos jihadistas e quatro destes foram degolados. O Observatório Sírio acredita que possa haver muito mais mortos por causa do segredo imposto tanto pelo EI quanto pelos curdos nas áreas sob seu controle.
Com o apoio da Força Aérea dos Estados Unidos e seus aliados, os curdos retomaram a iniciativa do combate e dominariam hoje 80% de Kobane. Mas a batalha parece longe do fim.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sábado, 17 de janeiro de 2015
Batalha de Kobane já matou mais de 1,6 mil pessoas
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