A China, segunda maior economia do mundo, cresceu num ritmo de 7,3% ao ano no quarto trimestre de 2014, fechando o ano com uma expansão de 7,4%, abaixo da meta oficial de 7,5%, anunciou há pouco o Bureau Nacional de Estatísticas da China. Os economistas esperavam 7,3%.
Foi a menor alta do produto interno bruto chinês desde 1990, quando o país era alvo de sanções internacionais por causa do massacre do movimento pela democracia na Praça da Paz Celestial, em Beijim, em 1989. Nos dois anos anteriores, o crescimento foi de 7,7%.
No trimestre, o avanço foi de 1,5%. A taxa atualizada, de 7,3%, foi a menor desde os 6,6% no primeiro semestre de 2009, no auge da crise financeira internacional.
A produção industrial cresceu 7,9% nos últimos 12 meses, acima da previsão dos analistas, de 7,4%. As vendas no varejo em dezembro foram 11,9% maiores do que um ano antes.
Apesar de crescer menos, pelo critério de paridade do poder de compra, o Fundo Monetário Internacional estima que o PIB da China tenha chegado a US$ 17,6 trilhões, ultrapassando os Estados Unidos para se tornar a maior economia do mundo. Em valores nominais, em dólares reais, os EUA ainda são o número um do mundo.
Depois de três décadas e meia do maior crescimento da história, diante da crise internacional, a China tenta reorientar sua economia das exportações para o aumento do consumo interno. O governo afrouxou a política monetária, mas muito dinheiro barato foi desviado para a especulação financeira. A transição terá incentivos, desincentivos e solavancos, observa a coluna Lex do jornal inglês Financial Times.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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