Uma edição especial de 3 milhões de exemplares, em vez dos 60 mil que tirava antes, marca a volta
às bancas do jornal semanal humorístico francês Charlie Hebdo, uma semana depois de ser alvo de um ataque terrorista de extremistas islâmicos que deixou 12 mortos, em 7 de janeiro de 2015.
Na capa, mais uma vez, desafiando os assassinos e seus Kalachnikovs, mais uma caricatura do profeta Maomé, chorando, com um cartaz "Je Suis Charlie", sob o título: "Tudo é perdoado."
A imprensa da França colaborou para manter vivo o Charlie, editado e impresso na sede do jornal de esquerda Libération. Ambos são filhos da Revolução de Maio de 68, quando era "proibido proibir". Tentam manter o espírito libertário atropelado pela globalização econômica.
O autor do desenho da capa, que assina Luz, chorou na entrevista coletiva de lançamento da edição histórica. O Charlie Hebdo virou um símbolo da luta contra a opressão, o obscurantismo e a barbárie. Nada justifica metralhar uma redação de jornal.
Ao voltar às bancas, Charlie Hebdo mostra que o lápis é mais poderoso do que os Kalachnikovs.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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