No início de um encontro com o presidente Barack Obama na Casa Branca, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu agradeceu agora à pouco a reafirmação do compromisso dos Estados Unidos com a defesa israelense, mas deixou claro que "Israel é mestre do seu próprio destino". Em outras palavras, Israel se reserva o direito de atacar as instalações nucleares do Irã quando julgar necessário, sem precisar do aval dos EUA.
Ao discursar ontem diante do Comitê de Ação Política Americano-Israelense (AIPAC), o presidente americano indicou a intenção de dar mais tempo à diplomacia para ver se a república islâmica cede diante das sanções econômicas internacionais, aceita abrir seu programa nuclear e desiste de fabricar armas atômicas. Considerou contraproducente essa discussão aberta em torno de uma possível guerra.
Com a expectativa de que o Irã construa instalações subterrâneas para esconder seu programa nuclear, as autoridades israelenses acreditam ter um período de seis a nove meses para bombardear o país com suas próprias armas, sem depender do arsenal americano.
Tanto os EUA quanto Israel não acreditam que seja possível conter um Irã com armas nucleares, desdenhando o argumento de que países com a bomba atômica se tornam mais responsáveis. Obama alega que o Oriente Médio é a região instável do mundo. Se o Irã tiver a bomba, outros países da região também vão querer, deflagrando uma corrida armamentista nuclear com sérias consequências para o mundo inteiro.
Por outro lado, um ataque de Israel ao Irã ameaça deflagrar uma conflagração generalizada no Oriente Médio, com forte impacto sobre os preços do petróleo e a recuperação da economia mundial.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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